Começo eventualmente olhar para os lados, procurando algo como uma câmera escondida, ou um tipo de espião me vigiando, mesmo sabendo o quanto isso é estúpido. Mas, do nada escuto um som na minha varanda e tomo um susto com a silhueta da Mariane aparecendo atrás dos vidros da porta.
- Amiga? Tá acordada?- ela chama lá de fora, me fazendo da um salto do sofá. Coloco a mão no coração, enquanto tento acalmar minha respiração.
- Sim, estou aqui.- levanto do sofá e abro a porta para ela. - você não sabe o que aconteceu...- começo a contar para ela todos os acontecimentos de ontem, e das últimas horas, sem poupar nenhum detalhes.
- E por que você não vai?- ela me pergunta se referindo ao "convite" do bonito-sexy-tatuado.
- Porque ele não me convidou, ele me intimou. Vai que ele é um psicopata, ou ele quer me escravizar e me estuprar?.- respondo olhando-a horrorizada, e ela começa a rir.
- Ata, se ele quisesse mesmo te estuprar, ele teria feito isso ontem né, enquanto você estava tribebada.- ela diz ainda rindo.- como você disse Mel, esse cara é podre de rico, ele apenas está acostumado a dar ordens.- eu pondero a visão dela da história.- você pode ficar aqui, largada nesse sofá, vendo esses programas idiotas na televisão o dia inteiro, ou você pode ir e experimentar coisas diferentes, ele pode te levar pra qualquer lugar, vale a pena tentar, e outra.- ela estreita os olhos parar mim e eu encaro ela atentamente.- você está interessada nele, deu pra ver a babinha escorrer quando me descreveu o bonito tatuado._ diz ela me encarando com um sorrisinho nós lábios.
Por um lado ela tem razão, Antony me chamou muita atenção desde o primeiro momento que o vi. Porém, eu tenho muito receio. Ele é podre de rico, deve está acostumado com mulheres deslumbrantes e elegantes, sem conta que provavelmente brancas. Eu não me encaixo no mundo dele.
- E se ele me levar a um lugar muito chique, eu não tenho nem roupa para isso.- falo suspirando, e ela revira os olhos.
- Mas ele não disse que não precisava leva nada e que cuidaria de tudo? Então, não precisa se preocupar com isso, apenas vai, e arrume um amigo pra mim por favor.- disse ela me arrastando para o quarto, e abrindo meu guarda roupa.
Eu fico sentada na cama olhando Mariane vasculhar meus pertences como se fossem dela, ela olha peça por peça resmungando algo, e de vez em quando olha para mim zangada, e eu sorrio. Por fim, depois de muito procurar, ela finalmente encontra uma coisa que a agrada o suficiente. É uma calça jeans da mamacita que desenha bem o corpo é um cropped branco de tule nas mangas curta.
- Vai ter que ser isso mesmo.- resmunga ela me entregando a roupa, eu pego uma calcinha e vou para o banheiro.
Tomo outro banho e me arrumo direitinho, não coloco muita maquiagem, só passo um corretivo para esconder minhas olheiras por causa da bebedeira de ontem, penteio meu cabelo e seco ele com o difusor. Pego um pouco de óleo de coco e passo nos cachos para eles ficarem mais soltos e brilhosos, e está ótimo.
- Ficou linda.- minha amiga bate palminhas alegre.- Bom, ele disse 2 horas.- ela pega o relógio e quando ia dizer que horas são, a campainha toca.
Meu coração dá um salto, e começo a me arrepender na mesma hora.
- Aí, acho que eu mudei de ideia, vou fica em casa mesmo e assistir meus programas de dormingo.- falo me sentando no sofá nervosa.
- Para de ser c0varde, vai se divertir e esquecer aquele tralha do Bruno, anda, anda.- ela me puxa me colocando de pé novamente.
Mesmo contra a minha vontade, eu pego minha bolsa, coloco meu óculos de sol no rosto, pego minhas chaves, meu batom, rímel, carteira, uma toalhinha e saio de casa trancando tudo.
Desço as escadas bem devagar e muito nervosa.
Não sei o que deu na minha cabeça quando eu resolvi aceitar fazer isso. Odei0 não saber o que vai acontecer, não sei para onde vou, eu nem ao menos o conheço direito.Por que eu estou fazendo isso mesmo?
Faço essa pergunta para o meu subconsciente várias e várias vezes, e encontro Mariane me encarando na ponta da escada de braços cruzados, com cara de tédio.
- Para com isso Mel, não fica arrumando pretexto para não ir, apenas vai caramba, e se você não gostar, é só você vim embora.- diz ela me aguardando terminar meu caminho impaciente.
Abro o portão e dou de cara com um Corolla Cross preto 2023, estacionado na nossa calçada. Um rapaz de aparentemente 38 anos mais ou menos, encostado no capô do carro, aguardando de braços cruzados. Assim que ele me vê, ele endireita a postura e vem em nossa minha direção.
- Senhorita, meu nome é Alan, trabalho para o senhor Antony Berrutti, e vim para buscá-la.- diz ele com as mãos esticadas todo formal.
Eu aperto sua mão, e olho de relance para Mariane, que está me encarando estupefata, sem acreditar no que está vendo.
- Eu sou a Mel, para onde vamos?- pergunto timidamente.
- Primeiro, vamos para a residência do senhor Berrutti, depois vocês faram um passeio.- diz ele sem nenhuma emoção.
Olho para Mariane pedindo socorro com os olhos, e ela me reprende com uma linha fina nos lábios.
- Bom, ela já está pronta, vocês já podem ir.- minha amiga quase me jogando nos braços do rapaz.- quando chegar lá me liga, eu vou está a sua espera.- ela diz quando o rapaz abre a porta do carro.- mande seu patrão cuidar bem da minha amiga em, e se isso não acontecer, nem o papa poderá protegê-lo de mim e da minha fúria.- ela o ameaça, encarando o motorista que incrivelmente não protesta, apenas acena com a cabeça e vai para o lado dele no carro.
Eu olho para Mariane um último momento, e ela sibila um. - Aproveite.- sem som para mim e eu aceno com as mãos dando adeus.
Alan da partida no carro e meu coração começa a bater mais forte agora.
Estou muito nervosa, com um frio na barriga.Será que foi a coisa certa ter aceitado isso?
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O Siciliano
AksiMel é uma jovem, que sonha em construir um futuro brilhante. Ela tenta amargamente se recuperar de uma separação recente, e acaba conhecendo Antony no meio disso tudo. Antony é um filho de sicilianos, bilionário e sedutor. Antony, acaba virando a...