Negocios a Tratar

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Mel

- Acho que esse combina mais.- Carine fala montando a minha roupa para o evento.

- Não acha que é muito, "Olhe para mim"? Minha intenção, é não chamar muita atenção.- falo para ela, olhando o vestido em cima da cama.

- É claro que não, as mulheres nesses eventos vão pra chamar atenção mesmo Mel, e as que todo mundo repara, são às que estão mais simples, e não tão adequadamente vestidas.- ela me olha de lado e sorri quando me ver torce os lábios.- não se preocupe, não vou sair do seu lado.- ela continua.
...

Saio do quarto já pronta, quando o maquiador e o Rico finalmente me deixam em paz. Eu vou para o saguão encontrar Antony e Carine, e quando eles percebem a minha presença, os dois se viram para me encarar.
Carine escolheu um vestido longo lilás de cetim frente única, com cortes discretos, uma fenda no perna direita, renda em formato de rosas um pouco abaixo dos seios, e um decote farto. Ele abraça todas as minhas curvas, me deixando muito elegante, juntamente com o salto fino na cor prata, com uma amarração que vem quase na panturrilha.
Carine me encara sorridente e satisfeita.

Ela também está belíssima.

Minha amiga optou por um vestido vermelho tubinho, bem colado no corpo, um colar de pedras brancas, e um grande brilhante nas orelhas. O salto dela é bem alto e fino, na cor preta.
Antony está vestindo um smoking preto, com uma blusa branca por baixo, e uma gravata borboleta, com um calça de smoking também preta e um sapato social da mesma cor. Ele está muito sexy, com o cabelo cortado, barba feita e uma aparência deliciosa.

Ele me deixa maluca.

O olhar que me lança deixa bem claro que sua intenção é de me devorar. Mesmo ele tentando disfarçar, é quase impossível não perceber o desejo em seu rosto.

- Eu disse que ia fica lindo.- diz Carine quando eu me aproximo deles dois.

- Você está linda.- Antony diz segurando na minha mão. Ele beija as costas dela e me guia até a entrada da casa, onde Allan já está nos esperando.

Bonito abre a porta no carro, e da passagem para mim e Carine sentar no banco de trás, e ele se senta ao lado de Allan.

- O outro carro irá nos seguir senhor?.- Allan pergunta olhando para Antony.

- Sim.- ele é curto e grosso, sem o encarar de volta.

Quando o outro carro para bem atrás de nós, Allan da partida e seguimos para a tal festa.
...

O carro estaciona na entrada de uma enorme mansão, onde tem um tapete gigantesco no chão e muitos fotógrafos para todos os lados. Um mordomo para bem ao lado do carro e abre a porta onde eu e Carine estamos sentadas. E com esse simples gesto do moço, só faltou o Antony dá um pulo do seu banco para impedi-lo.

- Se afasta.- ele rosna para homem, erguendo-se ao seu lado com os olhos vividos o encarando.

O rapaz da dois passos para trás se desculpando, visivelmente assustado com a reação do bonito.
Eu saio do carro o encarando rabugenta e chateada pela maneira que ele tratou o coitado do rapaz que estava apenas fazendo o seu trabalho.

- Não precisava falar assim com ele.- digo o encarando seria, e ele me devolve um olhar intimidador.

- Não é qualquer um que pode sair abrindo a porta do carro de um Don, Mellany.- ele diz ainda sério, e eu fico encarando ele sem entender o que ele quis dizer com isso.- venha.- Antony agarra a minha mão forte, como se alguém fosse me arrancar dos braços dele ou eu fosse fugir a qualquer momento.

Quando nós chegamos no tapete vermelho, Bonito coloca a mão na minha cintura, e dá o outro braço para Carine se apoiar. Quando eu ia sair andando, meio atordoada com a chuva de flash e gritos que dizem algo como...

- Senhor Berrutti, senhor Berrutti, olhe para cá, essa é a sua noiva? De um sorriso.

São muitos gritos para todos os lados, que no final, não sei bem para onde olhar. O Bonito parece uma celebridade, todos estão brigando por uma foto dele, e eu me sinto completamente atordoada com toda essa atenção.

- Fique calma garota.- Antony sussurra no meu ouvido, e segura mais forte na minha cintura.

Eu respiro fundo e olho para Carine. Ela está apenas sorrindo e olhando para todas as luzes que são direcionadas para nós, uma por vez. Seus movimentos são quase imperceptíveis, e eu copio suas ações, e sorrio para a multidão de paparazzis e flash na minha frente.
...

Já dentro do local, parece uma festa de gala. Todos bem vestidos, mulheres muito bem arrumadas com cabelos perfeitamente alinhados, e muito brilhante no corpo. Isso aqui parece mais um desfile de moda e de jóias, do que um jantar beneficente. Agradeço mentalmente por Carine escolher um vestido realmente adequado para a ocasião, pois se eu tivesse escolhido algo mais básico, eu realmente teria rachado a minha cara nesse momento.
Andamos pelo salão, e o Bonito é cumprimentando por todos a nossa volta. Todos aqui parecem conhece-lo de alguma forma, e eu fico muito envergonhada com os olharem que me dão dos pés a cabeça.
Uma mulher se aproximar de nós, com uma bandeja na mão, e umas taças de champanhe em cima dela. Ela para bem em nossa frente, olhando diretamente para o Bonito. Ela pisca seus cílios cumpridos enquanto nos oferece a bebida, sendo completamente atingida pela beleza de Antony.

- Você quer uma taça?.- ele me pergunta, e eu concordo.

Antony pega duas taças, entrega uma para mim e outra para Carine, e pega também uma para ele.

- Obrigada.- ele diz para a moça, e ela sai de perto da gente quase tropeçando em seus pés.

É isso que Antony Berrutti causas nas mulheres. Não sou a única a ser atingida por seus encantos, e a me perder no olhar desse homem.
Continuamos o nosso caminho, e entre um "Oi" e outro, um grupo de homens de terno e gravata, não tão charmosos como o meu bonito, começa a acenar em nossa direção.

- Tenho que fazer alguns negócios, Carine irá lhe fazer companhia em quanto isso, eu não demoro.- Antony diz em meu ouvido e se afasta, antes mesmo que eu possa dizer qualquer coisa.

Eu olho para Carine, e ela sorri para mim.

- Vem, vou te apresentar a algumas pessoas.- ela diz segurando em minha mão, e me arrastando para outro lado.

Enquanto vou fazendo meu caminho, eu olho na direção do bonito, que entra por uma porta e depois não consigo mais vê-lo.
Que negócios será que ele irá tratar em pleno evento de caridade? O evento em si já não é o negócio?

O SicilianoOnde histórias criam vida. Descubra agora