Capítulo 57: Árvores Frutíferas

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Enquanto a casa inteira dormia, Juliette conversava com Rodolffo com a cabeça sobre o peito dele e recebia carinho nos cabelos.

- só queria que sua irmã fosse feliz. Ela é tão jovem e tão linda para viver o resto da vida solitária e triste.

- acha que não tem jeito de Alfonso conquistá-la?

- eu posso te dizer o quê eu acho de verdade sobre isso?

- claro que pode.

- sua irmã gostava dele antes. Eu sei que tu vai dizer que ele é um patife e canalha...

- mas eu também era do mesmo jeito e isso não impediu que gostasse de mim. Então, acho que ela gostou dele.

- então... Acho que ela não o perdoa por que ele não foi gentil com ela. Sei lá, se tudo tivesse sido diferente, ela seria a esposa dele de verdade. Eu torço para que eles se acertem... Ainda mais agora.

- o quê tem agora?

- não deveria te contar...

- sou curioso princesa... Não me venha com suspenses.

- Izabella está grávida.

- ah céus... Não diga. Da primeira vez?

- é... Não houve outra. Ele não mentiu quando disse aquilo a mesa.

- eu sei que não. Alfonso é um ordinário, mas eu vi tristeza no olhar dele e sabe que eu vivi isso, então eu tenho propriedade para falar. Não é fácil um casamento de aparências Juliette, quase me mata.

- eu sei, e vejo que Izabella também sofre e agora muito mais. Vai passar por tudo isso sozinha... Não será fácil. E ela ainda queria esconder isso dele, eu a orientei a não fazer.

- como vai esconder? Impossível. Estou feliz que vou ser pai e tio quase na mesma época e estou também feliz de vocês viverem isso juntas. Nossos filhos serão como irmãos.

- Rodolffo... Tenho medo de decepcionar as pessoas.

- de que forma?

- tenho medo de ter uma menina.

- eu não tenho medo disso, nenhum pouco sequer. Tenho medo de algum mal súbito me levar e não poder ver o bebê nascer, disso sim tenho medo.

- não fale disso Rodolffo. Mas tu sabe que se meu bebê for menino todo mundo ficará feliz, mas sendo menina, ninguém ficará.

- se for menina tu ficará feliz?

- seja o quê for, eu ficarei igualmente feliz.

- pois saiba que eu também. Independente do que seja é nosso e veio para nos alegrar. Vou amar essa criança como amo a ti e nada nesse mundo vai tirar isso de mim. - ele falou isso e foi se deitando por sobre o corpo de Juliette. - te amo princesa. - e a beijou com paixão.

Juliette se deliciou com aquele carinho e percebeu quais eram as intenções do marido quando ele desceu com a cabeça até o meio de suas pernas.

- não! - ela exclamou. - estamos na casa de seus pais.

- qual é o problema? - ele falou se aproximando de novo dela.

- tu sabe que eu... - ela ficou tímida.

- que vai gemer? Eu sei... E particularmente isso é uma cantiga para meus ouvidos.

- não seja indecoroso Rodolffo.

- mas eu sou e sempre amou isso. Amo estar no meio de suas pernas te chupando, sentindo seu gosto e te vendo explodir para mim. - ele falou isso ao ouvido de Juliette que sentiu cada pelo do corpo arrepiar. - sei que ama isso minha esposa.

- não estamos em casa. - ela tentou novamente argumentar.

- ninguém nos ouvirá. Fique tranquila. - e começou a tarefa de deixá-la completamente despida.

Rodolffo não ouviu os pedidos racionais de sua esposa e acabou por enlouquecê-la um pouco onde ele sabia que ela era extremamente sensível. Juliette se continha nos gemidos, mas reclamou quando ele parou as investidas.

- calma. Vou fazer isso junto contigo. Estou com saudade.

- mas... - ela tentou argumentar.

- sei que fizemos ontem mas mesmo assim tenho saudades. - e a invadiu num movimento lento, mas considerado delicioso por Juliette.

Juntos chegaram ao orgasmo e as bocas unidas aplacaram os gemidos.

- todo mundo merece viver isso... - ela disse ofegante.

- concordo, principalmente fazer por amor.

...

O dia amanheceu e todos da casa acordaram relativamente cedo, descendo para a enorme mesa de refeições.

Rodolffo e Juliette foram um dos últimos a chegarem.

- bom dia. - disse Rodolffo a todos. - demoramos um pouco por que Juliette estava a enjoar.

- está tudo bem querida? - perguntou Vera.

- estou melhor sim. Mas enjôo matinal é algo que tenho quase todos os dias.

- hum... Da gravidez dos meus meninos eu mal enjoei Juliette. - disse Vera a se recordar que das meninas enjoava por demais, mas não externou o fato.

Antes que a conversa se alongasse, toda a família parou para admirar uma cena inédita que acontecia.

Izabella e Alfonso entraram na sala de mãos dadas, e os dois tinham sorrisos no rosto. Izabella era mais contida e tímida, mas Alfonso tinha o peito estufado de orgulho.

- bom dia a todos família. - ele disse sorridente e Juliette e Rodolffo se olharam cúmplices.

Todos disseram em coro um "bom dia".

- é com grande alegria que comunicamos a todos vocês que essa família tem um novo membro, que assim como o de Juliette e Rodolffo ainda não está entre nós, mas já vive dentro do ventre de minha esposa. Estamos esperando nosso primeiro filho.

Havia um misto de perplexidade e surpresa nos rostos dos ali presentes e o primeiro a dá parabéns ao casal foi Rodolffo.

- desejo que venha com muita saúde e traga a vocês muita alegria e união.

Alfonso e Izabella agradeceram por todas as felicitações recebidas.

- de um jeito, por vezes torto, tudo tem se ajeitado. Sou muito feliz de ter minha família toda reunida nessa manhã. Deus seja sempre louvado. - disse Juarez.

Todos disseram: Deus seja sempre louvado.

...

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