Bebadas

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E vamos rir pq a vida não tá facil pra ninguem

P.O.V Camila

Pela quantidade de álcool que ingeri, é evidente que não estou mais sã. A cabeça zonza e visão turva me fazia ver duas da garota irritada e molhada. Ela gritava algo para mim, mas eu não conseguia escutar por conta da musica alta e também por estar embriagada demais. Nunca pensei que fosse estar nesse estado, mas pela primeira vez, não estou sóbria e consciente. A garota de cabelo trançado avançou com as mãos fechadas em punhos, o rosto vermelho e molhado pelo banho de drink que dei nela. Acabei rindo alto, achando graça do jeito feroz de como estar se aproximando, é como se realmente fosse brigar. Espera, isso tudo é apenas uma brincadeira, certo? Gargalhei extremamente alto ao ser empurrada bruscamente, chegando a cambalear algumas vezes a ponto de cair no chão, mas por obra de Deus, os pés firmaram e eu continuei de pé. Participando da brincadeira, avancei bruscamente, retribuindo o empurrão e acho que peguei pesado demais, pois a menina espatifou a bunda no chão. Ah, que pena!

Então lembrei o motivo de ter jogado o drink na cara dela. Maldita comedora de casadas! Novamente vi duas dela e tentei avançar na tentativa de pisoteá-la até arrancar pelo menos um fígado, eu acho. O pé parou com tudo no chão, achando que tivesse acertado sua irmã gêmea que nem sequer existe. Levanto novamente o pé para abaixa-lo na cabeça dela, porem novamente acertei o nada. A garota de cabelo trançado fez uma careta estranha e levantou por conta própria, ficando na minha frente como se eu não fosse uma ameaça. Isso é tão injusto, tem duas contra uma.

- JÁ CHEGA! – Por um milagre divino, consegui agarrar a trança e puxei com força, arrastando a garota para ficar de frente com a irmã gêmea inexistente – Está vendo isso? Sua irmã é uma vadia que está querendo dar para minha namorada! – Cravei os dedos na traça e firmei só para escuta-la gemer de dor – ISSO NÃO VAI ACONTECER! – Novamente puxei, só que agora para trás e com tanta força que ela caiu com tudo no chão, e a trança ficou na minha mão – É FALSO! É FALSO! É FALSO!

- OH MEU DEUS! – Normani explodiu em gargalhadas ao abraçar meus ombros – Essa perua é uma vadia mesmo.

- Garota, você é mais falsa que nota de três reais – Tive o prazer de rir na cara da garota que está caída no chão e com os olhos arregalados – E ainda acha que pode ter Lauren Jauregui? Aqui pra você! – Pego na minha intimidade como se eu tivesse um pau.

- Amor – Lauren andava toda trançada com uma garrafinha de água em mãos – Aqui p-pra você...m-minha campeã.

- Você viu, meu amor? Eu arranquei o cabelo falso daquela vadia e agora ela está chupando dedo – Encosto na minha namorada, pois não conseguia ficar por muito tempo em pé sem virar uma vara verde.

- N-nunca...mais – Ela apontou para a garota que continua imóvel – mexa com minha latina...e ela não tem um pênis.

- Mas você tem – Sorrio desengonçadamente para a surfista. Ao sentir a garganta seca, agarrei a garrafinha de água e virei praticamente toda – AH, EU LEMBREI!

- O que? – Lauren se virou para mim, parando de rir da cara da idiota caída.

- Vem – Pego na mão dela, começando a puxa-la pela boate como se nada tivesse acontecido – Eu vou te mostrar quem é que manda e a quem você pertence.

- Camz, eu ainda estou de pau duro.

Ignorei seu comentário enquanto a arrastava pela boate deixando todos para trás, inclusive a garrafinha que joguei no chão como uma adolescente rebelde. Hoje é dia de maldade! Aos tropeços e zigue-zagues, alcançamos o banheiro. Para nossa sorte, o mesmo não está cheio e só tem uma menina que está se olhando no espelho dando os últimos retoques na maquiagem.

My First Love - CAMREN (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora