A viagem de volta a casa foi tranquila e Rodolffo colocou todos os seus pertences em uma carruagem que o deixaria em casa. Tornado viria com um criado.
- o senhor não ir de cavalo é um acontecimento. - disse o criado que guiava a carruagem.
- não me sinto tão bem hoje. Acho melhor não arriscar.
- hoje parece que será mais uma noite de chuvas fortes senhor.
- realmente... O clima está favorável. Quando estiver perto do rio quero fazer uma parada.
- pois sim, senhor.
Rodolffo sentia a cabeça doer forte naquela tarde, por isso preferiu se poupar da viagem em cima de Tornado. Na carruagem era mais seguro e mais confortável.
Ao chegar próximo de casa, ele deu uma parada após a passagem no rio. Rodolffo colheu um bonito ramalhete de flores para sua esposa. Ele sabia que ela amava aquelas rosas em especial e resolveu lhe dá mais esse singelo agrado, era simples, mas era de todo o coração.
...
Ele chegou em casa quase ao entardecer e encontrou a casa muito silenciosa. Ruth veio recepcioná-lo.
- ainda bem que chegou em paz senhor.
- cadê minha esposa?
- está bordando lá no quarto.
- me ajude a subir com essas coisas, por favor Ruth.
A criada pegou todos os objetos que ele lhe pediu e subiram juntos. O ramalhete de flores, ele escondeu atrás das costas.
Ruth bateu na porta do quarto e entrou junto com Rodolffo. Depositando as caixas por sobre a cama de sua senhora e saindo em seguida.
- que bom que chegou bem. - ela disse já de pé. - o quê são todas essas coisas?
- fiz boa viagem Juliette. Abra. São todos presentes para você.
Juliette abriu um por um dos presentes e seu semblante não demonstrava muita empolgação.
- por Deus Rodolffo... Quanto custou isso? - ela fez uma cara de susto ao ver o colar de diamantes.
- não importa o valor... O quê importa é se gostou da jóia. Gostou?
- nunca tive jóias Rodolffo. A primeira que tive foi nossa aliança e nesses poucos meses de casados já tenho praticamente um tesouro que seria cobiçado por qualquer assaltante. Para que tudo isso? Não saio quase nunca de casa e nem quero sair. Prefiro estar aqui junto do mato que é meu lugar.
- seu pai nunca lhe deu jóias por que nunca cuidou de ti. Toda dama nobre precisa ter peças valiosas em seu poder. É uma garantia de vida.
- mas eu não quero tantas garantias. Não tem necessidade disso. - ela disse um pouco contrariada.
- não gosta que eu te dê jóias?
- de verdade, não gosto. Parece que está me adulando e tentando se reconciliar comigo usando esses artifícios.
- essa não é minha intenção Juliette. Não é por isso que te comprei esse colar.
- então, não compre mais jóias para mim.
Rodolffo ficou triste e mais uma vez seu plano de uma reconciliação foi minado. Ele por fim lembrou-se que ainda tinha o ramalhete em mãos, mas optou por não entregá-lo. Ele fez um gesto de saída e Juliette o interceptou.
- por que está andando para trás? O quê esconde aí? - ela disse vendo que ele escondia algo.
- quando vinha para casa colhi esse ramalhete para ti. - e entregou a ela as flores.
- tu mesmo colheu?
- eu mesmo. Eu sei que ama essas rosas.
Juliette lhe abriu um sorriso, coisa que os presentes caros não conseguiram.
- são muito lindas. Obrigada. - ela disse cheirando uma flor amarela.
- que bom que gostou. Fico feliz. Agora vou te deixar só. Preciso tomar um banho e descansar. Estou muito cansado.
- vá. Bom descanso. E obrigada de verdade pelas flores, são muito lindas e cheirosas.
Ele saiu e fechou a porta e Juliette ficou a contemplar o melhor presente de todos, flores colhidas no campo por seu marido.
...
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Fica comigo
ФанфикUma união arranjada. Um homem poderoso e uma jovem sem escolhas, pressionada pela família. Será possível que o amor vença em meio as adversidades?