Capítulo 93: Mudanças internas e externas

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Dias depois...

George já tinha dois meses de vida e numa manhã de domingo, Juliette, Rodolffo e o filho estavam as margens do rio, tomando um breve banho de sol.

- George já está sonolento. - Rodolffo disse vendo que o bebê se aninhava nos braços da mãe.

- acho que temos que voltar agora.

- se ele dormir, eu levo ele. Encosta aqui. - Juliette recostou a cabeça no peito do marido. - É tão bom ter vocês assim tão pertinho de mim. - ele deu um beijo no pescoço de Juliette. - esse seu cheiro de flor do campo é tão delicioso.

Juliette sentiu todo o corpo arrepiar com aquele toque e aquelas palavras.

- acho que devemos ir... Está ficando quente.

- princesa... George já tem dois meses e...

- e? - ela falou se desgrudando do corpo do marido.

- não tem saudades de mim? De nós? Dos nossos momentos?

- Rodolffo, George está aqui. Falamos disso depois. Me ajude com ele.

- tá bem. Me dê ele aqui.

Com George no colo do pai, eles seguiram para casa e estando por fim no quarto, Rodolffo retomou a conversa.

- eu não quero te pressionar. Nunca faria isso, espero que não tenha ficado magoada comigo.

- não quero falar disso na frente do George. Vamos para o outro quarto. - ela disse assim que colocou o filho adormecido em seu lugar habitual.

...

Quando estavam a sós no quarto ao lado, Juliette retomou o assunto.

- Também tenho saudades de nós dois. Tenho muita. - ela disse a certa distância do marido.

- mas o quê te impede de corresponder as minhas carícias? Eu não vou te forçar a nada que não queira... Nunca fiz isso ou fiz? - ele disse confuso.

- nunca fez e sei que não fará.

- e o quê é?

- não consigo explicar tudo que sinto... mas creio que eu tenho vergonha de mim atualmente.

- vergonha? Mas não tem motivo para isso.

- não sou mais a mesma Rodolffo...

- para mim é sim...

- ainda me deseja como antes?

- até mais. - ele disse se aproximando dela. - eu te desejo e te quero muito.

- mas eu mudei... Viu um bebê sair de mim e se sentir nojo de estar comigo?

- nunca vou sentir nojo de você. Que conversa é essa?

- e se sentir?

- não tenho nojo nenhum e para ser sincero, estou morto de saudade de sentir o seu gosto em minha boca. Me faz falta te ouvir gemer pra mim e se desmanchar num gozo puro e quente, que só você tem. Anseio para estar unido a ti daquele jeito que te faz pedir por mais e para não parar.

- Rodolffo... - ela disse com a voz trêmula de desejo.

- ah Juliette... É a mulher que mais desejei possuir na vida. Sou louco por ti e eu sei que é consciente disso.

- Não estou em dias férteis. - ela disse mordendo o lábio inferior.

- certeza?

- sim... - o desejo brilhava em seus olhos e Rodolffo a tomou num beijo apaixonado.

Sem pressa, os beijos seguiram um atrás do outro.

- é início da manhã... Podem procurar por nós. - ela disse com a pouca racionalidade que lhe restava.

- a noite será nossa, mas agora podemos matar um pouquinho da saudade, nosso dorminhoco está na primeira soneca.

- temos que ser breve.

- e não fazer barulho. - ele disse a olhando com luxúria.

- me possua logo. - ela disse no ouvido dele.

- calma. Ainda temos um pouco de tempo.

Rodolffo dava beijos quentes em Juliette enquanto a depositou na cama. Ela por sua vez desabotoava a camisa que ele usava e passou a mão pelo membro rígido de seu marido, ainda sobre o tecido.

- tu é um pecado. O meu maior pecado.

- Juliette... Eu quero tentar ir pouco devagar, mas você não ajuda.

Ele estava na tentativa de se livrar do vestido que Juliette usava quando bateram na porta com força.

O casal se entre olhou e Rodolffo respondeu:

- o quê é?

- senhor ... Vossa irmã sente as dores do parto e quer que Juliette esteja com ela nesse momento. - disse Ruth.

- meu Deus a Bella. - ela disse tampando a boca. -  Ruth, já vamos, tá bem?

- sim. Vou dizer que estão vindo. O senhor Alfonso espera por vocês.

Rodolffo olhou para Juliette com certa tristeza.

- não posso faltar a Bella. Além de minha cunhada, ela é minha amiga.

- eu sei. Teremos que ir. Não queria levar George adormecido, mas ele não fica sem você.

- vou embrulhá-lo e estando junto a mim, ele fica tranquilo. Quanto a nós, depois continuaremos de onde paramos.

- eu não vejo a hora. - ele disse lhe dando um beijo rápido nos lábios.

...



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