Ao Som do Coração

Capítulo 96

Kara ficou em silêncio considerando cada palavra de Lena que lhe sustentava o olhar e estava tão próxima que podia sentir sua respiração irregular no rosto. Cada palavra que ouviu fazia sentido e a foto realmente estava em um ângulo estranho e a um olhar muito, muito atento levantava dúvidas se realmente houvera o tal beijo. Lena estava ali, a sua frente, parada, implorando silenciosamente que acreditasse em sua história. Kara fechou os olhos e velozmente todas as atitudes, boas e ruins, de Lena desde que se conheceram passaram por seus neurônios.

— Eu... eu... eu te amo.

Ouviu Lena sussurrar entre uma respiração intercortada e outra. O som do coração da Luthor estava forte, Kara espalmou a mão sobre o peito de Lena, sentiu o pulsar e seu corpo tremer sob seus dedos; abriu os olhos, lentamente, para encontrar os verdes de Lena firmes, sustentando cada palavra dita. Era verdade. Lena não a traíra.

— Mas, por Rao e todos os demônios de Krypton, se ela tocar você de novo, Lena Luthessa Kieran Luthor, vou mandar aquela uma para o hospital e sumir de sua vida para sempre.

— Anotado. – Lena enfim respirou.

Kara elevou a mão até o pescoço de Lena e com fúria tomou os lábios da Luthor com uma urgência e uma paixão que beiravam a raiva. Invadiu a boca da namorada sem pedir permissão e chupou sua língua, a Lena coube apenas se render. Sem parar o beijo, as mãos de Kara rasgaram a camisa de seda em pedaços para em seguida apertarem e arranharem a pele branca de Lena deixando pequenos riscos vermelhos pelo caminho até chegar à cintura e a suspender.

Lena agarrou-se no pescoço de Kara quando sentiu que esta flutuava com elas e voava em direção ao quarto ao mesmo tempo que um gemido ficou preso na garganta refém do beijo molhado quando uma das mãos da Super apertou um de seus seios. A Luthor sentiu o colchão bater em suas costas quando Kara a jogou sobre a cama e sem tempo para qualquer reação viu sua calça de linho ser rasgada ferozmente.

Com Lena quase nua sobre a cama, Kara parou um instante para observá-la. Começou a tirar a própria roupa, para desespero da namorada, lentamente; já nua deixou-se flutuar acima de Lena sem que seus corpos se tocassem, apenas seus cabelos loiros encostavam o rosto da Luthor como uma cascata. Kara disparou micro raios de calor com os olhos em pontos específicos do sutiã e calcinha de Lena e a livrou dessas peças.

Lena ardia de expectativa e desejo, ameaçou levar as mãos até o corpo de Kara para a tocar, mas esta balançou a cabeça em negativa. Ardendo, suspirou, esperou; esperou Kara pousar o corpo sobre o seu deliciosamente de vagar, esperou as mãos de sua amada percorrer seu corpo a torturando de prazer, esperou e gemeu sob a boca que explorava cada centímetro de seus seios. Seu corpo tremia e estava a beira de uma explosão quando sentiu Kara explorar entre suas pernas.

Aumentando a velocidade de seus dedos a de um vibrador, Kara enlouquecia Lena torturando seus lábios vaginais e clitóris, a fazendo gritar seu nome e agarrar os lençóis da cama insanamente para não tocar o corpo kryptoniano. Mas quando estava a milímetros do orgasmo, Kara simplesmente abandonou o seio que enchia sua boca, diminui drasticamente o ritmo dos dedos na vagina de Lena e esperou que ela encontrasse seus olhos:

— Minha e de mais ninguém!

Lena não teve tempo de pronunciar uma sílaba sequer porque Kara a beijou no mesmo instante que lhe penetrava com três dedos a fazendo explodir em um orgasmo que a arrancou do corpo gritando o nome da amada dentro da garganta de Kara.

***

A Luthor não sabia dizer quanto tempo levou para que seu corpo parasse de tremer ou para que seu coração se acalmasse, sabia apenas que Kara a envolveu em seus braços e que ficou ali no melhor lugar da Terra, para se estar após uma onda de prazer que sacudia cada célula, que era o calor do corpo da mulher amada.