Máfia Siciliana

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Mel

- Bellas.- rico diz saltitante quando nos vê entrando em seu salão.- vejo que vieram muito bem acompanhadas.- ele olha com desejo para os seguranças que carrega todas as nossas sacolas, e a gente ri.

- Bem, você já sabe, queremos o cardápio completo.- Carine diz, e ele concorda.

- Dia de princesa amores.- ela bate palminha, e nos leva pro salão a dentro.

E ele tem razão, o dia é de princesa, e quase uma noite também, já que mais uma vez fazemos tudo que temos direito. Meu cabelo ama as mãos de Rico, só ele sabe domar a fera que são os meus cachos. Ele consegue deixar ele cheio e baixo ao mesmo tempo, sem falar do brilho e curvatura, eu amo.
Nós fizemos tudo o que tinha direito, depilação, cabelo, unha, sobrancelha, cílios, massagem, banho com saiz. Saímos do salão chiques, bonitas e cheirosas.

- Eu não posso dormi assim, estou muito cheirosa pra ninguém me cheirar.- Mariane diz ajeitando o cabelo, que eu nunca vi tão liso antes.

- Posso providenciar algo depois do jantar.- Carine diz nos olhando com malícia e a gente ri.
...

Em casa, nós aproveitamos que já estamos maquiadas e vamos apenas trocar a roupa para podermos jantar. Coloco uma calça pantalona preta, com estampas em dourado e marron, uma blusa preta de manga princesa, cordão grandes nas cores da calça, saltos de plataforma juta e estou pronta para o nosso jantar. Meu cabelo está cheio, porém controlado e extremamente cacheado hoje. Rico deu o nome.
Vou para a sala de jantar e Antony já está sentado na mesa posta. Carine está ao seu lado, e ao lado da Carine tem um moço, um pouco mais velho que meu pai, um pouco cauvo, com a pele um pouco enrugada. Mariane está na porta, com o celular no ouvido virada de costas para nós.
Eu me sento na cadeira ao lado de Antony, e deixo uma cadeira ao meu lado para a minha amiga se sentar.

- Boa noite.- falo ao me juntar a eles.

- Você está linda.- diz o bonito, que como sempre está de tira o fôlego.

Ele está com seu terninho azul, camisa branca por dentro sem gravata, e tem um cordão fino de ouro por dentro da camisa, o deixando muito apetitoso.

- E o senhor como sempre está impossível, senhor Berrutti.- sussurro, contando que ninguém me escute além dele. Bonito me dá um pequeno sorriso de lado.

- Este é Humberto, meu conselheiro.- ele diz, me apresentando para o homem ao lado de Carine.

- Olá.- o homem mais velho, porém elegante, diz sorrindo para mim.

- Prazer.- falo sorrindo simpática para ele de volta.

E nesse momento Mariane se junta a nós.

- Desculpe-me, minha patroa não entende que estou doente.- diz ela fingindo uma tosse, e eu não me aguento e começo a rir.

Essa garota vai ser mandada embora já já.

Quando estamos todos na mesa, Antony se vira para sua governanta e faz um sinal com a cabeça. Logo assim o jantar começa a ser servido.
Graças a Deus não é nada anormal, e eu sei perfeitamente com que talher comer dessa vez.

- Antony, se você me permite, eu gostaria de saber com o que afinal você trabalha?.- Mariane pergunta quebrando o silêncio que se estabeleceu entre nós.

Sei que ela ainda tem um pé atrás com ele, e não vai deixá-lo em paz até ter certeza de que eu fiz a escolha certa.

- Bom, tenho muitas empresas, tecnologia, imobiliária, joalheria, restaurantes, clubes, bares, condomínios... Eu não tenho um ramo apenas, gosto de ser flexível.- ele diz sério, olhando fixo para ela. Bonito já leu Mariane, e sabe como tomar cuidado.

- Huum... Impressionante. Mellany me disse que você é de uma família Siciliana tradicional.- ela continua o interrogando.

