Mel
Depois de trocar de roupa outra vez, Antony nos acompanha para fora da mansão, onde Allan está nos aguardando no carro.
- Vou precisar me preocupar com o estado que voltará pra casa?.- bonito pergunta me encarando, enquanto estamos nos despedindo na calçada.
- Não se preocupe com isso.- sorrio docemente, ele me dá um pequeno sorriso de volta e deposita um beijo carinhoso em meus lábios.
- Se divirta. Allan ficará responsável em trazê-la em segurança, e a segurança estará com vocês o tempo todo, então por favor, colabore com eles, porque se algo acontecer com você, eu punirei a equipe inteira.- bonito diz tão sério, que por um momento eu acho que é verdade o que diz.
- Está levanto essa história de máfia muito a sério.- falo zangada e ele sorri.
- Apenas tenha cuidado. Te espero.- ele da mais um beijo em meus lábios, e eu entro no carro me juntando as meninas.
Bonito se abaixa do lado da janela de Allan, dá umas instruções em italiano, que eu só consigo ouvir apenas o "Sicurezza". *Segurança*.
O italiano não é uma lingua muito complicada para mim, é até um pouco parecida com o português, e por isso consigo entender algumas palavras.
Quando Antony se afasta do carro, Allan dá partida no motor, indo em direção a portaria do condomínio.
...Nostro, é uma boate muito elegante no lugar mais movimentado da zona sul do Rio de Janeiro, e parece um dos lugares mais disputado para se está essa noite.
- Está florido isso aqui.- Mariane encara a bunda de um rapaz que passa por nós.
- Vem meninas, vamos entrando.- Carine diz nos guiando para dentro da casa de show, e o pessoal da fila olha pra gente de cara feia, quando não precisamos dizer uma palavra, e o homen em nossa frente abre a porta para podermos passar.
A música é animada e alta, luzes de led e feixes de luz ilumina todo o lugar, com cores verde, vermelho e azul. A boate é revestida de um tom preto fosco acolchoado, luxo e muita gente bonita.
Vamos subindo para área reservada, e é bem reservada mesmo. Parece ter uma parte da boate só pra gente, pois daqui ninguém consegue nos vê. Porém, nós conseguimos vê-los perfeitamente. O vidro parece um espelho para eles, e para nós, apenas um vidro. Nós entramos em um lugar que é tipo uma sala, com um sofá que quase faz parte da parede rodeando toda a lateral dela, um poli-dance enorme de frente pro sofá acolchoado e uma mesa redonda no centro do lugar.- Pode manda chegar às bebidaaaas.- Mariane começa a dançar animada na vara de metal ao ritmo da música, e as garçonetes começam a trazer as bandejas com nossas bebidas.
A balada está no pico, e está uma delícia. Por mais que não estamos no meio das pessoas, nós conseguimos sentir daqui a energia que da boate.
Nós ficamos loucas, dançando em cima da mesa. Agora estou agradecendo mentalmente pelas pessoas lá em baixo não poderem vê nos três dançando como vadias
Carine dança esfregando sua bunda no ferro, e se alisa sensualmente com os olhos fechados, cantando em inglês uma música da Anitta.
Mariane está em cima do sofá, alisando o vidro que dá visão ao pessoal animado lá em baixo.- Eu vou descer aí.- ela fala pra alguém lá em baixo, que provavelmente nem está vendo ela aqui em cima.- eu vou descer lá.- ela vira para mim e repeti o que diz.
- Não.- eu balanço a cabeça de cima da mesa.
- Eu vou lá.- ela fala decidida, e desce do sofá rindo maliciosa e sai da sala rebolando.
Eu balanço a cabeça rindo, e continuo minha performance de Envolver da Anitta.
Depois de mais duas músicas, e derramamento de álcool dentro do corpo, Mariane volta com dois bofes enormes, com músculos definidos atrás de blusas sociais, e porte atlético. Eles poderiam ser nossos seguranças facilmente.- O que é isso Mariane?. eu falo assustada assim que ela entra na sala, e desço da mesa na mesma hora envergonhada.
- Meus mais novos amigos. Não pra você é claro. Mas um para mim e outro pra Barbie.- ela diz toda se querendo.
