Capítulo 7: Atormentado

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Quase as 10 horas da manhã Rodolffo e seu pai chegaram ao enorme castelo que sua família herdava a gerações. Os Stuarts eram muito afortunados e seu pai não era diferente.

Ao chegar no ambiente principal encontrou suas irmãs e sua mãe a fazerem bordados. As três olharam para ele ao mesmo tempo.

- que bom que chegaram em paz. - a viscondessa lhe disse.

- tudo o quê não tenho é paz mamãe. - se afastou de todos ali indo para o seu escritório.

- O quê aconteceu papai? - perguntou Isabel.

- ele pareceu extremamente chateado. - continuou Izabella.

- é só um mau humor temporário. Logo vai passar. Arrumem tudo, em um mês seu irmão será um homem casado e logo depois dele, serão vocês duas a casarem.

As duas jovens sorriram e olharam para a mãe que não achava graça alguma naquilo.

- precisamos conversar marido.

- vamos até a biblioteca.

Eles seguiram até o local e Vera fechou as portas.

- por que Rodolffo está daquele jeito?

- você vai se admirar com o quê vou lhe dizer, então sente-se.

- agora fale. - ela disse sentada na enorme cadeira. - o quê aconteceu? Ele não gostou da moça?

- seu filho está atormentado por que se apaixonou pela prometida.

- apaixonado? Não creio.

- pois creia e tem um agravante sério... A moça o recusa com rebeldia.

- meu Deus Juarez. E vai prosseguir nessa loucura? Isso é muito errado. Tu não me obrigou a casar contigo, a decisão final foi minha, por que não respeita a dela. Se ela não quer ele e não o aceita é melhor pôr fim a isso.

- nem pensar. Acho que isso será ótimo para Rodolffo. Ele merece alguém que o despreze. Ele precisa sentir o ego murchar e ele nesse mom está dessa forma. Ela jurou tacar um vaso na cabeça dele.

Vera arregalou os olhos.

- estás ficando louco Juarez. Isso não vai dá certo nunca. Muito pelo contrário, pode terminar muito ruim. Preciso ir falar com ele agora.

- não ouse tentar manipulá-lo a não casar Vera. Ele vai casar e quando conhecer tua nora irá adorar a menina. Ela é muito culta, simpática, talentosa e doce.

- doce? E tenta agredir o meu filho.

- ela é assim apenas com ele, não será conosco. Mas confesso que tenho culpa nisso e que ela também tem. Ela ouvir detrás da porta minha confissões sobre seu filho devasso.

- isso é uma catástrofe. Uma loucura tremenda.

Vera saiu contrariada da biblioteca e foi direto para o escritório falar com seu filho.

- oi meu querido.

- oi mamãe.

- estás tão triste.

- não tenho por que me alegrar.

- não gostou nenhum pouquinho de sua noiva? - ela falou alisando suas costas.

- eu queria que meu problema fosse esse.

- então qual é o seu problema? Me conte, quem sabe não consigo te ajudar.

- o desprezo que vi naqueles olhos... As palavras que ela me disse. Mamãe, eu sou um monstro não é? Eu nunca tinha me visto dessa forma, mas não consigo parar de pensar em tudo que ela me falou. Ninguém nunca me tratou assim. Ela me pediu para poupar os últimos dias de vida dela. Sabe o quê isso significa? Que se casar comigo ela irá morrer.

- ela só está contrariada. Não significa que esteja dizendo a verdade. E não é um monstro. É um homem especial.

- especial? Ah mamãe... Não precisa me iludir. Não tenho nada de especial, ela não ver nada de interessante de mim. Sabe as moças que me cobiçam talvez essas vejam algo especial em mim, mas ela não ver. Mal olha para mim.

- gostou da moça, não é? Por isso está martelando as coisas que ela te falou.

- ela toca piano divinamente bem, eu fiquei impressionado. Ela gosta de ler e também escreve. O jantar com ela foi animado e ela estava tão leve e cortês. Ela é bonita minha mãe, muito bonita... Juliette é o nome dela e é dona de uma beleza única.

Vera lhe ofereceu os braços e ele se apertou contra a mãe.

- eu fui até ela só fazer um acordo. Mas ela me tratou tão mal que não consigo superar.

- que tipo de acordo?

- um casamento de aparências. Essa será a única forma de vivermos em paz. Mas ela não quis nem me ouvir e me chamou de patético.

- e por que quer viver um casamento de aparências se claramente está apaixonado pela sua noiva.

- não estou apaixonado mamãe. Eu não sinto essas coisas. Só queria que tudo fosse mais leve entre nós.

- tente conquistá-la. Sei que é capaz.

- não sou capaz de nada frente a ela. Morro de medo do que ela pode tentar. Ela é tão imprevisível e diferente de todas as mulheres que já conheci. A senhora e minhas irmãs não tem o temperamento dela. Eu diria que ela pode tentar me matar se dormir na mesma cama que eu.

Vera sorriu.

- não ria... Isso é sério. Não engraçado.

- seu pai tem razão.

- não tem... Ele tá doido. Quer nos trancar na casa afastada por duas semanas, saiba que poderei não voltar vivo de lá.

- lá é um lugar lindo e romântico. Ideal para um início de casamento.

- mamãe... Eu não vou me casar de fato. Por favor fale com meu pai, peça por mim.

- dessa vez não. Sinto muito. Mas sinto que será feliz. Meu coração de mãe me diz isso.

- que vírus é esse? Meu pai já fez a sua cabeça.

- ele não fez a minha cabeça... Você sim. Não vejo a hora de conhecer minha adorável nora.

- mamãe...

Vera saiu deixando Rodolffo falando sozinho e ele ficou ainda mais triste, dessa vez nem sua mãe estava do seu lado.

...







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