Dias depois...
George já tinha dois meses de vida e numa manhã de domingo, Juliette, Rodolffo e o filho estavam as margens do rio, tomando um breve banho de sol.
- George já está sonolento. - Rodolffo disse vendo que o bebê se aninhava nos braços da mãe.
- acho que temos que voltar agora.
- se ele dormir, eu levo ele. Encosta aqui. - Juliette recostou a cabeça no peito do marido. - É tão bom ter vocês assim tão pertinho de mim. - ele deu um beijo no pescoço de Juliette. - esse seu cheiro de flor do campo é tão delicioso.
Juliette sentiu todo o corpo arrepiar com aquele toque e aquelas palavras.
- acho que devemos ir... Está ficando quente.
- princesa... George já tem dois meses e...
- e? - ela falou se desgrudando do corpo do marido.
- não tem saudades de mim? De nós? Dos nossos momentos?
- Rodolffo, George está aqui. Falamos disso depois. Me ajude com ele.
- tá bem. Me dê ele aqui.
Com George no colo do pai, eles seguiram para casa e estando por fim no quarto, Rodolffo retomou a conversa.
- eu não quero te pressionar. Nunca faria isso, espero que não tenha ficado magoada comigo.
- não quero falar disso na frente do George. Vamos para o outro quarto. - ela disse assim que colocou o filho adormecido em seu lugar habitual.
...
Quando estavam a sós no quarto ao lado, Juliette retomou o assunto.
- Também tenho saudades de nós dois. Tenho muita. - ela disse a certa distância do marido.
- mas o quê te impede de corresponder as minhas carícias? Eu não vou te forçar a nada que não queira... Nunca fiz isso ou fiz? - ele disse confuso.
- nunca fez e sei que não fará.
- e o quê é?
- não consigo explicar tudo que sinto... mas creio que eu tenho vergonha de mim atualmente.
- vergonha? Mas não tem motivo para isso.
- não sou mais a mesma Rodolffo...
- para mim é sim...
- ainda me deseja como antes?
- até mais. - ele disse se aproximando dela. - eu te desejo e te quero muito.
- mas eu mudei... Viu um bebê sair de mim e se sentir nojo de estar comigo?
- nunca vou sentir nojo de você. Que conversa é essa?
- e se sentir?
- não tenho nojo nenhum e para ser sincero, estou morto de saudade de sentir o seu gosto em minha boca. Me faz falta te ouvir gemer pra mim e se desmanchar num gozo puro e quente, que só você tem. Anseio para estar unido a ti daquele jeito que te faz pedir por mais e para não parar.
- Rodolffo... - ela disse com a voz trêmula de desejo.
- ah Juliette... É a mulher que mais desejei possuir na vida. Sou louco por ti e eu sei que é consciente disso.
- Não estou em dias férteis. - ela disse mordendo o lábio inferior.
- certeza?
- sim... - o desejo brilhava em seus olhos e Rodolffo a tomou num beijo apaixonado.
Sem pressa, os beijos seguiram um atrás do outro.
- é início da manhã... Podem procurar por nós. - ela disse com a pouca racionalidade que lhe restava.
- a noite será nossa, mas agora podemos matar um pouquinho da saudade, nosso dorminhoco está na primeira soneca.
- temos que ser breve.
- e não fazer barulho. - ele disse a olhando com luxúria.
- me possua logo. - ela disse no ouvido dele.
- calma. Ainda temos um pouco de tempo.
Rodolffo dava beijos quentes em Juliette enquanto a depositou na cama. Ela por sua vez desabotoava a camisa que ele usava e passou a mão pelo membro rígido de seu marido, ainda sobre o tecido.
- tu é um pecado. O meu maior pecado.
- Juliette... Eu quero tentar ir pouco devagar, mas você não ajuda.
Ele estava na tentativa de se livrar do vestido que Juliette usava quando bateram na porta com força.
O casal se entre olhou e Rodolffo respondeu:
- o quê é?
- senhor ... Vossa irmã sente as dores do parto e quer que Juliette esteja com ela nesse momento. - disse Ruth.
- meu Deus a Bella. - ela disse tampando a boca. - Ruth, já vamos, tá bem?
- sim. Vou dizer que estão vindo. O senhor Alfonso espera por vocês.
Rodolffo olhou para Juliette com certa tristeza.
- não posso faltar a Bella. Além de minha cunhada, ela é minha amiga.
- eu sei. Teremos que ir. Não queria levar George adormecido, mas ele não fica sem você.
- vou embrulhá-lo e estando junto a mim, ele fica tranquilo. Quanto a nós, depois continuaremos de onde paramos.
- eu não vejo a hora. - ele disse lhe dando um beijo rápido nos lábios.
...
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Fica comigo
Hayran KurguUma união arranjada. Um homem poderoso e uma jovem sem escolhas, pressionada pela família. Será possível que o amor vença em meio as adversidades?