Eu sei que elas são adultas e solteiras e tem o direito de se divertirem. Mas eu não tenho que ficar aqui olhando, ainda mais por que sei que bonito não vai gostar nada nada disso. E mesmo com o meu estado alcoólico chegando ao limite, eu tenho consciência do que é certo ou errado.
- Ok, se divirtam, eu vou passear lá em baixo.- digo levantando minhas mãos, e elas ficam bem satisfeita com a minha saída.
Desço a escadas e vou para a pista de dança, já com as mãos esticadas, e dançando feito uma garotinha. A música vai tocando, passando pelo meu corpo como ondas e eu me deixo ser levada por ela, esquecendo de todos os meus problemas por um momento.
Eu amo dançar desde pequena, e amo muito quanto toca funk, porque eu jogo minha raba igual.- O bonde das maravilhas dançam pra valer.- eu começo a cantar gritando, quando fico emocionada de escutar o bonde das maravilhas na boate chique do Antony.- Eu vou chama a Carol, vem vem a Carol.- rebolo feito uma maluca, e só não deito no chão por que iria passar vergonha.
E eu danço como ninguém, pois esses riquinhos não deve nem saber o que é um quadradinho.
Eu me doou inteira para o funk, e já começo a ver os beiços torcer para o lado, me fazendo dançar ainda mais até o chão.
Enquanto ainda estou empolgado, cinto uma mão grande segurar minha cintura. Fico rígida na mesma hora e paro de dançar. A mão me puxa mais forte pra perto, me fazendo bater com as costas contra um peitoral rígido.- Será que você senta gostoso assim também novinha?.- um bafo de cachaça e uma boca molhada, fala bem no meu ouvido, me fazendo sentir vontade de vomitar.
- Me larga.- tento tirar as mãos dele da minha cintura, mas ele parece apertar ainda mais forte.
- Relaxa gatinha, quando eu pegar você de jeito, você não vai conseguir sentar nem tão cedo.- ele continua falando em meu ouvido, e eu começo a me debater desesperada.
O homem não me solta por nada, é uma confusão se forma ao nosso redor. Os meus seguranças não demoram a chegar, e quase rasgam o homem ao meio, o fazendo solta minha cintura a força.
O pessoal que estava curtindo a música se afasta, e eu nem consigo ver a cara do homem que estava me agarrando. Um dos seguranças me arrasta as pressas para fora da boate, e praticamente me jogar dentro do carro.- O que está acontecendo? Cadê o Allan? E as meninas?.- pergunto assustada para dois homens que eu nunca vi na vida.
- Não se preocupe, eles já estão vindo.- o carona que me arrasou até aqui diz, e o motorista sai em disparado para longe da boate.
Eu olho para trás e vejo como as luzes da Nostro vai ficando mais distante. O motorista parece ter colado o pé no acelerador, e o carro parece está a mil por hora.
- Alguém nós segue?.- eu pergunto ainda mais assustada pela velocidade que ele está colocando no carro.
- Não senhora.- o motorista responde seco, mais continua com sua velocidade.
- Então por que está correndo tanto assim?.- eu tento me segurar no assento, com forme a velocidade vai me jogando para um lado e para o outro.
Meu telefone começa a tocar no no meu bolso, e eu pego ele com dificuldade, por meu corpo não parar de se mover bruscamente.
- Oi.- atendo a chamada de Carine.
- Onde você está?.- ela grita desesperada do outro lado da linha.
- Estou indo pra casa com os seguranças.- eu falo tentando tranquiliza-la, e ela parece rugir no meu ouvido.- o que está acontecendo Carine?.- fico nervosa.
- Esses não são nossos seguranças Mel.- ela diz angustiada e lamentando.
Eu olho aterrorizada para os caras a minha frente, e quando eles percebem, o carona tira o celular do meu ouvido e o joga ele pela janela do carro.
- Isso é um sequestro princesa.- o carona diz, fazendo meu peito rasgar ao meio, e minha respiração ficar presa na garganta.
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O Siciliano
AksiMel é uma jovem, que sonha em construir um futuro brilhante. Ela tenta amargamente se recuperar de uma separação recente, e acaba conhecendo Antony no meio disso tudo. Antony é um filho de sicilianos, bilionário e sedutor. Antony, acaba virando a...