Capítulo 53

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— Kara! KARA!

Supergirl cambaleou assim que tentou se aproximar de Lena sentindo a dor da kryptonita invadir seu sistema. Tentou dar mais um passo, mas não conseguiu. Caiu ao chão e se afastou um pouco, ergueu a cabeça e viu Lena mover os lábios, mas não ouvia nada do que tentava lhe dizer. Precisava tirar Lena dali o mais rápido possível, mas estava ficando cada vez mais fraca.

Por sua vez, Lena entrava em desespero vendo Kara sofrer sob os efeitos da kryptonita e sabia que estava ficando cada vez mais fraca e talvez não sobrevivesse a explosão da bomba, não podia permitir que ela morresse consigo por causa de mais uma das armações de Lex. Tinha que dar um jeito de Kara a ouvir para que saísse dali o mais rápido possível.

Mas Kara estava mais preocupada com Lena, ainda mais depois que, ao cair no chão, viu a bomba sob seus pés. Tinha que tirar Lena dali, tentou se arrastar em direção a ela, mas a radiação ficou mais forte. Sem escolha, começou a se afastar na tentativa de localizar a kryptonita, mas não teve sucesso. Então afastou-se mais de Lena e recuperou um pouco sua energia. Conseguiu ficar em pé e olhar nos olhos de Lena que correspondeu ao seu olhar com desespero. Ela falava e falava, mas Kara não ouvia nada.

— Amor, não ouço o que diz. – Ameaçou se aproximar novamente, mas o olhar apreensivo de Lena a fez recuar – Ok, ok, mas fale devagar para que eu possa tentar ler seus lábios. 

Kara não entendeu muito, mas o pouco que conseguiu captar foi kryptonita, traje, chumbo o que foi o bastante para saber que não salvaria Lena sozinha e pelo correr do cronometro o tempo estava acabando. Ela subiu para a porta do casarão e entrou em contato com Alex que já tinha uma equipe de resgate de prontidão e com a ajuda de J’onn e Meg’an chegou ao local em segundos.

A equipe do DEO imediatamente analisou a situação e o agente Carter que era o chefe da equipe especialista em explosivos explicava à Supergirl e à Alex:

— Ela está em cima de uma placa com C4 suficientes para explodir metade da cidade e o traje no qual a colocaram é feito de chumbo e coberto por uma camada de kryptonita.

— Por isso não conseguia localizá-la, ou sequer ouvi-la, também porque não consigo me aproximar.

— Pode desarmar a bomba, Carter?

— Estamos tentando diretora, mas...

— Mas não é uma opção, agente, tire-a de lá! – Supergirl gritou descontrolada.

— Calma Supergirl. J’onn ou Meg’an não podem tirá-la, Carter?

— Seria muito arriscado porque podem até salvar a senhorita Luthor, mas a bomba pode explodir e...

— Atingir todos nós e talvez os bairros vizinhos. Entendi, vá Carter, faça o melhor que puder.

Assim que ficaram sozinhas Alex tentou acalmar a irmã:

— Precisa se controlar, não pode perder a esperança, a equipe do DEO é muito competente. Confie.

— Eu sei Alex, mas é tão difícil ficar aqui sem poder fazer nada.

— Eu sei, eu sei. – E a abraçou.

O agente Carter voltou para dentro do casarão onde a agente Mayer estava retirando o capacete do traje de Lena com o máximo de cuidado possível para que pudessem ouvi-la.

— Senhorita Luthor, sou a agente Mayer, como se sente?

— Um pouco melhor agora. Quanto tempo ainda tenho?

— Nove minutos. É um circuito diferente de tudo o que já vi antes.

— Pode me mostrar agente Mayer? 

— Claro, só um minuto.

A agente projetou as imagens captadas por uma pequena câmera na parede de modo que Lena pudesse ver sem se mexer. A Luthor estreitou os olhos analisando cada parte do circuito da bomba que conseguia, enquanto os minutos passavam a agente Mayer e sua equipe começava a suar e ver a morte se aproximar.

— Senhorita Luthor? Luthor? – A agente tentou chamar sua atenção, mas foi inútil.

Um minuto depois, a raiva que viram brotar nos olhos de Lena foi tão perceptível que Mayer deu um passo para trás:

— Lu... Luthor?!

— Filho da... miserável... trapaceiro... bandido filho da... Lex quando eu puser minhas mãos em você! Vou... vou... ahhhh!!!

Ainda praguejava e amaldiçoava ao irmão quando tirou as luvas do traje e desceu da plataforma para desespero de todos os agentes que estavam na sala que gritaram e se abaixaram instintivamente para vãmente se protegerem da explosão. Mas Lena estava com tanto ódio que nem sequer se deu conta disso, apenas começou a tirar o restante do traje sob o olhar estupefato de todos.

— É falsa – disse simplesmente quando terminou de se livrar do maldito traje – foi só uma forma barata de me torturar. Ele... eu..., eu vou matá-lo!

Ao Som do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora