Capítulo 55: Realidades opostas

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Dias depois...

O dia do casamento de Izabella havia chegado. Não seria uma grande cerimônia, mas as famílias de ambos estavam presentes, incluindo a mãe de Alfonso, a arrogante Tereza.

- Maximiliano, nosso filho nem gosta dessa prima.

- cale a boca Tereza. Agradeça por ela ter salvado a vida de seu filho e isso já é bastante. Minha sobrinha é uma moça honesta e agora seu filho é genro do Visconde.

- infelizmente, não teve a sorte de casar com uma pessoa de um título maior.

Maximiliano riu.

- de certo queria que ele casasse com uma princesa. Não seja ridícula. Vamos, todos nos esperam.

...

No quarto da noiva, Juliette e Ruth ajudavam Izabella.

- está uma princesa meu amor. - disse Juliette a cunhada.

Izabella deu um sorriso fraco.

- Ruth pode ir agora, preciso falar um pouquinho com minha cunhada.

Ruth se retirou do quarto e Juliette sentou-se na cama com a cunhada.

- sei que para ti hoje não é o dia mais feliz, mas tenho uma notícia para te dá minha amiga.

- me diga Juliette. - disse curiosa.

- não resta mais dúvidas Bella. Estou esperando um bebê.

As duas se abraçaram.

- meu Deus. Que alegria. Estou tão feliz por vocês.

- obrigada minha querida.

- Juliette, hoje é um dia que deveria ser bem feliz para mim, mas não me sinto assim. Acho que nunca vou conseguir aceitar meu marido.

- não se preocupe com isso agora. Ele tem que tentar ao menos se redimir contigo, isso se ele for um pouco descente. Eu sei que está muito magoada, mas espero de verdade que um dia lá no futuro possa viver o quê estou vivendo hoje.

- tomara. Também desejo muito ter um filho.

- está pronta?

- sim. Estou.

- quero que lembre-se do quanto está linda e especial neste dia minha cunhada querida.

- tu também está linda.

...

Juarez veio pegar Izabella para levar até o marido e a cerimônia foi breve. O padre autorizou o beijo a noiva e Alfonso até tentou beijar Izabella, mas ela se afastou.

- não faça assim... - ele disse baixinho.

- não quero. - e saiu de perto dele.

A casa que eles iriam ocupar era ao lado da casa de Juarez e Izabella nem quis curtir a festa. Não havia motivo para comemorar. Ela resolveu se recolher ao seu quarto e foi chorar por causa do seu triste destino.

Alfonso resolveu ir atrás dela, já que viu que ela não voltava.

Rodolffo quis ir em seu encalço, mas Juliette o proibiu.

- não vai. Eles precisam desse tempo.

- Alfonso não tem sentimentos por minha irmã Juliette.

- não está nele, ou está?

- por que tem mania de sempre enxergar o melhor das pessoas?

- por que as pessoas não são de tudo más. Já imaginou se eu nunca tivesse baixado a guarda e te dado um voto de confiança?

- Alfonso é todo mal.

- mas Izabella me falou que ele disse que a amava.

- é mentira dele. Esse patife. Só disse para convencê-la a estar com ele.

- não sei. Talvez... Mas quem sabe eles não aprendam o quê é o amor juntos.

- ele que não ouse nem sonhar em trair minha irmã, tão pouco machucá-la de novo. Dessa vez, não serei piedoso.

- agora... Tenho uma coisa para te falar.

- o quê foi? A minha irmã lhe fez alguma outra revelação?

- não tem a ver com a Bella, tem a ver conosco. Hoje completa meu atraso de dois ciclos. Estou grávida amor.

- meu Deus... Eu já sabia mas ouvir a confirmação tem um sabor especial. Agora somos três?

- sim... Somos três. - e se abraçaram carinhosamente.

...

Enquanto isso na casa de Izabella.

- abra minha esposa... Abra a porta. - batia insistente Alfonso.

- saia daqui.

- juro que só quero conversar.

Depois de toda a perturbação, Izabella resolveu ceder e abriu a porta.

- fique longe. Não vai se aproximar de mim.

- tudo bem. Só quero te pedir perdão. Eu deveria ter agido diferente contigo.

- não te perdôo. Eu pedi para que parasse. Eu tava morrendo de dor e não me ouviu por nenhum minuto tampando minha boca. Foi a coisa mais horrível que já vivi.

- da próxima vez será diferente, eu te juro. Poderei te dá prazer. A primeira vez é terrível mesmo.

- só para mim foi terrível. Parecia que tu estava bem satisfeito me vender sofrer. - ela disse limpando as lágrimas do rosto.

- é por que é maravilhosa minha deusa. - ele tentou se aproximar.

- não teremos outras vezes Alfonso.

- não diga isso.

- é a verdade. Judiou de mim... Não quero nunca mais viver aquilo.

- não há possibilidade de viver aquilo de novo. Não há mais barreiras Izabella. Gosto de ti... Não conseguirei viver assim com você.

- não precisamos nos ver. Nem tão pouco nos falar. Eu não faço questão.

- me repugna é isso?

- totalmente e quero que saia daqui.

- disse que gostava de mim... Que queria me beijar. Sei que vai mudar de ideia com o tempo.

- não vou Alfonso. Não tenha essa esperança. E sinceramente pode ir a Londres e ficar com suas amantes, pouco me importa isso.

- não posso. Se eu arredar o pé daqui sem ti, não terei o próximo dia para existir.

- isso aí é problema teu.

- não aceito essa situação por muito tempo Izabella. Esteja ciente.

- esteja ciente você que se tentar qualquer coisa contra mim, meu irmão te capa e dessa vez Alfonso não vou interceder por ti.

- não vou desistir. Irei te conquistar. No mais, passe bem. - e saiu batendo a porta.

Izabella se pôs a chorar. Enquanto sua amiga estava feliz com a chegada do primeiro bebê, ela se sentia destruída por sua nova realidade.

...


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