Os Domínios do Deserto

Capítulo 69: Você me deve um acordo.

Acenei para Jacks o mais leve possível, antes de todos começarem a atirar e correr. O poder do Sol explodiu de Jacks quando ele inundou o salão com aquela magia dourada, que cintilava entre o laranja e amarelo, se chocando contra as criaturas. Elas grunhiram quando auela magia pareceu queimar seu corpo ossudo, disparando em busca de todos que corriam pela sala e que tentavam se esconder atrás de pilastras para atirar.

Corri em direção aos deuses, vendo-os criarem uma barreira com o poder da Lua e do Sol para se protegerem, enquanto pareciam surpresos por Jacks estar manipular a magia bem ali, na frente de ambos, para usar contra aquelas criaturas.

Tallys e Cal disparam pela sala, virando apenas um borrão enquanto tentavam chamar a atenção das criaturas junto com os outros vampiros que estavam ali. As criaturas dispararam atrás deles, tentando desviar dos tiros e da magia do sol que Jacks lançava.

Escorreguei para trás de uma pilastra na lateral do salão, me virando bem a tempo de ver uma das criaturas saltando na minha direção. Ergui as duas pistolas e atirei sem parar contra a cabeça asquerosa que se aproximava, cheia de destes expostos sujos de sangue. A criatura pulou para cima de mim, me fazendo arregalar os olhos e tombar para o lado.

Ela desabou a centímetros de mim e antes que tivesse a chance de me atacar, atirei na parte mais alta da sua cabeça, fazendo ela estourar e respingar em mim. Meu estomago se revirou com a visão e eu fiquei de pé em um salto, me escorando na pilastra para carregar as armas.

Me encolhi quando uma bala atingiu a pilastra do meu lado, fazendo uma careta para Stella quando ela arregalou os olhos e murmurou um sinto muito antes de voltar a correr quando uma criatura disparou na sua direção. Olhei para cima, vendo Jacks com as asas aberta no topo do salão, envolvido pela magia do sol como se fosse um deus.

—ALITA! —Tallys gritou, surgindo ao meu lado para mostrar os deuses que estavam saindo da sala, levando alguns monstros com eles. —Estão fugindo?

—Não, estão indo fazer o que queriam ter feito desde o início. —Afirmei, me virando para Tallys. —Preciso que vá até a sala dos espelhos e os destrua, Tallys. Todos eles. Não deixe um único espelho de pé.

Ele assentiu e desapareceu em um piscar de olhos. Voltei a atirar, desviando dos corpos de criaturas e seres que caiam pelo chão do salão, manchando tudo com puro sangue, que impregnava o ar junto com o cheiro de magia.

—Cal, preciso de você! —Exclamei, correndo quando uma criatura se chocou contra a parede perto de mim, voltando sua atenção para os meus movimentos. Cal surgiu e me agarrou, disparando comigo nos braços. —Vamos atrás dos deuses!

Cal correu para fora do salão, transformando tudo em um borrão. Atrás de nós os gritos, tiros e grunhidos ecoavam pelas paredes do castelo, deixando claro o caos que estava acontecendo naquele salão. Ele me colocou no chão quando já estávamos longe o suficiente, em um corredor vazio. A tensão estava esmagando meus ossos e eu sentia meus dedos rígidos ao redor das duas pistolas.

—Pra onde acha que eles foram? —Cal indagou, umedecendo os lábios com a língua. Percebi que ele tinha um corte no braço que estava se curando lentamente. —Eu estou bem, não se preocupe. Se não virei monstro aquele dia, não é hoje que vou virar.

—Bem, eu não sei. —Olhei para os corredores que se abriam a nossa frente, indo para três direções diferentes. —Podem ter ido pra qualquer lugar. Pedi para Tallys destruir os espelho. Podemos averiguar se não existe mais deles por aqui.

—Tudo bem. —Cal concordou e nós escolhemos um dos corredores para seguir.

Fomos em silêncio, averiguado as salas pelo caminho. Cal estava indo a alguns metros à frente de mim, observando os corredores que se abriam. Tudo estava vazio e desconfortavelmente silencioso. Os deuses haviam se preparado para aquilo, não tinha dúvidas. Mas eu gostaria de saber se eles também haviam esvaziado a cidade, assim como o palácio.