My First Love - CAMREN (G!P)

Eu estou preocupada com você

E esse diretor hein? Huuuuuuuum.

P.O.V Camila

Eu sempre vi reportagens sobre atentados nas escolas, alunos pirando o cabeção e matando colegas ou professores e por aí vai, sempre tive medo dessas coisas, só não esperava que isso fosse acontecer comigo. Sempre pedia a Deus para que não acontecesse nada na minha escola e hoje o terror aconteceu. Foi tudo tão rápido, mas na hora do desespero pareceu que o tempo não passava, é como se eu estivesse presa em um labirinto sem saída. Alguém estava ali, a luz não acabou de repente, a pessoa que fez isso para sair esfaqueando qualquer um que estiver na sua frente. Um plano. Tudo aquilo foi planejando! Quem? Por que? Isso não sai da minha cabeça, pois consigo pensar em tudo e ao menos tempo penso em nada. Qual é desse assassino? Sua intenção foi mesmo me acertar? Ou acabou me cortando sem querer? É claro que é um pensamento tolo e inocente, mas são nessas horas que temos que pensar em tudo, não podemos deixar nada para trás.

Sempre fui fascinada por documentários de acontecimentos reais, principalmente de atentados nas escolas, e eu via cada vídeo, mesmo contendo cenas fortes, eu me sentia presa naquilo e com medo, mas não conseguia parar de ver. A gente assisti esperando que isso nunca vá acontecer com nós, mas é quando você menos espera que acontece. Lauren conseguiu me arrastar para fora da escola já que a luz voltou totalmente, seu braço passado por minhas costas e a mesma mão segurando firmemente a minha na tentativa de estancarmos o sangue do braço. O estacionamento contem poucos carros por conta da hora, mas Lauren me arrastou para um em especifico que acabara de ser destravado.

- Leva a gente para o hospital – Ela não pediu, ordenou como se realmente mandasse no grande homem ali.

- O que? – Gordon se virou assustado para nós duas.

- Leva a gente para o hospital agora! – Lauren engrossou a ordem, sendo totalmente autoritária ali. Ela puxou a porta do banco de trás e me colocou ali dentro, então logo se ajuntou a mim. – Como consegue fingir que nada aconteceu, diretor?

- E-eu...só estava com o zelador, ele estava consertando o gerador – Gordon se explicou rapidamente e acabou entrando no veículo também – ele manja dessas coisas.

- E quando as luzes apareceram, você inventou de ir embora? Uau! – Gostaria de estar debochando junto com ela, mas preferi ficar engolindo os gemidos de dor – Nem parece que deu um apagão na escola!

- O que aconteceu? – O diretor me encarou através do retrovisor interno.

- A-alguém...a-alguém me cortou – Pigarreio para tentar normalizar a voz, mas a mesma saiu mais sofrida e com razão.

- Você sabia que tinha um assassino lá dentro? VOCÊ NÃO ESCUTOU OS GRITOS?

- É claro que eu escutei! – Gordon exclamou exaltado, a cara já fechando na defensiva – Mas pensei que os alunos estivessem com medo da escuridão.

- Você pensou errado, querido diretor – Lauren decidiu parar de conversar com nosso diretor e me deu toda atenção – Camz, você está bem? Nós já estamos chegando.

- D-dói muito – Por mais que eu pressionava a região, o sangue derramava e melava minha mão, e roupa – E-eu...e-eu estou com medo, Lauren.

- Eu estou aqui com você, Camz.

Ela me fez encostar a cabeça no seu ombro enquanto o carro está em movimento. A cada buraco que passávamos, eu soltava um gemido baixo de dor por conta do corpo se mexer. Céus, que tortura! Lauren reclamava pedindo para o diretor ter cuidado, mas também apressava o mesmo, estando preocupada com a quantidade de sangue que está saindo do meu braço cortado. Felizmente chegamos ao hospital e foi nessa hora que eu comecei a ter medo de outra coisa: meus pais. Se alguém do hospital chamar meus pais, isso aqui vai virar uma zona e eles vão saber do maldito castigo, e eu vou me ferrar mais ainda. É muito fácil mudar a atenção deles, é só eu aprontar o mínimo ou nem fazer isso, já acham um jeito de me culpar.