O celular de Maria tocou justamente no momento em que um espectro caminhava em direção de seu banheiro, naquela madrugada. O celular insistia em tocar, e a garota, sonolenta, atendeu. "Alô". Do outro lado da linha, uma voz distante, mas ao mesmo tempo próxima, disse:
"Estamos aqui".
Do banheiro, vieram ruídos e o som da descarga. Correu então para a sala e avistou um rosto deformado fitando-a da janela. Naquele instante, todos os aparelhos domésticos foram ligados simultaneamente. Da televisão, se propagava a imagem de homens encapuzados dentro de sua casa, e seu rosto também estava ali, como se a casa tivesse câmeras. Em seu desespero, tentou em vão desligar a TV, porém não conseguia, e o chiado e as vozes continuavam a lhe atormentar.
As vozes logo ocuparam todo compartimento da casa.
"Estamos aqui. Estamos aqui. Estamos aqui". Como um eco.
Maria enlouqueceu. Foi encontrada no dia seguinte esquartejada. Na casa, por curioso, não foi encontrado vestígios nenhum de arrombamentos.
FIM
Autoria: Jim Patrik
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ESPECTROFOBIA (Contos de Terror)
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