Nove

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Maratoninha das mulheres 🌹
+7
Gustavo | Soldado 🔫

O Coronel tava me tirando do sério, cara filha da puta achando que eu era garoto de recado dele, vai se foder.

Papo que aqui dentro ou tu blinda tua mente ou enlouquece legal e ele curtia tirar onda com a minha cara.

O plano dele era me enlouquecer tava fodido não ia conseguir.

Me colocar pra levar recado e lavar banheiro? Se liga porra!

O dele esta guardado pra caralho e não passa de hoje, ele queria me enlouquecer e conseguiu mesmo, só que de uma forma ruinzona pra caralho não da forma que ele queria.

Meu avô foi polícia e me treinou a vida inteira, e deixou claro se a onda vier forte seja tsunami.

Passo a mão no rosto, com a maleta de malote na mão, entro na sala dele sem bater mermo.

Coronel TJ: Esqueceu de bater nessa porra moleque e só não vou te arrebentar por que vou pra Pedreira pegar uma putinha de lá — ele deu risada.

Rio sem humor, jogando a maleta na mesa dele.

— Coragem, um velho fudido desses. — nego com a cabeça. — 50 mil do Jacarezinho.

Coronel TJ: Cadê o da Pedreira? — ele me deu sendo séria.

— Não quer fechar 50 mil, falei semana passada. — falo sério.

Coronel TJ: Então tu que vai pagar essa porra — ele bateu na mesa com raiva.

— E porque eu que vou pagar? — cruzo os braço do maior tédio.

Coronel TJ: Tu que foi lá e não soube apertar a vagabunda da sereia — ele bateu a mão na mesa.

— Sou teu pombo correio não caralho, vai tu lá então velho desgraçado.  — bato a mão na mesa também, encarando ele. — Tu não bate de frente com ninguém, se esconde atrás da gente pô. — riu debochado.

Coronel TJ: Tá grandão sem medo né filha da puta do caralho — ele levantou da mesa, me encarando.

— Eu sou grandão mermo, minha mente é. — encaro ele serinho.

Coronel TJ: Tua mente pode ser mais aqui dentro é um grande bosta, que recebe ordens de mim — ele falou alto me encarando.

— Não por muito tempo. — nego com a cabeça, começando a rir.

Coronel TJ: Vai vazar daqui ? Eu não vou autorizar moleque — ele levantou sem a farda, saindo da sala.

— Eu vou tomar meu lugar de você. — dou risada, vendo ele se virar. — Já que ser coronel nunca foi pra ser você, papai. — me sento na cadeira que ele estava, rindo.

Coronel TJ: Tá sentindo o gostinho da minha cadeira moleque filho da puta — ele voltou com as mãos no bolso, aquela cara de debochado.

— Vou me sentar aqui por muito tempo, já não sei você, quem sabe a última vez que você se sentou aqui foi essa? — sorrio de lado.  — Tempo é incerto, pessoas morrem todos a dias, mais por suicidio coronel? Quem imaginaria?

Coronel TJ: Tá me ameaçando fedelho ? Tu não mata ninguém, não sabe nem cobrar uma mulher toma uma pressão, vergonha dessa farda — ele falou olhando no meu olho.

Aponto a arma pra ele, atirando na cabeça dele direto.

— Que pena. — nego com a cabeça. — Agora só arrumar a cena toda e me fazer de “ eu falei pra ele não fazer, ele não quis me ouvir “ — dou risada. — Foi um favor que eu fiz pra todos nós. — ando até ele puxando seu corpo.

O bom de ser polícia é que a gente sabe montar a cena certinho, e deixa todo mundo achando que o coitado não suportou a porra da pressão de ser um Coronel.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora