Capítulo 36: A viagem a Londres - 2

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No dia combinado Rodolffo se preparou e ajeitou sua maleta para viajar. Ele ia sair ainda na madrugada e quando ia saindo do seu quarto deu de cara com Juliette sentada na sala.

- já está indo? - ela lhe perguntou.

- estou Juliette.

- que Deus te acompanhe. E que faça boa viagem. Se cuide.

Rodolffo deu um sorriso terno para Juliette e se aproximou dela.

- obrigado meu amor.

- essas estradas são tão perigosas.

- está com algum mal pressentimento? - ele sabia que ela tinha essas coisas e confiava muito na intuição da mulher.

- estou. Prometa que vai se cuidar com seu pai.

- prometo. - ele disse a estreitando num abraço que foi correspondido.

Juliette o abraçou forte e ele só queria morar naquele abraço, mas também queria ter algo a mais para levar na memória e num gesto delicado e totalmente consensual eles se beijaram. Foi um beijo cheio de ternura e ele viajaria feliz.

- se algo me acontecer, lembre-se esta casa é tua e todas as coisas que te dei são tuas. Ninguém pode tomar de ti...

- pare. Não fale isso. - ela tocou seus lábios.

- mas vou voltar. Ainda temos que fazer as pazes.

Juliette não disse nada.

- ainda quero te ver grávida de um filho meu.

- não vamos dá passos maiores que as pernas. Ainda não nos reconciliamos.

- mas tenho chances. Aceitou me beijar. - ele disse sorridente.

- não seja convencido. Ainda estou magoada e sabe que sou uma grande rancorosa.

- isso é verdade.

- vá com Deus e volte.

- te amo. - ele disse sorrindo e saiu.

Juliette sentiu seu coração apertar com aquela saída. Ela temeu por seu marido. Havia tido um sonho ruim com ele. Nesse sonho ele a chamava e ela não conseguia chegar até Rodolffo.

...

Rodolffo partiu em cima de tornado até a casa de seu pai e achou Juarez já pronto.

- bom dia meu pai. - e lhe estendeu a mão.

- bom dia filho. Deus te abençoe. Estou pronto.

- então vamos. Teremos uma longa viagem pela frente. - ele disse com um leve sorriso no rosto.

- está feliz hoje? Tão cedo.

- estou me acertando com minha esposa. Recebi seu abraço antes de partir.

- isso é muito bom. Que Deus abençoe vocês.

- quero me acertar com ela e encomendar meu herdeiro ou herdeira.

- nem acredito que estou ouvindo isso.  Essa notícia é música aos meus ouvidos e será toda a segurança que Juliette precisa.

- sim. Mas enquanto isso não ocorre, tenho outros planos.

- vamos... Na carruagem me diz.

Eles embarcaram e Rodolffo continuou a conversa.

- tem uma propriedade que quero adquirir meu pai e essa também será de minha esposa.

- qual é?

- a do meu sogro.

- mas já é dela por direito.

- eu sei. Mas aquele imbecil está vendendo a propriedade e toda a herança de Juliette e eu sei que ela ama aquelas terras e realmente são promissoras, quem sabe não poderíamos morar lá no futuro. Ela, as crianças e eu.

- mas como compraremos? Ela não pode comprar diretamente.

- o senhor compra em seu nome e depois faz a doação a minha esposa. Quero tudo bem assegurado pai. Não posso deixar minha mulher desamparada.

- você não pensa em fazer uma besteira, não é meu filho? Me diga que não vai desistir de Juliette e que não vai cometer nada contra  sua vida. Ela te ama e vão conseguir se acertar.

- não vou meu pai. Calma. Mas não sei o quê o futuro me reserva. Se não gerarmos um herdeiro, em minha ausência e certamente na sua, Juliette está sozinha e vão atacar ela, meu primo especialmente.

- não me fale. Meu irmão é doido por minha posição e título, e seu filho nem se fala, morre de inveja de você. Seu primo Alfonso é um verme.

- e dos piores que tem... - Rodolffo completou.

...

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