Primeira vingança

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Que tal uma pequena vingança?

P.O.V Lauren

Camila e eu trocamos olhares diante da escola que está a nossa espera. Ela estendeu a mão sem dizer absolutamente nada, a palma virada para cima a espera e eu a peguei, entrelaçando nossos dedos sob o seu olhar caloroso. Unidas, entramos na escola que já não é mais nosso terror e tudo se comprovou quando as pessoas passaram a dar espaço para nós, e os jogares fingiram ser nossos seguranças para fazer uma varredura a frente e limpar o caminho para que passássemos em paz. Ninguém ousava abrir a boca para soltar alguma piadinha, as pessoas estão respeitando e alguns até olham com medo de nós duas. Nós vencemos! Camila sorriu lindamente e me arrastou para o corredor onde fica os armários, mas foi eu que encostei em um deles e foi ela quem tomou a atitude de encaixar nossos corpos, abraçando meu pescoço e finalmente selando nossos lábios. Abro repentinamente os olhos, caindo na realidade depois de um sono tão pesado que eu tive. Oh não, diga que eu não sonhei com isso.

Quer dizer, Camila e eu passamos bastante tempo juntas ontem para fazermos o trabalho, por isso que veio um sonho tão aleatório...isso não quer dizer nada, foi apenas um sonho esquisito e sem sentido. Para o meu desespero, me encontrei completamente ereta e com a bexiga prestes a explodir. EU ODEIO EREÇÃO MATINAL! Corro para o banheiro onde choraminguei por longos minutos até esvaziar a bexiga. É claro que só tive ereção por estar apertada demais, certo? Certo. Não sei quanto tempo fiquei no recinto para fazer minha higiene matinal, só sei que coloquei a primeira roupa que eu vi assim que cai de lá e desci às pressas.

- Maninha – Taylor tentou me mostrar algum brinquedo novo, porem passei reto por ela a ignorando completamente – MANINHA!

- Agora não, Tay – Invado a cozinha só para roubar uma maçã – Eu preciso ir pra escola.

- Por que tanta pressa? – Clara arqueou uma das sobrancelhas, mostrando-se bem confusa com minha agitação.

- Só... – Fito o relógio de parede que mostra que estou adiantada – achei que estivesse atrasada.

- Tome café direito, Michelle – Ela não ordenou, apenas pediu sem ser grossa.

- Essa fruta já me sustenta – Abocanho a maçã bem vermelhinha e docinha, chega estralou quando mordi – Papai, você pode me dar vinte dólares?

- Para que quer tudo isso? – Michael largou sua xicara cheia para me dar toda atenção e sua feição está bem séria.

- Gostaria de comprar alguma comida na cantina – Apresso a dizer antes que o mesmo argumentasse contra – e você sabe que eu não suporto a comida que eles dão.

- Você sabe que eu não posso ficar te dando dinheiro todos os dias.

- Vocês – Aponto para os dois que fecharam a cara – vivem gastando dinheiro com brinquedos para meus irmãos e eles conseguem destruir no primeiro dia.

- Você está com ciúmes? – Minha mãe riu.

- Não estou com ciúmes – Cruzo os braços abaixo dos seios, não acreditando no que acabei de escutar – Só estou mostrando a injustiça.

- Só hoje, princesa – Michael vasculhou o bolso da calça até tirar a carteira e de lá dentro, pegou duas notas – Agora me da um beijão na bochecha.

Quando foi a ultima vez que ele esteve carinhoso desse jeito? Não lembro. Acatando seu pedido, deixei um beijo forte na bochecha gordinha e assim me despedi deles antes de sair as pressas com a bicicleta. Botei forças nos pés para pedalar rapidamente e seguir o mesmo caminho de sempre e uso o do mais fácil para não ter que enfrentar o trânsito louco de Miami. Chegando lá, avistei Vero e Lucy no estacionamento, ambas estão trocando beijos como sempre, não sei quem da mais pegada e nem quero saber. Alguns alunos entravam, outros aproveitavam para flertar com as líderes e... tem a Lindsey. Estranhei o fato da loirinha estar cercada por mimadas e jogares babacas e isso é completamente normal, mas o que me deixa com uma pulga atrás da orelha é ver algumas de suas amigas chorando, inclusive a própria Lindsey.

My First Love - CAMREN (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora