Capítulo 86: Nosso menino

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Era madrugada de um novo dia quando George acordou os pais com seu choro forte.

Rodolffo foi até o cesto que o bebê dormia, o pegou e trouxe para Juliette.

- ele está com fome. - ela disse enquanto desabotoava a camisola e oferecia o peito a seu pequeno bebê que sugava seu precioso alimento.

- guardarei com muita saudade todos os momentos do nosso menino recém nascido. Ele é tão lindo. - o pai disse comovido.

Juliette acariciava o cabelo de George enquanto ele mamava.

- ele é muito mais do que eu sonhei. Meu filhinho lindo e calminho. George é uma benção. Tê-lo aqui juntinho de mim me faz esquecer de tudo de ruim que já vivi. Ele resignificou tudo... Obrigada meu amor. - ela disse estendendo a mão para seu marido.

- gosto quando me chama assim, me sinto importante. - ele apertou a mão da esposa e deixou um beijo ali.

- mas tu é importante... Esqueceu? É um nobre. E para mim é o mais nobre de todos.

- de nada me valeria os títulos se não tivesse vocês. Princesa foi tu quem me fez viver de verdade. Eu só posso te agradecer por me amar e por me dá uma família.

Juliette lhe deu um sorriso terno e acariciou seu rosto.

- George é o nosso primogênito e é uma criança muito amada. Seus pais amaram o netinho.

- meu amor... Como não amar esse menino? Ele é toda graça, assim como você. George é uma criança cheia de luz.

- Rodolffo... Venho pensando numa coisa. - Juliette disse de forma calma enquanto trocava George para outra mama. - mas não quero pensar nisso sozinha.

- diga no que pensa...

- em nos mudarmos daqui. Sei que relutei, mas agora não somos só nós, tem o George que é uma criança e meu pai também não anda tão bem de saúde ultimamente.

- eu também venho pensando seriamente sobre isso. Para onde deseja ir?

- não sei... Onde tu acha que seria melhor? Não quero ir para a cidade tu bem sabe...

- temos algumas opções e uma delas é a antiga casa de teu pai.

- prefiro não irmos para tão longe. Bella está as portas de ter o bebê dela e eu quero que nossos filhos tenham infâncias compartilhadas.

- por mim serão como irmãos. George vai gostar do primo ou prima.

- é... Espero que estejamos certos. Ele já está satisfeito. Agora vou ficar com ele um pouco. - falou segurando o bebê no colo.

- posso pegar ele um pouco?

- claro que pode.

George foi para o colo do pai e Rodolffo levantou para ficar mais confortável.

- é o papai meu filho... Agora vai ficar um pouquinho comigo.

George não chorou. Ficou um tempo acordado, mas depois adormeceu nos braços do pai, que o pôs de volta aonde era seu lugar.

Juliette via atentamente a cena.

Rodolffo depois apagou a vela que dava mais claridade ao quarto e deitou-se novamente na cama.

- é bom que durma princesa. Ele vai acordar de novo mais tarde.

- eu sei. Posso dormir abraçada contigo?

- nem precisa pedir... - ele a aconchegou junto a seu corpo e Juliette descansou a cabeça sobre seu peito.

- eu sinto que te amo mais a cada dia. Te ver sendo um pai tão bom para George é uma alegria imensurável.

- também é uma mãe muito especial minha princesa.

- nossa família é abençoada por Deus. George é o nosso primeiro filho...

- e por mim será o... - ele diria único, mas entendeu que não era o momento.

- será o?

- o princípe do papai.

- e da mamãe.

- claro. Ele te ama muito. É notável.

- e não gosta da Ruth. - Juliette disse sorrindo.

- fosse pela Ruth ele nem existiria.

- menos né Rodolffo... Também não é para tanto. Ela nunca impediu de fazermos um filho...

- por que nunca teve a oportunidade, por que vontade nunca faltou. Ruth é chata.

- eu sei... Mas eu amo ela e sabe disso.

- eu sei, por isso ela está aqui de novo. Mas é hora da senhora ir dormir, mocinha.

- dorme também. Te amo.

- te amo princesa.

Juliette recebeu os carinhos do marido e ele sentiu que ela adormeceu. A vontade de lhe falar de sua decisão era imensa, mas Rodolffo era consciente que Juliette diria "não".  Ela sonhava com uma casa cheia de filhos e até o fez sonhar também, mas agora tudo era diferente no coração dele. Mas não era o momento de ter essa conversa, ela estava de resguardo e tudo que precisava era de paz, amor e tranquilidade.

...

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