Capítulo 4: Comum acordo - 2

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Ao fim da tarde Ruth foi até o quarto de sua senhora. Seu senhor a ordenou que deixasse sua filha esplêndida para o noivo e assim ela a deixaria.

- senhorita, é hora de se arrumar.

- não quero jantar Ruth.

- Juliette, não haja dessa maneira. Seu pai precisa de ti. E seu noivo deve estar querendo te ver.

- eu não quero esse noivo. Quero que ele me dispense. Implorarei para ser rejeitada.

- não diga uma coisa dessas.

- assim que eu tiver a oportunidade vou pedir isso a ele e se ainda lhe resta alguma honra de homem, ele aceitará.

- se é isso que quer, tente. Mas preciso te arrumar mesmo assim.

Ruth começou por arrumar o cabelo de Juliette, o deixando cheio de cachos e todos caiam em cascata sobre seus ombros, pequenas mexas foram presas no alto da cabeça. Dando um contorno especial para aquele rosto. Usou brincos de pérolas para ornar as pequenas orelhas. Também lhe colocou um delicado colar.

O vestido escolhido foi numa cor que caiam incrivelmente bem ao tom de pele de Juliette, o salmão era uma cor delicada e sofisticada para a jovem mulher. Ele era mais apertado que os habitualmente usados e deixavam a mostra o busto avantajado de Juliette. Era um detalhe sexy, porém não era vulgar.

Como maquiagem Ruth só lhe deu um toque de saúde nas bochechas e nos lábios, algo tão simples que poderia ser dita como natural.

Ruth olhou para sua senhora e a achou uma mulher linda e muito encantadora. Um homem só não se apaixonaria por ela em duas ocasiões: a primeira seria se não tivesse um coração; a segunda se fosse louco. O Visconde não teria chances, cairia de amores por Juliette.

- nossa Ruth, hoje resolveu caprichar.

- é sua primeira noite de côrte. Deve apaixonar o seu noivo.

Juliette caiu na risada.

- ôh Ruth. Como é iludida. Esse homem não vai se apaixonar por mim. Acorde. Ele assim como eu está sendo ameaçado por seu pai. Isso é tão ridículo, ele é um fraco.

- não julgue os motivos senhorita, só não seja tão amarga. Os gostam das moças doces.

- ah é? Que bom saber... Agora serei o puro fé. Ele vai desistir Ruth.

Ruth ficou de frente a Juliette e lhe olhando nos olhos lhe disse.

- não se negue ao destino. Não adianta ser rebelde. Se não for com ele, será com outro e veja pelo lado bom, esse homem ao menos não é feio.

- pouco me importa se é belo, rico ou de onde veio. Só quero que esse intruso vá embora daqui. Mas talvez eu o iluda um pouco e depois desfilo nele todo o meu amargor, assim ele sairá daqui correndo para suas terras alta.

Juliette não queria um acordo. Ela não desejava ser razoável. Ela só queria se ver livre de Rodolffo para nunca mais vê-lo.

...

Os cavaleiros já estavam na sala, quando ela desceu as escadas de forma lenta.

Rodolffo ficou tão absolvido por aquela aparição que seus pensamentos racionais se dispersaram de sua mente. Ele estava tão admirado com a beldade em sua frente que ficou até de boca aberta, o quê foi suficiente para tirar de Juarez um sorriso.

" Ela é muito linda!" - a mente de Rodolffo gritou. Pela manhã ele não tinha se dado conta de sua beleza, mas agora ele estava se sentindo totalmente deslocado.

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