Ainda estou com a respiração ofegante escrevendo isto. Nem sei ao certo se estou lúcido de tudo que me acometeu. Estou deitado na cama com o coração trepidando em meu peito. O bafo do vento entra pela fresta inferior da porta e causa um maldito som funesto.
Eu estava fuçando o Facebook nesta quarentena, entediado por não poder usufruir o tempo que fazia lá fora, e encontrei um antigo perfil meu do Facebook que tinha feito há uns anos atrás. Tinha apenas uma foto, a do perfil, e sem amigos, pois mal tinha usado.
Aconteceu que eu tive a tosca ideia, talvez fruto da quarentena, de fazer uma chamada de vídeo com aquele antigo perfil só para ver no que iria dar. Então, louco como sou, fiz a tal chamada.
A chamada tocou por umas cinco vezes e, quando percebi que aquilo de fato era uma loucura minha, alguém atendeu, para o meu desespero.
E o que vi foi algo que não tem explicação. A pessoa do outro lado da linha era a minha própria, porém carcomida, podre, como se eu fosse um pobre de um defunto, morto há dias, rodopiando como um tornado atormentador.
Rapidamente desliguei a chamada, ou ao menos tentei. A coisa inumana continuava viva na tela do meu celular pra depois sumir, evaporar.
FIM
Autoria: Jim Patrik
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ESPECTROFOBIA (Contos de Terror)
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