Capítulo 29

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— Tem certeza de que não aconteceu nada fora do normal enquanto elas estavam aí, Alura?

— Tenho Alex. Correu tudo bem, por que está me perguntando? Você parece preocupada.

As duas estavam conversando há alguns minutos pela tela do computador que ficava em sua sala, o qual Brainy havia adaptado para fazer ligações diretas para Argo City.

— Elas estão totalmente enlouquecidas por aqui desde que voltaram há três dias. Lena está trabalhando tanto que é impossível encontrar um minuto livre em sua agenda e quando digo minuto não estou exagerando.

De repente um estrondo chega até a sala de Alex interrompendo a conversa.

— Mas o que foi isso?

— Provavelmente Kara trazendo mais um criminoso, eu te disse que elas enlouqueceram. A Kara está limpando a cidade, correndo riscos desnecessários. Ela não parou para nada, está trabalhando mais do que Lena uma vez que não dorme há três dias patrulhando a cidade a noite e mesmo quando na CatCo durante o dia encontrou espaço para voar atrás de bandidos. Não sei o que fazer. Preciso saber o que aconteceu na viagem.

— Já tentou conversar com a Kara?

— Só se eu assaltar um banco para conseguir falar com ela.

— Alex! Estou falando sério. – Retrucou Alura entre risadas.

— Eu também.

— E a Lena.

— Com ela eu precisaria assaltar um banco e explodir o laboratório particular que ela mantém no sétimo andar da L-Corp.

A gargalhada de Alura foi interrompida por sons de briga vindos do saguão do DEO. Alex precisou finalizar a ligação e rapidamente se dirigiu para a origem do som. A cena que viu a deixou possessa de raiva. Supergirl lutava contra dois kamuloques ao mesmo tempo enquanto seus agentes tentavam, em vão, ajudá-la.

Cada kamuloque possuía cinco tentáculos musculosos no lugar dos braços e duas caldas cobertas por espinhos de aço, com sua boca repleta de presas, um deles havia arrancado pedaços de alguns agentes enquanto o outro dera uma boa mordida nas costas de Supergirl. A situação estava fingindo de controle.

Sem muito tempo a perder, Alex correu até a sala de armas, pegou uma bazuca e voltou correndo para o local da briga, tentou mirar em seu alvo por uma, duas, três vezes sem sucesso já que Supergirl sempre atrapalhava sua mira. Gritou com a irmã inúmeras vezes para que desse passagem, mas nada, então, sem ter o que fazer mirou e atirou em seu alvo.

Cordas de energia cortaram o ar e imobilizaram os kamuloques resolvendo a situação.

— Alguém pode me dizer o que aconteceu aqui?

— Eles escaparam quando os colocávamos nas celas. — Foi a resposta de um dos agentes.

— Escaparam? Inacreditável! Arrumem essa bagunça. — Alex ia saindo do saguão quando foi interrompida:

— Diretora Danvers?

— O que é agora?

— A Supergirl.

— O que tem ela?

— Você a acertou, como nós vamos...?

— Eu sei. — Diante dos olhares perplexos dos agentes Alex se dirigiu a sua irmã que se contorcia no chão tentando se soltar das amarras — Sabe que isso é pior, não? Quanto mais tenta se soltar, mais aperta. Vai acabar se machucando.

— Eu vou te matar, Alex.

— Tá, tá, tá. Depois a gente vê isso. Você! — disse apontando para uma agente novata que parou de respirar — Vai achar o Brainy para que ele ajude a Supergirl a se libertar.

— Eu... não... preciso... de... ajuda!!

Reunindo toda a raiva que estava sentindo de Alex mais o estresse que estava passando nos últimos dias, Supergirl prendeu a respiração e com toda a força de seus músculos se expandido arrebentou as cordas de energia que prendiam suas mãos, braços, pernas e pés. Ela pôs se em pé e encarou a irmã:

— Um dia desses Alexandra. Um dia desses eu... eu...

— Você o quê?

— Grrrrrr!!! — Sem dizer mais nada, Supergirl saiu voando pela sacada do DEO.

Ao Som do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora