O Siciliano

Residência dos Berrutti

Depois de muito insistir para que o tal Alan me contasse para onde o seu patrão quer me levar, acabei me dando por vencida. Ele disse que não sabe de nada ainda, e que só iria saber na hora. Não quis mais insistir no assunto, só não pedi pra voltar pra casa porque já estava longe demais, e também estava muito curiosa pra saber o por quê do bonito insistir tanto em me ver novamente.
Contando com uma ressaca mal curada e o cansaço da rotina, acabo caindo em um cochilo que durou praticamente o restante do caminho inteiro, pois quando eu acordo, sinto um leve toque em meus ombros, que me desperta totalmente. Abro meus olhos lentamente, e vejo uma mão branca delicada, com unhas perfeitamente pintadas de vinho, onde um brilhante rodeado de pedras azuis cintilava em um dedo anelar. Meus olhos vão percorrendo ao longo do pulso com uma corrente de ouro e uma pele banca bronzeada. No final, meus olhos se encontra com um cílios imenso. A menina me encara com um sorriso que não consegue chegar em seus olhos, parecendo meio ansiosa ou apreensiva por alguma reação minha.

- Oi.- digo educadamente, meio assustada e sonolenta para ela, e automaticamente sua expressão muda, e o sorriso dela se torna radiante.

- Boa tarde, como foi a sua viagem?- pergunta ela sorrindo simpática, com expressão de alívio no rosto, e eu fico meio sem entender.

O que está acontecendo?

- Boa, obrigada.- ela balança a cabeça e me dá passagem para que eu possa sair do carro.- onde eu estou?- pergunto ainda perdida olhando em volta.

Acho que estou em um condomínio de casas, porém não consigo ver outras ao redor.

- Você esta na residência dos Berrutti, seja bem vinda._ ela abre passagem para mim no portão de madeira, pintado elegantemente de branco.

Olho ao redor da imensa casa com pedras rusticas e madeiras. Um lindo jardim com flores coloridas, e um gramado impecável. Vou caminhando lentamente atrás dela, nos entramos em uma casa de cinema. Com uma sala imensa que da 3 da minha casa, um sofá que cabe uma equipe inteira de futebol, contando com os reservas, uma televisão de 70 polegadas, chão de porcelanato, paredes em tons bege com uns papéis de paredes em cantos específicos. A casa é coisa de louco, e eu fico encantada por cada detalhe.

- Bom, aqui será o seu quarto._ diz a menina abrindo a porta, e eu caiu de boca aberta em uma mini mansão, dentro da mansão.

O quarto tem uma cama luxuosa redonda, de frente pra uma enorme porta de vidro, que dá para uma área de lazer magnifica, um sofá no canto da parede, uma penteadeira com um grande espelho, o chão do quarto é todo amadeirado, tem um lustre de cristal pendurado no teto, um tapete de pelos no centro do quarto, uma televisão de 50 polegadas, um banheiro com hidromassagem, e um closet vazio que da dois do meu quarto inteiro.

- Há, me desculpe por está vazio, Antony me disse que você era diferente e que seus gostos eram específicos, então eu fiquei com med0 de errar, preferi esperar para podermos fazer as compras justas, assim você me fala um pouco mais sobre o que gosta, e eu te passo um pouco da minha experiência._ a menina se explica um pouco envergonhada, e eu a encaro intrigada.

- Me desculpe, qual o seu nome mesmo?_ pergunto caminhando até ela.

- Meu nome é Carine Berrutti, sou prima do Antony Berrutti._ ela estende as mãos, e eu aperto.

- Eu sou Mellany Supriano._ respondo sorrindo para ela.

- É, eu sei._ ela sorri de volta.

Eu me simpatizei muito com essa menina.

- Sei que tudo isso pode ser um pouco confuso para você, mas confia em mim, você está segura._ ela me mostra seus dentes perfeitamente branco, e eu acabo sorrindo junto com ela._ deixe suas coisas em cima da cama, nos temos que ir ao shopping.- ela diz, e eu faço o que me pede.

Coloco minha bolsa em cima da cama, e saio da residência junto com ela.
Logo, quando chegamos ao carro, percebo uma troca de olhares intensa entre Carine e Alan. Eles se entre olha e ela dá um sorrisinho tímido para ele, entra no carro, e eu entro logo atrás. Enquanto Alan vai fazendo seu caminho, minhas suspeitas se tornaram reais, realmente estamos em um condomínio de casas. Porém, até a casa mais próxima chegar, Alan precisou percorrer um longo caminho pra isso.
Passamos o portão do condomínio, e a primeira coisa que vimos, é uma imensidão azul.

Bem que eu pensei ter sentido o cheiro de mar assim que acordei no carro.

Vamos percorrendo toda a orla da cidade e vejo cada lugares lindo, pessoas vestidas confortavelmente, e prédios gigantescos. Fico encantada olhando para fora da janela, até pararmos no estacionamento do barra shopping.

- Bom Mel, nossa primeira parada vai ser as lojas de roupas e depois salão no beleza, lá, você vai pode fazer tudo que tiver direito, cabelo, sobrancelha, maquiagem, depilação, SPA, cílios, tudo o que desejar._ Carine diz saindo do carro e eu vou acompanhando ela.- Você está com fome?.- pergunta fazendo seu caminho.

Só de pensar em comida meu estômago embrulha. A cachaça de ontem me deixou definitivamente enjoada, e não quero colocar nada no estômago por algum tempo.

- Não, eu estou bem, obrigada.- respondo para Carine que sorri docemente.

- Qualquer coisa que desejar você pode me dizer, Ok?.- ela diz ainda me encarando de lado, e eu só aceno com a cabeça, e continuamos o nosso caminho.