— Tem certeza de que não aconteceu nada fora do normal enquanto elas estavam aí, Alura?
— Tenho Alex. Correu tudo bem, por que está me perguntando? Você parece preocupada.
As duas estavam conversando há alguns minutos pela tela do computador que ficava em sua sala, o qual Brainy havia adaptado para fazer ligações diretas para Argo City.
— Elas estão totalmente enlouquecidas por aqui desde que voltaram há três dias. Lena está trabalhando tanto que é impossível encontrar um minuto livre em sua agenda e quando digo minuto não estou exagerando.
De repente um estrondo chega até a sala de Alex interrompendo a conversa.
— Mas o que foi isso?
— Provavelmente Kara trazendo mais um criminoso, eu te disse que elas enlouqueceram. A Kara está limpando a cidade, correndo riscos desnecessários. Ela não parou para nada, está trabalhando mais do que Lena uma vez que não dorme há três dias patrulhando a cidade a noite e mesmo quando na CatCo durante o dia encontrou espaço para voar atrás de bandidos. Não sei o que fazer. Preciso saber o que aconteceu na viagem.
— Já tentou conversar com a Kara?
— Só se eu assaltar um banco para conseguir falar com ela.
— Alex! Estou falando sério. – Retrucou Alura entre risadas.
— Eu também.
— E a Lena.
— Com ela eu precisaria assaltar um banco e explodir o laboratório particular que ela mantém no sétimo andar da L-Corp.
A gargalhada de Alura foi interrompida por sons de briga vindos do saguão do DEO. Alex precisou finalizar a ligação e rapidamente se dirigiu para a origem do som. A cena que viu a deixou possessa de raiva. Supergirl lutava contra dois kamuloques ao mesmo tempo enquanto seus agentes tentavam, em vão, ajudá-la.
Cada kamuloque possuía cinco tentáculos musculosos no lugar dos braços e duas caldas cobertas por espinhos de aço, com sua boca repleta de presas, um deles havia arrancado pedaços de alguns agentes enquanto o outro dera uma boa mordida nas costas de Supergirl. A situação estava fingindo de controle.
Sem muito tempo a perder, Alex correu até a sala de armas, pegou uma bazuca e voltou correndo para o local da briga, tentou mirar em seu alvo por uma, duas, três vezes sem sucesso já que Supergirl sempre atrapalhava sua mira. Gritou com a irmã inúmeras vezes para que desse passagem, mas nada, então, sem ter o que fazer mirou e atirou em seu alvo.
Cordas de energia cortaram o ar e imobilizaram os kamuloques resolvendo a situação.
— Alguém pode me dizer o que aconteceu aqui?
— Eles escaparam quando os colocávamos nas celas. — Foi a resposta de um dos agentes.
— Escaparam? Inacreditável! Arrumem essa bagunça. — Alex ia saindo do saguão quando foi interrompida:
— Diretora Danvers?
— O que é agora?
— A Supergirl.
— O que tem ela?
— Você a acertou, como nós vamos...?
— Eu sei. — Diante dos olhares perplexos dos agentes Alex se dirigiu a sua irmã que se contorcia no chão tentando se soltar das amarras — Sabe que isso é pior, não? Quanto mais tenta se soltar, mais aperta. Vai acabar se machucando.
— Eu vou te matar, Alex.
— Tá, tá, tá. Depois a gente vê isso. Você! — disse apontando para uma agente novata que parou de respirar — Vai achar o Brainy para que ele ajude a Supergirl a se libertar.
— Eu... não... preciso... de... ajuda!!
Reunindo toda a raiva que estava sentindo de Alex mais o estresse que estava passando nos últimos dias, Supergirl prendeu a respiração e com toda a força de seus músculos se expandido arrebentou as cordas de energia que prendiam suas mãos, braços, pernas e pés. Ela pôs se em pé e encarou a irmã:
— Um dia desses Alexandra. Um dia desses eu... eu...
— Você o quê?
— Grrrrrr!!! — Sem dizer mais nada, Supergirl saiu voando pela sacada do DEO.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ao Som do Coração
RomanceO relacionamento de Kara e Lena está voltando aos poucos ao normal, ou ao mais perto disso depois que a Luthor processou a descoberta da identidade da Super-heroína. Mas algo novo nasce nesse processo de retomada da amizade entre as duas. Um sentime...