Capítulo 34

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Era uma bela manhã de domingo e o melhor de tudo um domingo de folga, por isso Alex ainda se encontrava deitada toda enroscada no corpo de Kelly sem a mínima intenção de levantar-se tão cedo, mesmo já sendo quase onze horas da manhã. Kelly a puxou um pouco mais e chupou-lhe a curva do pescoço provocando um arrepio na pele da amante; por sua vez, Alex arranhou as costas da amada até chegar em suas nádegas e apertá-las com força ao mesmo tempo que posicionava sua perna entre as pernas da bela negra que gemeu em seus braços.

Kelly procurou a boca de Alex e a tomou para si enquanto uma de suas mãos procurava pelos seios brancos. A Danvers gemia entre os lábios exigentes de seu amor quando fortes pancadas na porta foram ouvidas pelo quarto:

— Não é possível! — disse Kelly rolando para o lado.

— Ignora amor, volta aqui — mas antes que pudesse fazer qualquer coisa as batidas voltaram com mais força e o nome de Alex foi gritado pela voz de Kara.

— Isso já passou de todos os limites cabíveis, Alexandra! Resolve isso de uma vez por todas ou juro que vai ter que pôr a porcaria de um sofá em sua sala no DEO!

— Kelly, espera, não fala assim. Amor, aonde vai?

— Onde acha? Tomar um banho frio, é claro.

Furiosa, Kelly saiu da cama e bateu a porta do banheiro. Alex por sua vez vestiu a primeira camiseta que encontrou e foi abrir a porta antes que Kara realmente a derrubasse.

— Mas que inferno, Kara!!! Pela explosão de Krypton, o que quer?

Kara passou pela irmã sem se importar com a recepção mal-humorada:

— Convidei Lena para jantar hoje e ela disse sim, e, agora, o que faço?

— Não acredito que está surtando apenas por causa de um jantar! Como se esse fosse seu primeiro encontro com alguém, francamente Kara, está até parecendo uma virgem indefesa!

— Você não entende, não é? Não é qualquer pessoa, Alex! É ela, é a Lena e eu nunca senti nada parecido por ninguém antes.

— Nem por Mon-El?

— Não. Para ele entreguei apenas um pedaço do meu amor, mas para ela... para ela — seus olhos brilharam e soltou um longo suspiro — estou entregando minha alma, Alex.

— Ó Kara que lindo! Nós vamos te ajudar, não é amor? — Kelly falou surpreendendo as duas, pois, em seu roupão multicolorido, entrara na sala a tempo de ouvir a resposta de Kara.

— Vamos?! Hein, não estava no banho?

— Ora cala a boca, Alexandra! E sim, é claro que vamos. Vai, feche essa porta e nos prepare um chá. Me diga, Kara, onde pretende levá-la?

Kelly foi até Kara e a levou para a sala enquanto uma Alex perplexa e com o pensamento fixo de despachar Lena e a irmã para uma das luas de Júpiter fazia o que lhe fora mandado.

***

Depois que deixou seu apartamento, Kara ligara e a convidara para jantar, apenas para conversar, ela dissera, mas isso não impedia Lena de ficar com os nervos à flor da pele. Também não era para menos, uma hora Kara a beijava, depois fugia; outra hora fugia e depois a beijava; volta e meia a queria por perto, depois a queria bem longe. Estar com Kara se resumia a uma montanha russa de emoções que estava lhe tirando do rumo.

Incapaz de conter a ansiedade, decidiu ligar para Alex sem saber que esta estava com Kara em sua sala de estar tão ansiosa e insegura quanto ela. Depois de ligar três vezes sem que Alex atendesse resolveu mandar mensagem de texto mesmo:

“POR QUE RAIOS NÃO ATENDE O CELULAR?”

“É URGENTE PRECISO FALAR COM VOCÊ.”

“ALEX! ALEXANDRA!!!!!”

“DANVERS!!!”

“o que você quer?” “quer parar de gritar!” “estou meio ocupada agora”

“AH, OLHA SÓ QUEM SABE ESCREVER PARA RESPONDER ALGUÉM!”

“o que quer Lena?”

“KARA, NÓS VAMOS JANTAR HOJE”

“até que enfim!”

“É SÉRIO ALEX, ESTÁ ME OUVINDO? JANTAR, EU, KARA, ENTENDEU?”

“mais do que imagina” “olha será bem simples, ok? vista-se para matar e comporte-se como uma santa”

“SIMPLES ASSIM?”

“sim, simples assim, e Lena como uma santa, entendeu? Lembre-se de que ela é minha irmãzinha e posso te trancar em uma das celas do DEO e jogar a chave no fundo do Oceano Pacífico.”

“Muito engraçado! hahahaha morrendo de rir”.

Ao Som do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora