Messina

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Antony

Nosso passei foi divertido, consegui tirar essa menina do tédio que ela me disse estar.

- Eu tenho medo.- ela fala quando a chamo pra subir no jet.

- Não tem mistério Mel, sobe aqui, e eu vou guiar a gente.- falo com a mão esticada pra ela.

Mellany está em cima da lancha, com o colete salva vidas e os braços em volta do corpo em forma de proteção.

- Vamos garota, vai ser legal, confia em mim.- chamo mais uma vez, e ela me encara desconfiada.

- Você não vai me deixar cair né? Eu tenho medo de tubarão.- diz ela e eu começo a rir.

Essa mulher é doida.

- Aqui não é mar aberto Mellany, não tem tubarão aqui. Vem.- estendo minha mão novamente, e com muita luta, ela sobe no jet.

Mellany agarra na minha cintura, e descansa o rosto nas minhas costas.

- Pronta?.- pergunto sorrindo por trás do meu óculos aviador.

- Pronta!

Eu arranco com o jet e ela solta um gritinho.
...

Depois do passeio de jet, nós fizemos um pequeno mergulho, e depois voltamos para a lancha.

- Eu amei.- ela diz quando eu a ajudo sair da barco.

- Meu prazer é satisfaze-la.- sorrio e vejo o efeito das minhas palavras em seu rosto.

Ela não sabe ainda o efeito que causa em mim apenas com seu olhar. Mas eu sei bem como provoca-la, e gosto de ver sua boquinha inteligente se calar com desejo.

- Bom, acho que tem muito o que fazer então.- ela rebate, e sorri docimente para mim.

Ôh baby... Você gosta de brincar?

Resolvo não responde sua provocação.

- Você terá sua chance garota.- olho para ela, e ela engole seco.- vamos, hoje eu ainda tenho planos para você.- seguro em sua mão, e a guio para dentro de casa.

Eu a trouxe para minha casa pra poder conquista-la, e não quero mais ouvir reclamações de que ela está entediada por aqui. Vou bombardear essa garota com afazeres, e quando ela estiver bem cansada, eu vou persuadi-la.

- Nossa, vocês demoram.- Carine nos recebe na entrada da sala.

- Carine.- Mellany fica feliz em encontra minha prima, e parece que Carine também fica feliz em reve-la.

- É bom ver você Mel.- ela diz sorrindo.

Gosto de saber que elas se deram bem. Carine desaprovou todas as mulheres que eu trouxe para ela cuidar até hoje. Com excessão da Mellany. Carine até hoje não teve nenhum motivo para falar mal dela. Isso me faz quere-lá ainda mais.

- Vou deixá-las a vontade.- falo saindo de perto delas, e Carine chama minha atenção.

- Primo, precisamos conversar.- ela diz com seu olhar de advertência, e percebo que não é uma coisa muito boa.

- Daqui a uma hora, estarei no meu escritório.- respondo sério, e continuo fazendo o meu caminho.
...

Entro no meu quarto, tomo um banho demorado, coloco uma calça de moletom, uma regata e vou para a academia. Preciso queimar as energias que ainda não estou conseguindo gastar com Mellany.
Entro no lugar, e Kaleb já está me esperando.

- Espero que esteja com bastante fôlego.- diz ele já com os equipamentos preparado. Eu só dou um sorriso de canto para ele.

Coloco minhas luvas e meu protetor bucal, me posicionando em sua frente. Kaleb é lutador de MMA e meu Personal trainer. Ele trabalha comigo a mais de 2 anos, e é o responsável pelo meu porte físico.

- Está relaxado, tô gostando de ver.- diz sorrindo e eu continuo sério.

Sim, estou. Esse é o efeito daquela menina em mim. Me sinto mais leve com ela, sinto que posso relaxar quando ela está por perto, em segurança.
Depois que eu me posiciono e levanto a guarda, nos começamos a nossa luta.
...

Depois de mais um banho, eu vou para o meu escritório e encontro meu consierge sentando de frente para a minha mesa.

- O que ouve?.- pergunto, já prevendo o problema.

- Carregamento de heroína chegou em Messina.- diz ele para mim, e eu balanço concordando.

- E o que á de errado?.- pergunto sentando em minha cadeira encarando ele mais de perto.

- Mauro Castilho a recebeu.- ele diz e eu fico olhando para ele sem acreditar.

Sinto o sangue do meu rosto borbulhar.

- E como isso foi acontecer?.- pergunto entre os dentes com meus punhos fechados e a raiva crescente pelo corpo.

- Vocês tinham um acordo Antony, e até agora não foi cumprido.- ele tenta argumentar, e eu bato meu punho na mesa. Humberto nem se move.

- F0da-se o combinado, eu paguei por essa dr0ga, quem é Castilho para interferir nos meus negócios?.- me exalto e Humberto abre as mãos, como se não tivesse o que fazer.

- Ele quer que você vá resolver isso pessoalmente, ainda essa semana.- me diz, e eu fico ainda mais nervoso.

- Ele não é ninguém para me exigir explicações, avise ele que quero meu carregamento na vila em 2 dias, e se for preciso eu ir lá, as coisas não iram se resolver da maneira que ele quer.- rosno para meu consierge, e ele concorda.

- Ok senhor Berrutti, mas pense bem antes de arrumar uma guerra com os Castilhos.- ele me avisa, e eu continuo o encarando sério.- tudo pode se resolvido apenas com um voo.- ele continua dizendo ao fazer seu caminho até a porta.- já que não quer abrir mão da garota, leve-a junto, sei que dará um jeito de mantê-la segura.- ele fala antes de sair do escritório.

Inferno!

Eu só queria ter uma semana de paz, sem que meus demônios me persigam. Não quero que as coisas que eu faço se reflitam em Mellany, e só o pensamento de te-la em Messina me deixa nervoso. Vou tentar resolver tudo por aqui mesmo, e quando ela for para casa, eu faço a minha viagem.
Uma batida na porta, me tira dos meus pensamentos.

- Entre.

O SicilianoOnde histórias criam vida. Descubra agora