Capítulo 41: Flores e frutos

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Juliette dava beijos suaves na boca de seu marido após fazerem amor.

- eu estava com tantas saudades suas. -  falou beijando seu peito. 

- eu estava vegetando sem ti. Sabes que fui a Londres, mas eu te juro que não fiz nada errado. Nem cogito a possibilidade de ter outra mulher. - ele disse acariciando as bochechas de sua esposa. - só consigo ser homem contigo.

- eu sei meu amor. Nunca duvidei disso. Eu sei que não foi o culpado no caso da Emma... Mas eu demorei para entender isso. Ela que tentou a todo custo ter você de volta.

- por pouco ela não se juntou ao marido, do lado de lá.

- não fui assim tão terrível. - ela disse sorrindo. - brincadeira... Eu fui.

- tudo foi ciúmes?

- sim... Eu fiquei doente. Tu também ficaria.

- meu amor... Tenho que te falar uma coisa importante.

- também quero te contar um lindo sonho que tive por duas noites seguidas.

- é bom assim?

- sim... É especial.

- conte-me. Necessito ouvir algo bom. - ele disse um pouco triste.

- o quê foi? - ela alisou seu cabelo negro.

- conte seu sonho meu amor. Depois te contarei umas coisas.

- sonhei caminhando em um bosque cheio de flores e de árvores frutíferas. Eu me sentia parte daquilo e eu estava sem entender o quê significava. Até que pedi a Deus um sinal, uma explicação para esse sonho repetitivo.

- e conseguiu achar meu amor?

- sim... Tu me trouxe as mesmas flores que eu vi em meu sonho naquele ramalhete. Entendi que era tempo de perdão e isso floresceu em mim.

- é uma mulher tão sensível princesa.

- creio que também vai me dá o fruto. - ela disse comovida.

- qual fruto?

- o do nosso amor. - ele pousou a mão sobre a barriga de Juliette.

- eu quero tanto te dá um filho Juliette. Mas eu tenho medo de não ter tempo... - ele disse com os olhos cheios de lágrimas.

- meu amor... O quê tem? Por que diz isso?

- estou doente minha vida. Tenho tido sangramentos pelo nariz desde que cai do cavalo e minha cabeça dói demais tem dias. Não repara que tenho evitado andar de cavalo sozinho?

- sim... Reparo. Mas por que me escondeu isso tanto tempo?

- não queria te preocupar. Amor... Tenho medo de partir a qualquer hora.

- não diga isso. Vamos ao médico. Tomará um remédio e ficará bem. É um homem forte.

- não sei amor. Não posso confiar nisso. Estou preparando o teu futuro, caso eu parta.

- amor... Não fale isso.

- tens jóias e todas elas são suas. Tem terras e uma casa em Londres. E estou para fechar a compra de uma nova propriedade para ti.

- que propriedade?

- a do vosso pai.

- não... Não quero aquelas terras. Não aceito. Também não quero ajudar meu pai. Nunca veio me visitar, eu era um estorvo para ele. Foi só se livrar de mim que me esqueceu. Não verá um vintém teu. Por favor não faça isso por ele e nem por mim. Meu lugar é aqui ao teu lado.

- mas eu tenho que te deixar amparada. Tenho cuidado para que não fique como a Emma. Uma mulher viúva e sem filhos não tem ninguém minha princesa. Seu pai não é obrigado a te receber e o meu não terá mais por quê te ajudar, eu sei que ele faria, mas não será eterno, já está velho.

- não fale essas coisas. Por favor. - ela pediu já chorando.

- tenho que falar. É necessário que saiba da verdade, por que assim não será pega de surpresa. Juliette se eu partir e te deixar bem estruturada será uma mulher de honra. Poderá circular dignamente na sociedade. É uma mulher linda, jovem, atraente, inteligente e carinhosa, não lhe faltará pretendentes e se não se entregar ao primeiro que tentar te seduzir...

- pare Rodolffo... Pare!

- conseguirá se casar de novo. Seu único homem estará morto e ninguém irá se importar com virgindade... Quem sabe encontre um viúvo honrado e construa tua família, os seus filhos.

- tu acha mesmo que eu serei de outro homem em sua falta? Me diga... Me enxerga com outro homem em minha cama?

- eu te amo... Não quero que sofra de solidão, mas falar tudo isso me mortifica.

- nunca terei outro homem. Todo o amor, o carinho e o meu corpo só entreguei a ti. Será assim até o fim... Se morrer primeiro, vestirei um luto até meu último dia.

- mas os seus sonhos...

- eles morrerão contigo se me deixar. Não faz sentido mais sonhar. Não se preocupe tanto em me deixar heranças materiais, pois sem você comigo eu sei que não terei muito tempo. - ela falava de forma lenta e as lágrimas escorriam no rosto.

- não diga isso... Não diga princesa. - ele disse chorando.

- eu te amo. Não me deixe... Eu te imploro. - e beijou outra vez seu marido.

- também te amo, muito.

- te quero de novo... Acha que consegue?

- claro que sim. Eu quero te amar a noite inteira. Se eu partir nos seus braços será o melhor lugar do mundo.

- então me tenha meu amor... Eu sou tua. Só tua!

Rodolffo a tomou num beijo apaixonado e logo amou sua mulher novamente.

- só queria ser capaz de te fazer um filho hoje. - disse se derramando dentro dela novamente. - eu te amo até a eternidade esposa.

- eu também te amo até depois do fim marido.

...











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