A história que será contada aqui, relata um caso de sumiço de lindas raparigas no interior do Estado do Pará, nos meados do século XIX. O alvo principal do sequestrador, que se aproveitava da singela inocência das garotas, que sempre se engraçavam por rapazes vindos da capital do estado e sonhava em se casar, eram meninas entre dezesseis e dezoito. Este homem, decerto galanteador, sempre andava com camisa, calça e chapéu cor-de-rosa e possuía uma admirável charme devido sua boa estatura e olhos verdes como os Igarapés. Sua chegada à cidade foi um grande alvoroço e tomou conta da cidade do norte no Pará, todos queriam saber quem era aquele simpático Cavalheiro galopando um lindo corcel branco e que havia alugado uma soberba casa no centro da cidade. As pessoas que ouviram, disseram às outras que se tratava de um elegante homem de estatura bastante elevada e de nariz empinado e veste de um típico Cavalheiro. Seus cabelos loiros eram bem cuidados e bastante charmoso, às moças se agitaram bastante na cidade.Na casa da madama Lucineia, que tinha nada mais nada menos que sete filhas, sendo duas casadas, só se falava no digníssimo homem de vestes Cor de Rosa.
- Ah, que Nobre Cavalheiro. - disse disse uma delas
Maria Jandira, vendo enxerimento de suas irmãs mais novas, disse;
- Bom, bem sabes, honrada mãe, que como eu, sendo a mais velha das daqui presentes, visto que as outras mal saíram das fraldas, é a mim quem deve indicar o Nobre Cavaleiro, seria muito injustiça se tu desses o aval para estas crianças que ainda nem lavam suas vestes íntimas. - disse Maria Jandira, a filha mais velha de Dona Lucineia.
Injuriadas, uma das meninas replicou:
- Você é muito oferecida, Maria Jandira. - disse no atribulado momento de atercação no apagar das luzes, após o sino da meia-noite ter tocado.
- Maria Jandira, para com isso; eu o vi primeiro, então fique longe dele. Larga de querer furar o meu olho.
- Você, apesar de ser a mais velha das daqui presente, se comporta como uma criança, Maria. - disse a mais nova.
- Égua, não me aporriem com isso! - berrou Maria Jandira, em um pocesso de fúria.
- Deveríamos esperar ele escolher quem ele quer dançar e galantear, e não se jogar assim em cima como uma mundana.
- Isso é verdade. - disse outra entrando na discussão.
"É isso mesmo disseram as outras", já agravando ainda mais a confusão.
- Pois eu tenho certeza absoluta de que ele não é nenhum Papa anjo, que o que ele procura mesmo é uma mulher de verdade como eu. - disse Maria altivamente sacudindo os logos cabelos sedosos.
- Égua, Maria, tu te acha uma mulher feita já, né, só porque tem dezesseis anos sendo um ano mais velho que eu. Mas você não é melhor que ninguém aqui só porque é mais velha. E tem mais, fique sabendo que esses homens da cidade gostam de raparigas mais novas, então vai tirando o cavalinho da chuva se você pensa que é a última Cocada do deserto e que é melhor do que a gente.
Maria Jandira bocejou dando a entender nitidamente que já estava fatigada daquela discussão e disse "tudo bem! Tudo bem, então vamos esperar ele decidir quem ele realmente quer, que vença a melhor.
A conversa agora estava por encerrada, mas Maria visitou a mãe se dirigirindo até o talher onde esta costurava até tarde da noite; sua mãe tirou os óculos da têmpora, pôs em cima de uma escrivaninha e disse:
- Ora, filha não me é de convir isto, sabes muito bem que não temos homem na família não posso ir até à casa de um senhor ao qual nem conheço e pedir a permissão para ele saudar, isso soa imoral.
- Mas somos da família Carmo mamãe e esse sobrenome é bastante relevante.
-Sim, Maria Jandira, pode ter certeza disso, mas você está ciente de que a nossa riqueza está entrando em escassez e que não pertencemos mais à alta sociedade. Frequentamos bailes por condescendência de antigos amigos do seu pai. Se não fosse por eles, eu nem sei. Seu pai Alberto só nos deixou dívidas e mais dívidas.
- Evite-me lembrar disso, mamãe, por favor. - disse Maria Jandira com repulsa.
- Mas não se Reprima, Maria Jandira, haverá outro meio de você se apresentar a este homem.
Maria Jandira já ia subindo as escadas bastante cabisbaixa quando a mãe falou:
- Ah, a festa junina da nossa cidade não é neste final de semana? Que tal, de repente, você pode conhecê-lo, Jandira.
- Sim, será agora no dia vinte e três. - respondeu Jandira excitada. - subitamente lhe subiu um frenético erecimento de pelos que advinha dos pelos pubianos até o pescoço. Aquela brilhante ideia amenizou os anseios da moça que subiu as escadas e voltou para o seu quarto cantarolando uma canção quase inaudível e sem nenhuma vontade de dormir.
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ESPECTROFOBIA (Contos de Terror)
HorrorSe você gosta de explorar o desconhecido; fantasmas, demônios, lendas urbanas, vampiros, aqui é o lugar certo. Seja bem vindo às mais assustadoras histórias de horror. Atenção! Plágio é crime. Todos os contos estão autenticados.