Capítulo 135

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Depois de almoçar com Alex, Lena voltou para a L-Corp porque teria uma reunião importante na parte da tarde que não poderia deixar aos cuidados de seus assessores. Foram quase duas horas de discussões e revisões de dados e planilhas, estava exausta e tudo o que queria era encerrar o expediente e ir para casa, ou nem tanto porque logo se lembrou que estava hospedando Mon-El, mesmo assim sua casa parecia mais convidativa do que seu escritório no momento; estava com a mão no telefone para informar a Clarice que cancelasse sua agenda para o resto do dia quando sua porta se abriu inesperadamente e Mon-El entrou.

— Como se meu dia já não estivesse fácil o bastante. Como passou por Clarice?

— Ah, acho que a assustei um pouco.

— O que você fez?

— Nada, é um bonito escritório esse seu, senhorita Luthor.

— O que você quer, Mon-El?

— Ora Luthor, eu já lhe disse. Não me agrada em nada o nome Luthor ligado ao nome El como se fosse a coisa mais natural do mundo.

— Bom, isso é um problema seu. Vá embora antes que eu chame a segurança.

— E acha mesmo que isso seria prudente? – Ele disse e se aproximou de Lena em super velocidade. – Não está se esquecendo de um pequeno detalhe, Luthor?

Lena engoliu em seco, tremeu por dentro sem, no entanto, deixar transparecer um milímetro em sua face ou olhar.

— O que faz você pensar que eu tenho medo de você, daxamita? Hum?

— Ah, Lena, Lena, Lena, você pode até enganar Kara com esse seu rostinho doce, mas eu vim de muito longe, e não vou permitir que faça o que vai fazer, nem que eu tenha que te arrancar da vida dela a força.

— Só tem um problema com essa sua intenção, Mon-El?

— E qual seria?

— Acho que ela está se referindo a mim, o que pensa que está fazendo Mon-El?

— Brainiac?

— Se afaste dela, Mon-El. Vamos conversar em outro lugar.

Ele se virou e encarou o antigo amigo com um olhar furioso.

— Não precisa fazer uma bobagem. Pessoas se machucariam.

— Eu só preciso machucar uma, Brainy.

— O que aconteceu com você? Por que está fazendo isso?

— Você não entende, meu velho amigo, desde que você deixou o futuro as coisas mudaram, ela mudou a história! – disse com raiva apontando para Lena que estava imóvel.

— Sim, eu sei. Imra entrou em contato comigo essa manhã, sei o motivo de estar aqui. Não me obrigue a detê-lo, meu amigo. Ninguém precisa se machucar.

— Se sabe por que estou aqui, sabe que é o certo.

— Não, não é. Isso é uma conjectura sua, construída por uma percepção errônea sobre o relacionamento das duas. Apenas saia, Mon-El, por favor, porque não vou deixar você machucá-la.

— Você não é forte o bastante para me deter.

— Não, não sou, mas sou forte o bastante para segurá-lo enquanto Kara chega, e nem você pode com nós dois.

Mon-El ponderou por breves segundos as palavras de Brainy e olhando para Lena uma última vez saiu estilhaçando a janela e se perdeu no céu cinzento de inverno. Ela finalmente soltou o ar que não tinha percebido que estava segurando e relaxou na cadeira da presidência de L-Corp.

— Lena, você está bem?

— Sim, estou. O que raios está havendo, Brainy?

— Aqui não, preciso levá-la para um lugar seguro. Creio que o DEO seja a melhor escolha.

— Está me assustando, Brainy.

— Eu sei. Mas não há como não o fazê-lo. Vamos, por favor?

— Tudo bem.

Lena pegou sua bolsa, demorou alguns minutos conversando com Clarice tentando lhe explicar o que tinha acontecido sem levantar muitas suspeitas na secretária, o que a Luthor percebeu ser impossível a este momento. Uma hora ou outra teria que ter uma conversa mais clara com sua leal assistente sem colocar Kara em risco. Brainy achou melhor que fosse no carro de Lena acompanhados por sua equipe de segurança porque pensou que Mon-El não arriscaria uma investida pública, por isso cerca de uma hora depois entravam no DEO e pediu para que avisassem a diretora Danvers que havia colocado Lena Luthor sob custódia protetora ETA.

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