Emprego

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Cheguei para animar vcs, cheirosooos

P.O.V Camila

E a rotina voltou assim que a ressaca foi embora. Voltar a estudar foi insuportável por conta das meninas só saberem falar da boate e de como foi divertido, e até mesmo inventaram de repetir a dose. É claro que Lauren e eu negamos prontamente e ameaçamos espancar as garotas caso queiram aprontar para cima de nós só para irmos a boate. Eu não gosto nem de ouvir esse nome! Conforme os dias foram passando, eu fui distribuindo currículos para todos os lugares que fiquei sabendo que estão contratando e pedi a Deus para que encontrasse um emprego para que eu pudesse ajudar Mercedes. Não quero que a senhora arque com tudo sozinha, agora que estamos morando com ela, a despesa fica maior. Então foi ontem a tarde que recebi uma ligação de um tal de George Davis me chamando para uma entrevista de emprego em plana manha do dia de hoje. Sim, eu vou chegar atrasada na escola e é por um bom motivo. Se estou nervosa? Pra caralho!

É a primeira vez que alguém me chama para entrevista, então preciso dar o meu melhor e conseguir essa única vaga disponível. Hoje dispensei minha namorada, não quero que ela chegue atrasa por minha causa, então optei por pegar um taxi. Enquanto o senhorzinho simpático me levava até a loja de livros, fui conversando com Lauren por mensagem e ao chegarmos, consegui ler sua ultima mensagem antes de guardar o celular no bolso da calça jeans. "Boa sorte na entrevista, vidinha". Sorri toda boba apaixonada por aquela garota e o senhor acabou retribuindo o sorriso achando que eu tivesse oferecendo para o mesmo. Coitado! Dei-lhe alguns dólares e assim adentrei na loja.

- George Davis? – Pigarrei para chamar atenção do senhor que está de costa para mim e torci para que esse seja o dono.

- Eu! – Ele se virou lentamente para mim – Camila Cabello, certo?

- Isso mesmo.

- Me acompanhe – George liderou a frente enquanto o seguia e aproveitava para olhar cada prateleira com curiosidade, infelizmente não durou muito já que entramos em uma salinha pequena – Aceita alguma coisa? Café? Água?

- Não, obrigada – Timidamente, sentei na cadeira e entrelacei as próprias mãos. Céus, eu estou tão nervosa.

- Por que uma livraria? – Ele foi direto na pergunta, sem dar chances para eu me preparar.

- Ahn... – Limpei a garganta para que não falhasse – Eu sempre gostei de devorar livros e posso dizer que tenho uma estante cheia – Vi seu olhar analisador – Então quando fiquei sabendo que surgiu uma vaga aqui, eu decidi arriscar, pois é algo que eu gosto e aposto que vou me dar muito bem.

- É um ponto positivo.

- E como já li muitos livros, posso recomendar os melhores para as pessoas comprarem sem medo – Completei ao meu favor com princípio de um sorriso.

- Certo – George mexeu na mesa velha de madeira e entre os papeis, alcançou meu currículo – Você ainda estuda, certo? – Acenei levemente com a cabeça – Acha que o trabalho possa interferir nos estudos?

- Não mesmo – Respondi confiante para não demonstrar meu nervosismo – Sei muito bem separar as coisas e depois da aula estarei disponível.

A entrevista foi bem casual, não tinha nada de perguntas difíceis ou psicólogas que possam tacar o terror apenas com o olhar analisador. George é um senhor simpático até, queria saber bastante coisas de mim e como ficaria o horário, o que me fez sentir que essa vaga é minha, porem não podia comemorar antes da hora. Apesar de achar que estava a uma eternidade presa naquela sala pequena, não tinha nem passado vinte minutos. É horrível fazer entrevista porque da medo e nervoso, as mãos começam a suar e ataca a maldita ansiedade.

My First Love - CAMREN (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora