My First Love - CAMREN (G!P)

O video

Preparados?

P.O.V Camila

Depois das aulas, que assistimos pouco, ao invés de eu deixar Lauren ir embora, sugeri que fossemos a praia para curtirmos mais um tempo juntas e a surfista aceitou na hora, tirando a tristeza da cara. É claro que não foi fácil sair da escola por causa dos babacas, mas Lauren ouviu o que eu disse, pegou na minha mão e agiu como se nada tivesse acontecendo, ignorando qualquer piadinha de mau gosto. Os outros? Ficaram para trás e aos poucos pararam de perturbar vendo que não demos palco. Lauren e eu fomos de bicicleta, foi uma aventura que só naquele cano e ela pedalando loucamente me fazendo gritar a cada minuto. Só sei que valeu a pena cada segundo, principalmente quando chegamos na praia. As mochilas ficaram enganchadas na bicicleta e de mãos dadas, nós caminhamos pela areia quente. Não liguei por estar com os pés torrando, pois é, tiramos os sapatos. A branquela parou no meio do caminho, consequentemente me freando também, ela apenas agachou para levantar um pouco a barra da calça.

Então seguimos de mãos entrelaçadas, sorrisos nos rostos e presas no nosso mundinho perfeito. A parte rasa do mar invadiu meus pés, aliviando a queimação por causa da areia quente, quase soltei um gemido de satisfação. Lauren deu a volta, ficando atrás de mim só para passar os braços em volta e pousar o queixo no meu ombro. O silencio está tão gostoso que eu não sei se quero que ele acabe, mas também gosto muito de escutar sua voz, ainda mais ao pé do meu ouvido. O sol está tão lindo, batendo no mar e dando aquele reflexo tão lindo.

- Só faltou você surfando – Foi eu que quebrei o silencio, não consegui controlar a língua, ainda mais por ver algumas pessoas surfando.

- É mesmo – Lauren concordou no meu ouvido e eu fiz de tudo para apreciar mais essa voz rouca – Hoje o dia está perfeito para surfar.

- A propósito, estou com saudades de te ver surfando – Percorro a mão por cima das suas que estão entrelaçadas sobre minha barriga – Acho que eu nunca vou cansar de dizer o quanto você manda bem nisso...é como se você tivesse nascido para ser surfista – Comento abobalhada.

- É tão gostoso escutar isso – Ela ronronou coladinha em mim, virei o rosto para o lado a tempo de flagrar seu sorriso aberto – Ver que tem alguém que acredita tanto em mim.

- Eu já disse, sou sua fã número um – Estico somente o tronco para deixar um beijo estralado na bochecha dela.

- Eu sei... – Aproveitando que ainda estou com a cabeça virada para o lado, ela bicou meus lábios generosamente e sorriu contra eles – sabe, eu posso pegar minha prancha se você quiser, eu moro perto daqui mesmo...

- Seus pais podem te prender em casa e eu vou acabar ficando sem você – Armo um biquinho com a possibilidade.

- Hum – Lauren se pôs a pensar por um breve instante – Mas eu posso muito bem pular a janela para fugir deles e poder te encontrar outra vez.

- Tudo isso só para me ver?

- Só para te ver – Concordou, me aconchegando em seus braços.

- Assim eu viro uma manteiga derretida, Lo.

- Golpe baixo?

Giro sobre seus braços só para afirmar que aquilo realmente foi um golpe muito baixo. Já disse que não consigo ficar séria perto dela? Lauren tem um poder incrível sobre mim, sabe me deixar fraca, mas também consegue deixar forte. Antes que eu pudesse pensar em mais alguma coisa, ela tombou a cabeça na minha direção e eu fiz questão de acabar de uma vez com essa maldita distância. Minha boca grudou no lábio inferior dela, beijando-o no segundo seguinte. Por sua vez, ela entreabriu levemente a boca só para os lábios ficarem mais encaixados e funcionou. Demos continuidade com aquela troca de carinho intimo, ambas entregues, rendidas uma nos braços da outra. Nossos lábios selavam com cuidado, é como se tivessem medo de quebra-los, mas também deixava claro o quanto queremos esse beijo. De repente, Lauren puxou minhas coxas até eu ficar suspensa e eu já começava a sorrir contra sua boca, porem senti a água salgada invadir cada buraco. Não acredito que essa leite azedo fez isso! Começo a desferir tapas as cegas por ainda ter água no rosto, pelo menos consegui acertar duas vezes o braço dela. Quando passei as costas das mãos pelos olhos, enxerguei a surfista tão molhada quanto eu e agora se aproximava por saber que eu parei de bater.