Sweet Passion | Livro 1| ( Chris Evans )

● Capítulo 98 ●

— Dois filés ao ponto, duas saladas de quinoa e pannacotta como sobremesa...— Chris devolve o cardápio para o garçom que anotava o pedido gentilmente — Para acompanhar eu vou querer uma taça de Sauvignon blanc e uma taça de suco de laranja integral por favor — reviro os olhos — Obrigado ! — ele sorri para o garçom que acena em concordância antes de se retirar.

— Não entendi porque não pediu vinho para mim também — cruzo meus braços, reencostando-me na cadeira.

— Quer que eu desenhe ? — ele entrelaça os dedos em cima da mesa enquanto me olha com sarcasmo.

— Não é meu pai, não pode decidir o que eu posso ou não beber ! — rebato sua implicância.

— Não entendo porque está criando um cena por isso. Sabe que não pode beber e não vai Mary, pelo menos não quando eu estiver presente — apesar da bronca ele fala com leveza.

— Duas semanas foram capazes de me fazer esquecer o quanto meu marido é chato ! — bufo.

— Você é mais insuportável que eu, parece uma criança.

— Casou com uma mulher de 23 anos porque quis, ninguém te obrigou a fazer isso Sr.Evans ! — zombo.

Ele rir.

— Achei que tivesse um pouco mais de maturidade — finge decepção e para não lhe dar vitória eu suprimo a risada — Como as aparências enganam nesse mundo de hoje.

— Ridículo ! — cerro o olhar em sua direção enquanto o homem continua agindo com inocência.

Enquanto estávamos ali, aproveitando aparentemente um clima agradável, eu torcia para que as coisas realmente voltassem a ser como antes, precisava estar em paz ao seu lado, sem medo ou preocupação.

— Tem uma surpresa quando chegar em casa ! — ele fala, mas pausa quando o garçom aparece rapidamente com os nossos pratos.

Eu aprecio o cheiro maravilhoso da comida em contrapartida alguém não parece se animar fazendo algo terrível acontecer, eu me seguro para não morrer envergonhada.

— Christopher — levo a mão a boca buscando desperadamente por ajuda.

— Aonde fica o banheiro ? — Evans indaga o garçom se colocando de pé em um raio.

O garçom aponta para o lado referente a pergunta de Chris assustado pela movimentação repentina. Chris pega em minha mão e aperta os passos para que possamos chegar no banheiro antes que eu fizesse uma sujeira no lindo e sofisticado restaurante. Com sorte nós conseguimos chegar a tempo ao local e não respeitando nem um pouco as regras Chris entra comigo no banheiro feminino, eu busco desesperadamente por um espaço vazio e quando acho, vômito tudo o que havia comido pela manhã enquanto o loiro segurava meu cabelo para que não sujasse.

Minha mãe costumava dizer que depois da gravidez ser descoberta, o corpo entendia  que você tinha noção da existência do bebê e naturalmente aflorava os sintomas que antes nem ao menos existiam... e Ana Crane estava certa, há duas semanas atrás eu não fazia ideia de que estava gerando alguém e agora estava sentindo na pele as fases e presságios da gravidez.

Chris me ajuda a levantar do chão ao perceber que eu já havia acabado e ansioso me olha, buscando uma confirmação sobre o meu estado. É inevitável não ter um deja-vu com suas atitudes, seu sistema protetor e preocupado mesmo com os mínimos detalhes estava de volta, vê-lo agindo de forma tão carinhosa era o que eu mais amava. O brilho começava a surgir em seus olhos novamente, ele estava radiante com a paternidade e ter uma nova chance de realizar o seu sonho com certeza estava tornando-o o homem mais feliz do universo.