- Sim, venho de uma família tradicional Siciliana, e só não sou italiano completo, por não espera dois dias para nascer.- ele diz tomando um gole de seu vinho.- meus pais saíram da Itália antes de darem a luz, fizeram negócios e muita fortuna no Brasil e quando minha mãe engravidou, eles decidiram volta para Sicília, para eu poder crescer nos costumes de lá, mas eu nasci de 8 meses, e dois dias antes da viagem, minha mãe me deu a luz.- Antony estremece, e parece lembra de algo ruim, mas logo dá um sorriso torto, dando de ombros.

- E o que quer dizer ser um Don?.- eu pergunto, e Carine arregala os olhos sutilmente. Humberto também parece me encarar assustado. Bonito apenas me olha sério, e Mariane começa rir.

- Don? Tipo Don Corleone, e máfia Itália?.- Mariane zomba rindo, e quando percebe que todos estão sérios a encarando, ela para na mesma hora.- o que? Vocês estão me zoando?.- ela pergunta agora seria.

- Como assim máfia Itália?.- eu encaro Antony, que está encostado na cadeira, com um copo na mão, e a outra largada em cima da mesa.

Ele tem um rosto sério e impassível, me fazendo sentir um calafrio na espinha.

- Veja queria, sou de uma família conservadora Itália, seguimos o costumes.- ele responde sorrindo calmo, e eu engulo seco. Mariane parece perde a fala, junto com seus argumentos.

- E isso quer dizer o que?.- eu não entendo sobre isso, mas sei que máfia é como uma sociedade criminosa. Então ele é criminoso? Jesus...- você é bandido?.- eu sussurro quase sem conseguir dizer, e o sorriso de Antony agora é ainda mais largo.

- É claro que não menina.- ele diz divertido.

- Mas o Don Corleone era um bandido.- Mariane diz furiosa.

- Não acredite em tudo que vê na TV. Eu sou apenas um chefe de família, consagrado depois que meu pai morreu, e tomo algumas decisões sobre empresas e negócios. Digamos que sou um homem com responsabilidades.- ele diz, e eu olho para Mariane, e ela me olha desconfiada.

- Meninas...- diz Humberto se divertindo.- não tem nada o que temer aqui, somos simples trabalhadores e chefes de família, querendo apenas o bem daqueles que amamos. Lidamos com pessoas perigosas, e por isso, devemos impor um certo gral de poder e segurança.- ele tenta explicar, mas na minha cabeça tem um nó, e um computador tentando processar o que acabou de digerir.

- Ei.- bonito segura em minha mão, me fazendo olhar para ele.- não se preocupe, eu manterei você a salvo.- ele beija o dorso dos meus dedos, sem tirar os olhos de mim, tentando me passar confiança.- e mariane.- ele chama sua atenção.- eu jamais machucaria sua amiga, eu só quero o seu bem e fazer-lá a mulher mais feliz do mundo. E quero que você se sinta acolhida por minha família também.- ele diz sincero a olhando nos olhos, e eu vejo a armadura de Mariane se quebrando ao meio.
...

Quando terminamos o almoço, a sobremesa é servida, e está tudo o mais delicioso possível.

- Eu já tenho o suficiente, preciso sair, ver gente, dançar e beber até cair.- Mariane sussurra no meu ouvido, e nos duas olhamos para Carine, suplicando com os olhos.

Ela parece entender nosso código, e faz um pequeno gesto com suas sobrancelhas.

- Querida.- Antony me chama.- Allan está aguardando vocês na calçada de casa, ele a levará para um de meus clubes, já tem a área vip reservada somente para vocês. Quero que aproveitem a noite.- ele diz, e ouso Mariane vibra na cadeira.

- Você não vem?.- faço biquinho para ele.

Sei que minha amiga vai para caçar, e se Carine não aguenta nosso ritmo, provavelmente ela estará dormindo em breve, então queria ao menos da uns beijos ao som de uma música quente.

- Estarei esperando ansiosamente sua chegada.- ele me dá um olhar provocador e malicioso, que me deixa molhada na mesma hora.- você tem algo a me mostra, lembra?.- ele diz, e eu enrugo a testa. Bonito chega mais perto do meu ouvido, e sussurra só para mim ouvir.- seu sexo bêbado, eu quero provar garota.- suas palavras faz meu corpo se arrepiar, e eu engolo seco.
...

Nós trocamos de roupa novamente, colocamos roupas adequadas para festa, e saímos de casa.

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