Capítulo 91

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Algumas horas depois, Lena abriu os olhos lentamente para encontrar Kara a admirando. Imediatamente e sem qualquer motivo racional ficou constrangida e ruborizada o que arrancou um sorriso doce da kryptoniana.

— Linda – Kara a beijou de leve nos lábios – Mas tímida? Isso é novo.

— Não sou tímida, só... ah, não sei, você aí me olhando como se eu, se eu...

— Fosse a mulher mais linda da Galáxia? A mulher que vai estar dentro do meu coração até o infinito?

— Kara, eu, eu, eu... – Lena respirou e escondeu o rosto no pescoço de sua mulher.

— Eu sei – Kara acariciou os cabelos negros dela – Eu sei.

— Mas eu gostaria de encontrar as palavras para dizer – Lena disse ainda entre os cabelos de Kara.

— Você assim toda tímida e entregue nos meus braços me deixando te amar vale por qualquer palavra que seus lábios possam dizer.

Lena voltou aos olhos de Kara e se perdeu na imensidão azul com um beijo que expressou todo o amor que sentia e ficava preso em sua garganta. Não contente com isso se virou colocando-se sobre Kara e começou a lamber lentamente o pescoço, atrás da orelha, mordendo o lóbulo, voltou ao pescoço e desceu à clavícula retornando ao pescoço e ao outro lóbulo. Kara gemeu e levou as mãos às costas de Lena, mas essa segurou seus pulsos e colocou as mãos acima dos cabelos loiros para em seguida voltar os lábios ao caminho que percorria devagar rumo aos seios.

Mas antes de chegar neles, Lena lambeu e mordiscou cada pedaço do colo, braço, costela, antebraço, vale entre seios, barriga, umbigo. Quando finalmente deixou seus lábios pousarem sobre os seios de Kara e lambeu seus bicos, todo o corpo da kryptoniana tremeu em espasmos e gritar o nome de Lena foi a reação natural quando a pele sentiu os dentes lhes mordiscando. Lena continuou sua doce tortura sobre o corpo de Kara até que sua boca chegou ao ponto mais tenso entre as pernas da Super fazendo-a explodir em um forte orgasmo.

***

Quando Alura chegou em casa já passavam das dez horas terrestres da manhã, mas o silêncio reinava entre os cômodos do lugar. Foi até a cozinha para deixar algumas coisas que trouxera do mercado principal de Argo e encontrou a janta da noite anterior intocada ainda em seus recipientes, com um pequeno sorriso começou a guardar tudo e pensar no almoço, mas precisava ter certeza de que as duas estavam em casa ou não. "Tiga", falou acionando a AI de sua casa, "Kara se encontra em casa?" "Sim" – respondeu uma voz harmônica – "E Lena?" "Lena se encontra no quarto de Kara" "Obrigada, Tiga." "Almoço para três, então." – concluiu em pensamento.

Lena abriu os olhos lentamente e sentiu o peso do corpo de Kara sobre o seu, sua loirinha estava toda esparramada sobre si, dormindo profundamente. Tentou se mexer devagar para não a acordar, mas foi inútil; não havia jeito de sair da cama sem que Kara se levantasse de cima de si.

Disse o nome da kryptoniana em breves sussurros depositando pequenos beijos em seus cabelos, mas quando ela se mexeu e Lena sentiu o sexo nu de Kara se friccionar contra sua coxa soube que fora uma péssima ideia, porém já era tarde e seu corpo respondeu prontamente. Lena segurou a respiração por alguns segundos, mas gemeu quando Kara subiu mais sobre seu corpo e beijou a curva entre o pescoço e o maxilar:

— Bom dia.

— Kara! Estava acordada?

— Sim, mas – beijava seu pescoço entre cada palavra – amo ouvir meu nome sussurrado por sua boca. É um afrodisíaco poderoso.

— Amor, espera – Lena tentava resistir às carícias – precisamos nos levantar.

— Quem disse? – Kara sentou-se sobre a cintura de Lena e se curvou até seus lábios estarem muito próximos – eu prefiro ficar aqui o dia inteiro só te amando.

Não deu tempo de Lena responder porque Kara logo invadiu sua boca com a língua. Mas quando sentiu o joelho de Kara forçar passagem entre suas pernas para abri-las, Lena com esforço sobre humano tentou parar a namorada:

— Amor, oh anjo, por favor, pare, eu, céus Kara!, por favor.

Kara desprendeu os lábios do corpo de Lena, mas continuava acariciando os seios e a barriga.

— Quer mesmo que eu pare? Tem certeza? – gemeu em seu ouvido.

— Não, ah, sim, eu, eu, eu preciso, preciso ir, céus, você é uma delícia!

— Então por que não aproveita?

— Porque preciso ir ao banheiro.

Disse já se desvencilhando de Kara de supetão e correndo da cama, a loirinha ficou vendo-a correr nua e se deliciando com a visão estonteante de sua mulher, mas não demorou muito e correu atrás dela pois precisava muito tomar um banho muito, mas muito demorado com a mulher mais linda da Galáxia que por um acaso possuía seu coração.

Ao Som do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora