No dia combinado Rodolffo se preparou e ajeitou sua maleta para viajar. Ele ia sair ainda na madrugada e quando ia saindo do seu quarto deu de cara com Juliette sentada na sala.
- já está indo? - ela lhe perguntou.
- estou Juliette.
- que Deus te acompanhe. E que faça boa viagem. Se cuide.
Rodolffo deu um sorriso terno para Juliette e se aproximou dela.
- obrigado meu amor.
- essas estradas são tão perigosas.
- está com algum mal pressentimento? - ele sabia que ela tinha essas coisas e confiava muito na intuição da mulher.
- estou. Prometa que vai se cuidar com seu pai.
- prometo. - ele disse a estreitando num abraço que foi correspondido.
Juliette o abraçou forte e ele só queria morar naquele abraço, mas também queria ter algo a mais para levar na memória e num gesto delicado e totalmente consensual eles se beijaram. Foi um beijo cheio de ternura e ele viajaria feliz.
- se algo me acontecer, lembre-se esta casa é tua e todas as coisas que te dei são tuas. Ninguém pode tomar de ti...
- pare. Não fale isso. - ela tocou seus lábios.
- mas vou voltar. Ainda temos que fazer as pazes.
Juliette não disse nada.
- ainda quero te ver grávida de um filho meu.
- não vamos dá passos maiores que as pernas. Ainda não nos reconciliamos.
- mas tenho chances. Aceitou me beijar. - ele disse sorridente.
- não seja convencido. Ainda estou magoada e sabe que sou uma grande rancorosa.
- isso é verdade.
- vá com Deus e volte.
- te amo. - ele disse sorrindo e saiu.
Juliette sentiu seu coração apertar com aquela saída. Ela temeu por seu marido. Havia tido um sonho ruim com ele. Nesse sonho ele a chamava e ela não conseguia chegar até Rodolffo.
...
Rodolffo partiu em cima de tornado até a casa de seu pai e achou Juarez já pronto.
- bom dia meu pai. - e lhe estendeu a mão.
- bom dia filho. Deus te abençoe. Estou pronto.
- então vamos. Teremos uma longa viagem pela frente. - ele disse com um leve sorriso no rosto.
- está feliz hoje? Tão cedo.
- estou me acertando com minha esposa. Recebi seu abraço antes de partir.
- isso é muito bom. Que Deus abençoe vocês.
- quero me acertar com ela e encomendar meu herdeiro ou herdeira.
- nem acredito que estou ouvindo isso. Essa notícia é música aos meus ouvidos e será toda a segurança que Juliette precisa.
- sim. Mas enquanto isso não ocorre, tenho outros planos.
- vamos... Na carruagem me diz.
Eles embarcaram e Rodolffo continuou a conversa.
- tem uma propriedade que quero adquirir meu pai e essa também será de minha esposa.
- qual é?
- a do meu sogro.
- mas já é dela por direito.
- eu sei. Mas aquele imbecil está vendendo a propriedade e toda a herança de Juliette e eu sei que ela ama aquelas terras e realmente são promissoras, quem sabe não poderíamos morar lá no futuro. Ela, as crianças e eu.
- mas como compraremos? Ela não pode comprar diretamente.
- o senhor compra em seu nome e depois faz a doação a minha esposa. Quero tudo bem assegurado pai. Não posso deixar minha mulher desamparada.
- você não pensa em fazer uma besteira, não é meu filho? Me diga que não vai desistir de Juliette e que não vai cometer nada contra sua vida. Ela te ama e vão conseguir se acertar.
- não vou meu pai. Calma. Mas não sei o quê o futuro me reserva. Se não gerarmos um herdeiro, em minha ausência e certamente na sua, Juliette está sozinha e vão atacar ela, meu primo especialmente.
- não me fale. Meu irmão é doido por minha posição e título, e seu filho nem se fala, morre de inveja de você. Seu primo Alfonso é um verme.
- e dos piores que tem... - Rodolffo completou.
...
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Fica comigo
FanfictionUma união arranjada. Um homem poderoso e uma jovem sem escolhas, pressionada pela família. Será possível que o amor vença em meio as adversidades?