Cap. 84

495 74 26
                                    

Anastácia já tinha partido há muito tempo. Havia escrito uma carta para acada um deles na véspera,sentada na cama,chorando  só para dizer-lhes o quanto os amava e o quanto lamentava toda a dor que lhes tinha causado. Disse-lhes que tomassem conta do papai e obedecessem a ele. O mas difícil foi escrever a Matty. Ele ainda era muito criança. Provavelmente não entenderia porquê ela o deixava. Ela vazia aquilo ppr eles. Ela era o chamariz que tinha atraído os tubarões,agora tinha de se afastar deles o máximo possível,de forma que ninguém os ferisse. Iria para Nova York por alguns dias,só para recuperar um pouco de ar,e deixara às cartas para Cristian entregar às crianças. Depois de Nova York  achava que iria para Los Angeles. Podia encontrar um emprego até que o bebê viesse. Ela o daria a Cristian então... ou talvez o marido a deixasse ficar com ele. Ela estava preocupada,confusa e chorando quando partiu. A empregada a viu sair e ouviu o seu choro violento na garagem,mas teve medo de ir até ela e intrometer-se. Sabia porque ela estava chorando ou achava que sabia. Ela estava chorando porquê vira os tablóides. Mas Anastácia não levou o carro. Chamou um táxi e esperou do lado de fora da casa com às malas. A empregada viu o táxi afastar-se,mas não sabia ao certo quem estava lá dentro. Ela  pensou que Anastácia ainda estivesse na garagem. Ana deixara uma carta longa e angustiada para Cristian no quarto,junto com às das crianças.

O motorista do táxi dirigiu o mais rápido que pôde para o aeroporto,conversando o tempo todo. Ele falava incessantemente e Anastácia não se incomodava em ouvi-lo. Ela sentiu-se mal quando viu que ele tinha,no banco da frente do táxi,a sua foto na capa de Thrill,e ele estava olhando por cima do ombro para falar com ela,quando bateu em outro táxi e foi violentamente atingindo por dois veículos que vinham atrás dele. Levaram mais de meia hora para desengatar os veículos. A polícia rodoviária veio,ninguém parecia estar ferido,tudo o que tinham a fazer era trocar números de telefone,carteiras de motoristas e nomes se suas seguradoras.

- A senhora está bem?(o motorista parecia preocupado. Estava com medo de que alguém pudesse fazer queixa a seu chefe,mas Ana prometeu que não o faria.)

- Ei. A senhora pareci com ela (ele falou apontando para o Thrill,enquanto Anastácia entrava em pânico)

- Ela é bonita,não é? Uma linda mulher. Ela é casada com um congressista. Quê pessoa sortuda?

Era assim que às pessoas viam. Pessoa sortuda? Que pena que Cristian não penssava assim,mas quem poderia culpá-lo?

Ele a deixou no aeroporto e ela sentiu um leve incômodo no pescoço devido ao acidente e também um pouco tensa,mas nada grave. Somente quando chegou a Nova York é que percebeu que estava sangrando. Mas não muito. Se conseguisse chegar ao hotel e descansar,ficaria bem. Tivera alguns acidentes desse tipo quando grávida de Matty e Thedy,o médico lhe dizia para repousar,e o sangramento sempre parava logo.

Ela deu ao motorista do táxi o endereço do Hotel Carlyle. Ela havia feito a reserva avião. Ficara lá uma vez com Cristian a tinha boas lembranças. Tinha boas lembranças de todos os lugares com ele. Até junho a sua vida fora idílica. Ela registrou-se na recepção do Hotel com o nome Anastácia Steele. Deram-lhe um pequeno quarto com cortinas cor-de-rosa e o mensageiro levou às suas duas malas.Ela deu-lhe uma gorjeta e ele saiu. Ninguém disse o quanto era parecida com a rainha pornô dos tablóides. Quando foi deitar ela imaginou see Cristian já teria chegado em casa e encontrado a carta.Ela sabia que não ligaria. Era melhor deixar assim,se ligasse e falasse com eles,especialmente Cristian,ou Matty,sabia que não conseguiria.

Estava exausta quando deitou pensando neles,sentia-se completamente esgotada e cansada,o pescoço ainda doía,e sentia pequenas cólicas no abdômen e nas costas. Sabia que não era nada. Não tinha forças para ir ao banheiro. Ficou ali deitada,sentindo-se fraca e triste,e lentamente o quarto começou a rodar,até que finalmente ela ficou no escuro.

Ana acordou às 4h da manhã e agora às cólicas estavam realmente fortes. Ela rolava na cama e gemia de dor. Mal podia suportar. Ficou ali toda encolhida durante longo tempo,depois olhou para a cama,embaixo de si. Estava encharcada de sangue,assim como a sua roupa. Ela sabia que tinha de fazer alguma coisa rápido,antes que desmaiasse outra vez. Mas ficar em pé era tão doloroso,ela não conseguia. Agarrou a bolsa e arrastou-se até a porta,com a capa que trouxera bem apertada à cintura. Foi cambaleando até o corredor e chamou o elevador. Entrou no elevador lotado,mas os ascensoristas não disseram nada. Ela sabia que o hospital ficava a apenas a meio quarteirão e tudo o que tinha a fazer era apressar-se.

- Táxi,senhorita?(perguntou o porteiro)

Ela sacudiu a cabeça e tentou esticar-se mas não pôde. Uma fisgada deixou-a ofegante e,derepente,uma cólica de intensidade inacreditável fez com que dobrasse os joelhos,enquanto ele a segurava e a agarrava.

- Está passando bem?

- Sim... só estou... com um pequeno problema...

No princípio ele pensou que ela estivesse bêbada,mas quando viu o seu rosto,percebeu que ela sentia dor.

- Eu só estava indo... ao hospital...

- Porquê não pega um táxi? Há um bem aqui. Ele a leva até o outro lado da Park Avenue e a deixa lá. O porteiro disse ao motorista do táxi para levá-la ao Lenox Hill e Ana entregou 5 dólares a cada um deles.

- Obrigada,logo vou ficar bem.(tranquilizou-os)

Depois que cruzaram a Park Avenue e estacionaram no espaço reservado a ambulância,o motorista tornou a olhá-la,e em princípio não a viu. Ela escorregara do banco e estava caída no chão do táxi,inconsciente.

" Aí minha nossa senhora das mocinhas sofredoras,o quê será que a nossa Ana têm?🙏🙏😟😟"

MALDADE (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora