Todo dia, após largar o meu serviço, eu ia para um bar, encontrava-me com os meus amigos e bebia até o diabo dizer chega.
Sentado em uma mesa, enxerguei uma jovenzinha linda que bebia sozinha no balcão do bar. Senão falha-me a memória, eu ja a tinha visto por ali, senpre com o mesmo semblante na face. Achei prazerosa demais, porém não tive coragem de ir até lá e arriscar uma paquera.
Naquela noite, porém, tomei coragem, assim como várias doses de conhaque, e fui até à jovem.
— Boa noite, moça. Permita-me sentar ao seu lado? - disse educadamente.
— Fique à vontade. - respondeu ela.
— Sempre lhe vejo por aqui. Moras aqui perto?
— Sim. Bem aqui próximo. Sou novata, na verdade. Faz poucos dias que cheguei.
— Muito prazer, então.
— Prazer.
— Como você se chama?
— Isso importa! - disse ela
— Realmente não. Você não quer ir para outro lugar? - Perguntei com o coração palpitando por um belo coito.
— Sim. - respondeu.
"Como foi fácil", eu pensei.
Segurando a sua mão, fomos embora pra um motel mais próximo.
A moça estava gelada. De fato que fazia um frio intenso, mas a sua temperatura era bastante fora do normal. Mas eu não dei a mínima para isso, pois julgava que a moça estava apenas nervosa.
Chegando próximo a um cemitério, a moça me fez uma proposta inesperada. Disse-me que tinha uma fantasia sexual: transar dentro de um cemitério. Não gostei da proposta, sempre tive receio de cemitérios, mas quando vi que ela fazia menção de desistir de tudo, eu aceitei.
A moça deitou-se em um túmulo e começou a se despir. Ela era mesmo muito volumosa. Lentamente também fui me despindo. A moça já me chamava freneticamente em cima do túmulo.
Nunca na minha vida de solteiro eu poderia imaginar que aquela mulher era tão louca daquele jeito. Gritava chamando-me para que eu a comesse logo. Então deitamos no jazigo e fizemos sexo.
O clima estava bom, até que a mulher me pediu algo que eu jamais imaginei que pedisse. Era algo doentio. Nojento.
A mulher pediu para que eu destampasse o túmulo com no qual estavamos deitados, e de lá tirasse o cadáver para fazermos amor com ele.
— Você está louca? - eu disse .
— O defunto é fresco. - disse ela.
A eloquência da moça, bem como a sua beleza cativante, me convenceu e eu fiz tudo aquilo o que ela pedira.
De fato, o corpo ainda estava em bom estado. Parecia ter sido enterrado há poucos dias. Era de uma mulher.
Nunca imaginaria me vendo a cometer tal ato. A necrofilia era algo que eu próprio repudiava.
Então, fiz sexo com o defunto.
De repente uma luz foi posta em minha direção. Olhei para aquele clarão e vi a mulher desaparecer. A luz era da lanterna do coveiro que viera ver o que estava acontecendo no jazigo.
A presença de alguém no cemitério não deixou o coveiro tão admirado. O que mais lhe deixou pasmo foi me ver com a boca na genitália do cadáver.
— O que você está fazendo aí, amigo? - perguntou o coveiro.
— Na..nada. Apenas sexo. - disse sem jeito.
— Mas com um cadáver? - continuou o coveiro.
— Foi a moça que me instigou. - desculpei-me sorrindo nervosamente.
— Que moça, cara? Só vejo um defunto aí.
Olhei para um lado, olhei para o outro e, meio atordoado sem saber onde estava, vi a foto da mulher no jazigo em que eu estava deitado, e disse:
— É essa mulher aí da foto.
— Mas essa mulher já morreu, meu amigo - disse o coveiro.
— Impossível! Transamos agora há pouco. Ela quem me trouxe até aqui.
— Não invente, seu doente. Você transou com o seu defunto.
— Ai que merda! - disse tremendo de medo.
Fim
Autoria: Jim Patrik
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ESPECTROFOBIA (Contos de Terror)
TerrorSe você gosta de explorar o desconhecido; fantasmas, demônios, lendas urbanas, vampiros, aqui é o lugar certo. Seja bem vindo às mais assustadoras histórias de horror. Atenção! Plágio é crime. Todos os contos estão autenticados.