Quarenta e quatro

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Bernardo | BN 🚬
(Estou generosa hoje 🥹)

Tá tudo certo e o mundo dá uma volta de 360 pra pior, tinha a questão da Ana e do Gael, a Kiara me enchendo saco e as milhões de mensagens que eu estou recebendo.

E a Madu dizendo que a menstruação dela está atrasada 15 dias, só faltava essa mermo.

Tô ficando louco, porra não aguento mais essas mensagem enchendo a porra do meu saco.

— Mãe? — entro em casa, sentindo o cheiro de comida já.

Liz: Fala Bê — ela apareceu cansada pra caralho.

— Vê se a senhora conhece. — estendo o celular pra ela. — Faz mais de uma mês eu bloqueio essa porra e sempre aparece mais.

Liz: Lê pra mim Bê só pra eu não queimar o negócio aqui — ela falou mexendo no forno.

Viro o celular pra mim, indo nos prints.

— Sua vida é uma farsa. — suspiro cansado. — Tiraram você de mim, seus pais não são quem dizem ser,  te roubaram de mim, me encontra na orla de Ipanema, não me bloqueia quero te conhecer e várias outras.

Ela soltou o copo que estava na mão dela.

Liz: É a Priscila essa filha da puta — os olhos dela encheu de lágrima.

— Que foi mãe? Calma. — vou pra perto dela, juntando os vidros.

Liz: É a moça que te gerou Bernardo, bloqueia ela pelo amor de Deus — ela colocou a mão na testa nervosa.

— Já bloqueei, mas sempre começa de novo. — abraço minha mãe, passando a mão no cabelo dela. — Quer água mãe?

Liz: Ela vai te levar de mim Bernardo, que porra meu Deus — ela falou com voz de choro.

— Claro que não mãe, não fala besteira. — abraço ela forte, passando a mão no seu rosto.

Um barulho altão lá em cima se fez presente.

Liz: A Analua meu Deus — ela me largou subindo correndo.

Subo logo atrás, vendo a Ana caída no chão.

— Mais que porra Ana, tu sabe que não tá conseguindo caralho. — minha mãe tem paciência pras birra dela, eu não tenho tô ciente que o bagulho tá foda mas assim também não da caralho.

Analua: Eu sei perfeitamente que tô inválida caralho — ela falou com voz de choro — Eu só quis ir pra cadeira.

— Inválida o que porra? Para de ser otaria, caralho. — ergo ela, pondo na cadeira. — Tu só vai se machucar assim, não tenho paciência, na moral, três vezes no dia.

Analua: É por que não é você imbecil do caralho — ela passou a mão no cotovelo que tava fodido pra caralho, ela respirou fundo.

— Então vai tomar no seu cu, ingrata da porra. — saio do quarto, vendo minha mãe lá dentro.

Meu celular apitou novamente e dessa vez era mensagem da Maria.

Whatsapp Maria ❤‍🔥
Maria: mô tá tudo bem?
Senti saudades 😔
— Tá suave, foi pra faculdade?
Maria: Fui sim meu amor...
Bernardo tá tudo bem? Tá seco ☹️
— Discuti com a Ana, quer sair pra almoçar?
Maria: Amor paciência com ela ☹️
Quero me pega aqui na facul.
— Vou tomar banho e aviso quando sair de casa.
— Amo tu ❤️
Maria: Te amo ❤️

Travei o celular tomei um banho tranquilão esse celular não para nenhum minuto que porra.

Desativo a porra do Instagram sem nem ver mensagem nenhuma.

WhatsApp Maria ❤️‍🔥

— Tô saindo amor.

Maria: Estou te esperando, vou trocar de roupa tirar o branquinho 🫶🏽

Entro no carro, dirigindo rapidão pra faculdade dela, parando no mesmo lugar de sempre.

A Kiara tava parada na frente da faculdade ela veio pra perto do carro toda feliz.

Ela bateu no vidro toda feliz com as mil bolsas.

— Qual foi? — falo sério negando com a cabeça, não achando a Maitê.

Kiara: Veio me ver ? — ela se apoiou no vidro.

— Não. — falo sério, vendo a Maitê lá atrás. — Tô ocupado.

Kiara: Veio buscar quem então? A Maitê ? — ela cruzou os braços — Me dá uma carona.

— Não tem espaço pra você, tá vendo não que tá cheio? — fecho o vidro do lado que ela tá.

A Madu parou na porta do carro trocando algumas palavras com a Kiara e logo entrou no carro com cara de choro.

— Que foi amor? — coloco as coisas dela no banco de trás, aproximando o rosto do dela.

Madu: E essa carinha sua de bravo? — ela tirou a blusa como sempre fazia.

— Qual foi dessa cara de choro? — dou um selinho nela.

Madu: Vomitei — ela sorrio sem graça.

Faço cara de nojo.

— E não avisou antes? Logo te beijei. — gasto rindo.

Madu: Queria vê se me amava mesmo — ela deu risada — Droga nem ama pô — ela gastou de volta.

— Eu te amo, quer almoçar o que hoje? — ligo o carro, saindo do estacionamento da faculdade.

Madu: Bora de comida japonesa? — ela sorrio pra mim.

— De novo? Terceira vez na semana amor. — levo a uma mão na nuca dela, fazendo carinho.

Madu: Então eu deixo você escolher mô — ela sorrio pra mim.

— Maior vontade de comer em rodízio. — olho pra ela que tá branca igual folha.

Madu: Para o carro amor — ela falou tapando a boca.

Paro o carro perto da calçada, olhando pra ela abrindo a porta.

Ela desceu rápido vomitando um bocado.

Só passou na minha mente mermo, que fodeu.

FODEU PRA CARALHO.
FODEU.
FODEU MERMO.

— Próxima parada, farmácia. — rio nervoso, descendo do carro pra ajudar ela.

Madu: Pega minha garrafinha de água amor, pelo amor de Deus — ela falou respirando fundo.

Pego a garrafa, dando na mão dela, segurando seu cabelo.

Ela tomou lavou a boca molhou a nuca e me olhou.

Madu: Tô bem — ela me olhou com sorriso de pânico.

— Acho que já temos a resposta. — olho pra ela tentando não demonstrar o puta pânico que eu tô. — Tá suave? Vou parar na farmácia ali na frente.

Ela me olhou negando voltando pro carro.

Madu: Eu tô com medo pra caralho — ela me olhou.

Entro no carro, segurando a mão dela dirigindo com a outra.

Ela tá com medo e pela primeira vez na vida tô com dez vezes mais medo.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora