Capítulo 121

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O incêndio estava tão forte que Supergirl pediu ajuda do Superman para controlá-lo e extingui-lo. Os dois chegaram ao apartamento de Kara cheirando a fumaça e madeira queimada já com o dia amanhecido. Alura fez um grande café da manhã enquanto eles se limpavam e trocavam de roupa. Kara estava tentando ligar para Lena enquanto fingia que comia algo, mas essa não atendia suas ligações.

— Provavelmente ela deve estar dormindo. – comentou Lois.

— Ah?

— Lena. Não é para ela que está ligando sem parar?

— Não acho que seja possível ela estar dormindo a esta hora, o que leva ao fato de ela estar me evitando de propósito.

— Filha, não acha que precisa dar um espaço para Lena? Ela deve estar com muita coisa na cabeça nesse momento.

— Este é o perigo, mamãe, Lena, com um problema que não consegue resolver e me evitando, tenho certeza de que não está tendo boas ideias.

— Neste ponto você tem razão, Kara, ainda mais se lembrarmos que da última vez que ela se viu em uma situação semelhante ela mandou implodir um prédio.

— Como é? – Alura olhou assustada para o sobrinho.

— Clark! Não foi bem assim, mãe, realmente não foi. Foi um pouco mais complicado do que isso.

— Kara, querida, quer me explicar isso direito?

Mas antes que ela pudesse responder o som da campainha anunciando a chegada de Alex e Kelly interrompeu a conversa.

— Alex, o que faz aqui?

— Lena está aqui? Falou com você essa manhã?

— Não, chegamos a pouco da Austrália, o que houve?

— Não falou com ela hoje?

— O que está havendo, Alex? Onde Lena está?

— Eu não sei, Kara. Ela chegou lá em casa essa madrugada, com umas ideias não muito boas para tirar Lillian da situação ELYTUM.

— Eu sabia! O que ela vai fazer, Alex?

— Kara, talvez...

— Alex?!

— Tem algo a ver com Sarah Jamieson. – respondeu Kelly no lugar da namorada.

— Ah, eu vou matá-la, dessa vez vou matar aquela mulherzinha.

E antes que qualquer um pudesse reagir de qualquer maneira, Kara saiu voando apartamento afora.

— Vá atrás dela, Clark, não a deixe fazer nenhuma besteira. Vá!

Clark mal esperou Alura terminar de falar e já tinha saído.

***

— Mas Lena, querida, essa seria uma solução perfeita e deixaria sua mamãezinha soltando fogo pelas ventas, por que desistir agora?

— Sarah, vou pensar em outra coisa para afastar Lillian da minha vida, essa não vai acontecer, me desculpe por não ter te avisado antes.

— Mas eu já estava adorando a ideia de acordar nua ao seu lado, Lena, pensei até em comprar lingerie nova.

Neste momento Sarah havia se debruçado sobre a mesa e aproximado seu rosto ao de Lena. Depois de passar horas conversando com Alex e Kelly, Lena resolveu não colocar seu plano em prática, ainda temia o mal que Lillian poderia fazer na vida de Kara e dos habitantes de Argo City se sequer descobrisse que havia a possibilidade de ter direito ao conselho da cidade, mas a destruição do coração de Kara e o seu próprio, como Alex enfatizou com uma veemência desnecessária lhe dissolveram a ideia.

Só havia se esquecido que já falara com Sarah Jamieson e que havia marcado com a mesma em seu escritório essa manhã para tratar dos detalhes. Por isso, deixou a casa da cunhada antes do dia amanhecer e foi direto para a L-Corp e a primeira coisa que fizera foi ligar para Sarah tentando desmarcar o encontro das duas, mas a amiga não atendera a ligação. Sarah conhecia Lillian a um bom tempo, sabia do que ela era capaz, por isso não foi muito difícil convencê-la a montar a farsa que precisava para que Kara acreditasse e, justamente por isso, estava difícil convencer a loira que desistiu da armação.

— Se está preocupada com Kara, não deveria porque ela entendeu muito bem da última vez, não foi? Depois que passar a bronca, sua namoradinha – neste momento Lena ergueu uma das sobrancelhas – vai te perdoar como da outra vez.

— Realmente não entendo o porquê de estar insistindo tanto, Sarah, já disse que mudei de ideia. Não vejo o que você ganharia com isso.

— Sério que não vê o que vou lucrar, Lena, docinho? Deixe-me desenhar para você: Lillian Luthor furiosa e ainda de quebra movimentar a vida dos fofoqueiros de plantão ao lado de uma mulher deslumbrante? Sério?! Me diz a hora e o local, querida, e eu estarei lá.

— Sibéria, meia-noite e meia depois de passar por cima de meu cadáver e, "docinho", você vai descobrir que me matar é algo bem difícil.

— Kara!!!

Ao Som do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora