Não existe isso

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Já estou pronta pra ir embora, coloco minha roupa no corpo, penteio meu cabelo, passo apenas um gloos na boca e está ótimo. Vou para casa mesmo, e lá não vai ter ninguém me esperando. Saio do quarto, e faço meu caminho até a sala de está, encontrando Carine com o celular no ouvido. Eu aceno para ela e ela acena de volta com um pequeno sorriso, termina a ligação e caminha até a mim.

- Cadê as suas coisas?.- ela me pergunta com a testa franzida.

- Tudo que eu trouxe está aqui.- bato com a minha mão na bolsa pendurada no meu ombro.

- Mel, todas aquelas roupas são suas.- diz ela me encarando séria, e eu balanço a minha cabeça.

- Muito obrigada, mas eu já tenho tudo o que eu preciso na minha casa.- dou o meu melhor sorriso para ela, e ela bufa.

- Meu Deus, como vocês podem ser tão parecidos assim?.- ela diz dando passagem para eu poder ir a entrada da frente.- dois orgulhosos.- ela continua resmungando até chegarmos no portão, e encontrarmos o Alan encostado no carro.

- E cadê ele?.- eu pergunto um pouco sem graça.

- Ele não gosta de despedidas.- eu pisco meus olhos um pouco magoada, e ela sorri.- não se preocupa, você o verá em breve._ diz ela me dando um pequeno abraço, e depois Alan abre a porta do carro para mim.

Eu não teria tanta certeza assim. É provável que ele não queira nem mais olhar na minha cara.

- Obrigada por me atura esses dias.- digo para ela da janela do carro.

- Acredite, o prazer foi todo meu.- ela diz acenando e sorrindo.

Logo em seguida Alan avança com o carro em direção a saída do condomínio.
...

- Senhorita, nós chegamos.- a voz de Alan me desperta, e eu me espreguiço levantando do banco de trás.

- Muito obrigada Alan.- eu falo com a mão na maçaneta.

- Não tem de que senhorita.- ele diz do jeito formal dele.

Desço do carro, vou até a janela dele, e me abaixo para fica na altura de seu rosto.

- Me desculpa qualquer coisa tá bem?.- peço e ele me olha intrigado.

- Não tem com o que se preocupar.- diz com um tom sério e profissional.

Eu apenas lanço um sorriso, e endireito minha postura para sair de perto dele. Porém, logo depois, me lembro de algo e me abaixo novamente.

- Alan, posso te fazer um pedido?.- pergunto para ele, e ele me encara surpreso.

- Claro senhorita.

- Por favor, pare de me chamar de senhorita, meu nome é Mel.- eu falo sorrindo, e pela primeira vez, vejo ele relaxar os ombros e sorrir de volta pra mim.

- Ok então, Mel.- diz e eu aceno com a cabeça ainda sorrindo.

Depois eu faço o meu caminho até o portão, pego as chaves na bolsa, e quando o abro, dou um tchau para Alan e depois entro, fechando o portão nas minhas costas.

Nossa, que final de semana...

Posso até querer dizer que não foi bom, mas estaria mentindo. Foi apenas um pouco confuso para mim, e mesmo com os problemas que apareceram no meio do caminho, eu adorei todos os momentos. É claro que até hoje de manha, quando eu simplesmente surtei. Talvez, Antony nunca mais irá me procurar novamente depois da cena que eu fiz. Uma pontinha de angustia surge no meu estômago, e eu logo tendo afastar esses pensamento da mente.
...

São 14:34 da tarde quando termino o meu banho e me jogo no sofá da sala para ver televisão. Fico lá largada, assistindo algum programa inútil na tv, e meu telefone começa a tocar escandalosamente em cima da mesinha de centro. Olho no visor para ver quem está me ligando e sinto o ar escapar do meu pulmão. Minha boca fica seca e minhas mãos começam a formigar.

O SicilianoOnde histórias criam vida. Descubra agora