Capítulo 50: A desonra

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*Esse capítulo contém conteúdo delicado a alguns públicos.

*Lembrete: essa história se passa no século 19, então alguns fatos aqui apresentados não são considerados crimes na época e no país que se passa.

Izabella olhava assustada para seu primo, mas mesmo assim não deixava de estar fascinada por ele.

Alfonso era um homem atraente, com uma pele morena clara, mais alto que Rodolffo e com os cabelos igualmente negros. Sua face era bem marcada por traços masculinos, mas ele não era tão bonito, porém era exalava magnetismo e sensualidade. Poucas mulheres resistiram a um tipo tão charmoso e Izabella já estava encantada por ele desde o baile.

Ela confidenciou seu segredo a sua amiga que é também cunhada, Juliette.  Elas agora eram cúmplices e confidentes. Juliette era sua aconselhadora e lhe falava de coisas que sua mãe nunca lhe falou.

Algumas das coisas que falavam era de amor. Amor entre um homem e uma mulher e Juliette lhe aconselhou que só deveria se casar com quem ela sentisse atração, paixão e também desejo. A cunhada falou que casou apaixonada pelo irmão e Izabella se sentia encantada.

Juliette nunca diria detalhes da noite de núpcias, mas falou que o homem quando ama uma mulher faz tudo para tê-la de uma forma especial e disse a Izabella que era um momento único e inesquecível.

Alguns dos conselhos dados por Juliette eram de que quando a pessoa certa chegar, o seu coração vai sentir. E Izabella olhava para o primo e sentia seu coração palpitar, então era esse o sinal que sua cunhada havia lhe dito. Izabella estava convicta que amava Alfonso.

- posso me sentar aqui? - falou apontando para a cama.

Izabella não respondeu com palavras, apenas assentiu com a cabeça.

- minha jóia rara, - usou um termo que usava com todas, - o quê sente por mim?

- por que me pergunta isso?

- por que estou perdidamente apaixonado por ti minha deusa. Pedi a meu tio para casar contigo.

- quer casar comigo? - ela abriu um sorriso.

- quero muito minha deusa.

- nunca ninguém me disse essas coisas. - ela corou.

- me aceita minha Bella? - ele disse se aproximando mais.

- aceito.

- já foi beijada Bella?

- nunca!

Alfonso deu um sorriso vitorioso.

- eu quero te beijar minha noiva.

- não somos noivos. Ainda não foi nada formalizado. - ela se esquivou da aproximação de Alfonso.

- por que vosso pai quer ouvir de sua boca que me aceita como marido. Mas se me aceita e não tem dúvidas, somos noivos.

- não é adequado que esteja aqui.

- sim... Não é. Por isso tens que falar mais baixo.

- tens que ir para o teu quarto agora.

- Izabella é tão inocente amor. Nunca sequer beijou, mas hoje eu posso te mostrar tudo que nunca conheceu. Não tens curiosidade?

Izabella tinha muita curiosidade.

- e se eu te beijar e tu não casar comigo?

- serei um homem morto. Estou a pensar pela mira de qual revólver será o meu fim... Seu pelo seu pai, se pelo meu ou se pelo seu irmão. Acho que meu primo é o mais habilidoso dos três.

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