Kara de fato dormiu até a noite seguinte, volta e meia Lena ou Alura iam até o quarto só para ver se estava tudo bem, mas não a acordaram. Após o dr. Tau L'al passar sobre ela o escâner médico, conclui que seus músculos estavam sob forte estresse e possivelmente quando acordasse sentiria muitas dores, sobretudo nos braços e nas costas por isso ficou acordado que assim que ela despertasse deveriam chamá-lo imediatamente.
Já passavam das nove horas da noite terrestre quando Kara despertou, abriu os olhos de vagar e de imediato não reconheceu o lugar onde estava, mas o silêncio quase total e a impossibilidade de ver as coisas no escuro que estava seu quarto a fez lembrar que estava em Argo. Tentou se levantar, mas as dores que sentiu lhe arrancaram um grito involuntário e deitou-se novamente.
— Kara! – Lena entrou no quarto seguida por Alura que acendeu a luz.
— Amor, tudo bem?
— Não, eu, ó Rao! Nunca senti tanta dor na minha vida, céus, não consigo me mexer.
— Vou chamar o dr. Tau. – Alura falou já saindo do quarto.
— Amor – Lena sentou-se na beira da cama – Calma o doutor já vem. Procure não se mexer.
— Mexer!? Eu mal consigo falar Lena, o que está havendo?
— Dor muscular.
— Eu não tenho dor muscular, Lena, isso é ridículo!
Irritada tentou se levantar de novo e mais uma vez a dor nas costas que sentiu foi mais forte e soltou outro grito de dor, só que desta vez lágrimas saíam de seus olhos para desespero de Lena.
— Por favor não se mexa, espere o médico chegar.
— E o que raios ele pode fazer, Lena, é só um médico!
— Vou desconsiderar que ouvi isso. Como se sente Kara?
— Como se a sede da Wayne Enterprises estivesse em cima do meu peito com o Coringa dançando nela.
— Entendo.
O doutor passou mais uma vez o escâner por todo o corpo dela, identificou todas as áreas que estavam mais rígidas enquanto Kara gemia de dor.
— Não pode dar nada a ela?
Lena questionou, mas foi ignorada pelo médico que continuou fazendo seu trabalho a despeito de qualquer coisa. Cinco minutos passaram-se até que ele terminou.
— Sente-se melhor, Kara? – Ele perguntou já guardando seus equipamentos.
— Um pouco, o que fez?
— Apliquei uma massagem laser curta em seus pontos mais críticos.
— Pontos críticos? – Dessa vez foi Alura que interpelou o médico.
— Sim, Kara está com vários músculos do corpo com pequenos espasmos, rigidez em outros principalmente nas costas e ombros, além de câimbras nas pernas e braços. Pelo estado de cansaço e estresse muscular que vejo, realmente parece que ela está carregando um prédio nas costas a muito tempo.
Kara tentou se sentar na cama, mas só fez uma careta de dor.
— Achei que tinha resolvido isso doutor?
— Não Kara, só aliviei sua dor. Só tem uma forma de isso ser resolvido, repouso. Amanhã vai se sentir um pouco melhor, mas precisa ficar de repouso o maior tempo possível. Alura, vou pedir para Sareen passar aqui amanhã, ela faz uma massagem maravilhosa que vai ajudar
— Obrigada Tau, nem sei como agradecer.
— Não foi nada minha amiga, só mantenha sua filha na cama por hoje e, você, Kara, nada de esforço físico pelos próximos dias.
— Não se preocupe, doutor, ela vai ficar de repouso nem que eu tenha que amarrá-la ao pé da cama – Lena respondeu pela namorada que lhe olhou feio.
Alura acompanhou o médico até a porta deixando as duas sozinhas por alguns instantes.
— Está com fome?
— Um pouco. Que horas são Lena?
— Já é de noite, você dormiu a noite e o dia todo.
— Uau! Pode me ajudar a sentar?
— Claro, amor, só um minuto.
Lena pegou o outro travesseiro que estava na cama e ajudou Kara a se apoiar e se sentar.
— Gosto quando me chama de amor. – Kara com um olhar sedutor disse enquanto Lena a ajudava.
— Não faz isso, me olhar assim. Não agora que...
Mas o resto da frase ficou no ar porque Alura entrou no quarto com uma bandeja de comida.
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Ao Som do Coração
RomanceO relacionamento de Kara e Lena está voltando aos poucos ao normal, ou ao mais perto disso depois que a Luthor processou a descoberta da identidade da Super-heroína. Mas algo novo nasce nesse processo de retomada da amizade entre as duas. Um sentime...