Capítulo 94: A herdeira

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Juliette chegou na casa de seu sogro e encontrou Juarez e até mesmo Maximiliano na sala, os homens estavam ansiosos pela chegada de mais um neto.

Alfonso vinha com eles por que fez questão de ir buscar Juliette pessoalmente a mando de Izabella.

- ajude Izabella por favor. - Alfonso pediu com um certo desespero nos olhos.

- gostaria de estar lá com ela?

- sim... Mas a viscondessa e a parteira não deixam.

Juliette olhou para Rodolffo e ele lhe deu um olhar terno e lhe estendeu a mão.

- ajude minha irmã... Acho que ela realmente precisa de você.

...

Juliette subiu ao quarto que estava Izabella e a encontrou suada e sofrendo.

- minha amiga... - ela entrou emocionada no quarto.

- ai Ju... Estou sofrendo tanto. - ela disse num choro agudo que foi ouvido da sala e desesperou os presentes.

...

- tenha calma. - disse Juarez ao sobrinho.

- não sei que pavor é esse de Alfonso. O quê há de errado? - retrucou Maximiliano.

- pai... Ela já tem mais de 8 horas de trabalho de parto e a criança não nasce.

- 8 horas? Isso é muito tempo. - disse Rodolffo surpreso.

- mas todo mundo me diz que é normal. Como é normal ser assim? Não acho que é normal. Estou desesperado e não me deixam subir. - disse Alfonso afetado.

- calma Alfonso. O importante é a recompensa. Olha a minha aqui. - ele disse ao mostrar o pequeno George no colo.

- ele já cresceu tanto.

- sim... Está bem crescido e forte, adora puxar nossos cabelos.

- eu não vejo a hora de conhecer o meu.

- daqui a pouco chegará sua hora.

...

- minha amiga... Está a muito tempo em trabalho de parto? - falou Juliette pegando nas mãos de Izabella.

- comecei a sentir as primeiras cólicas no início da noite, mas achei que não fosse nada. Na madrugada tudo ficou muito mais forte e eu me vi encharcada pelo líquido que escorreu entre minhas pernas. 

- e as dores terríveis vinheram com força...

- muito intensas, mas o bebê não vem.

- vocês jovens são muito ansiosas. - disse Vera interrompendo sua reza.

- tudo está indo normal. - disse a parteira que na verdade não servia para muita coisa.

- se ponha de pé minha amiga...

- de pé?

- sim... Ficar de pé me ajudou muito. Eu não aguentava ficar o tempo inteiro deitada e as dores são terríveis.

- ninguém fica de pé para parir senhora. - disse a arrogante parteira.

- eu fiquei e me ajudou demais. Vem Bella.

- Juliette por Deus... - disse Vera.

- não vai fazer mal. Confia em mim amiga?

- confio.

Juliette ficou de pé com Izabella e fez questão de lhe fazer massagem nas costas da mesma forma que Rodolffo fez com ela. Quando Izabella gemia de dor, ela segurava sua amiga nos braços e lhe dava amparo.

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