My First Love - CAMREN (G!P)

Na alegria e na tristeza

Será que vamos ter paz?

P.O.V Lauren

Não sei como tive força para segurar o celular, pois comecei a tremer da cabeça aos pés só por ver um pedaço daquele maldito vídeo. O que fizeram com minha Camila? Me senti dividida, por Deus, eu queria correr atrás da latina e ampara-la em meus braços, mas eu acabei erguendo o olhar e enxerguei Lindsey olhando para cá por cima do ombro do mauricinho novato. Isso não se faz! Como alguém pode chegar a esse ponto? A troco de que? Está ganhando o que com isso por humilhar alguém? Céus, minha menina não merecia passar por isso, aliás, ninguém merece. Deixo o celular cair sobre o gramado, não aguentando mais ver cada frame passando pela tela. Que horror! Piso os pés furiosamente sobre o chão, gradativamente acelerando os passos na mesma intensidade que o ódio está me corroendo e me deixando cega de raiva. Ao deparar com minha presença, Lindsey se afastou dos braços do garoto e arregalou os olhos. É claro que foi essa maldita! Espalmo as mãos sobre seus seios, empurrando-a com toda a força e ela só não caiu por sorte, mas no segundo seguinte, desferi um soco forte de direita em seu rosto e dessa vez espatifou no chão.

O mauricinho entrou na briga, empurrando-me prestes a desferir um soco, mas agachei lembrando da aula de defesa pessoal e tão rápido pensei, quanto agi ao chutar em cheio o meio das pernas dele. Ele caiu com a mão na região, choramingando de dor, mas por agora vai me deixar em paz. Puxo o cabelo loiro ressecado e a sua cabeça acompanhou na tentativa de cortar a dor, o que foi em vão. Segurando-a firmemente ali, os nós dos meus dedos cravaram certeiramente na fuça dela, tirando sangue do nariz e até a boca foi atingida.

- COMO VOCÊ OUSA? – Puxo com mais força o seu cabelo, sentindo alguns estalos por ter arrancado vários fios ao mesmo tempo – VOCÊ NÃO TEM CORAÇÃO?

- M-me...m-me...s-solta!

- AGORA QUER QUE EU TE SOLTE? – Elevo a cabeça dela para trás, deixando o rosto exposto só para eu estapeá-lo e o primeiro tapa a fez virar a cara – VOCÊ É UM LIXO! OLHA A PORRA QUE VOCÊ FEZ, LINDSEY!

- S-solta...

- Está fazendo isso a troco de que? Quer tanto rebaixar alguém só para se sentir superior? VOCÊ PERDEU TUDO, GAROTA! TUDO! – Desfiro outro tapa, virando a cabeça dela novamente e eu tive que puxa-la para me olhar – Você não tem mais amigos, você mesma fez questão de afastar qualquer um! – Cuspo as palavras na cara dela – Tem que ser muito infeliz mesmo para humilhar as pessoas, chegando a ser extremamente cruel e...

- P-para...

- APOSTO QUE NEM SEUS PAIS GOSTAM DE VOCÊ! – Acho que consegui tocar em um ponto sensível dela – Eles devem viver trabalhando e nem te dão atenção, a única coisa que ganha é luxo, mas acha mesmo que vai conseguir levar os bens materiais quando morrer? VOCÊ NÃO VAI LEVAR PORRA NENHUMA! – Os olhos dela marejaram na mesma hora – Ninguém te ama, ninguém te suporta...VOCÊ É UMA FRACASSADA QUE QUER CHAMAR ATENÇÃO!

- P-para... – Lindsey tentou me afastar, mas nem ela tem força para isso.

- Espero que nunca use isso como desculpas – Balanço a cabeça dela com força, os dedos entrelaçados nas mechas e machucando-a de todas as formas – Camila não tem culpa de você ser infeliz, de não ter pais presentes ou qualquer merda que aconteça na sua vida. Está escutando? CAMILA NÃO TEM CULPA DE PORRA NENHUMA, LINDSEY!

Finalmente solto o cabelo da garota, mas não parei por aí, continuo cega de ódio e querendo descontar todo o sofrimento de Camila em cima dessa maldita culpada. Isso não vai ficar barato! Com as duas mãos, agarrei o pescoço da piranha, os dedos ficaram fechados em volta e perfeitos para eu começar a apertar aquela região. Lindsey segurou nos meus pulsos, tentando me impedir, só que quanto mais ela fazia isso, mais eu apertava e enxergava o desespero nos olhos inchados, e marejados. O sangue está escorrendo pelo nariz e boca dela, a pele vermelha pelos tapas estralados que levou. Seguro com mais força, sentindo-a se debater, mas começava a ficar mais fraca e eu já estava descontrolada, querendo matá-la com minhas próprias mãos. Então mãos me puxaram com tudo para trás e vi que Dinah está me imobilizando-a, impedindo que eu matasse aquela vagabunda. Falando nela, Lindsey caiu com tudo no chão, meio acordada, meio apagada.