Cento e vinte três

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Gustavo | GV 🔫

O tumulto da cidade grande é do caralho, porque essa paz da fazenda é bom pra porra, vivia fácil aqui.

A Ariel tinha dormido pra caralho mas agora estava com a mãe dela e a Madu falando de sei lá o que enquanto o moleque tava aqui no meu colo.

Hariel só babava em mim, mudar meu nome pra babador porque porra, passo a mão no ombro, limpando.

Ele ficava com a boca aberta o tempo todo, mó boca aberta sai fora.

Foi quando vi um carrão da porra todo filmado entrar na fazenda, me fazendo encarar ele.

Não entendi nada e não faltava ninguém, vai saber que eles tem mais parente que eu não sei.

O vidro do passageiro abaixou mas não deu pra ver quem era, foda que estava sem arma aqui agora.

Foi quando a voz feminina apareceu...

— Vim roubar esse branquelo pra levar pra São Paulo — a risada era familiar.

— Ele nem vai com você. — faço careta, vendo a Analua, sentindo molhar meu ombro, de novo.

Ela desceu do carro com o cabelo com os fios loiros com uma aliança que brilhava pra caralho.

Analua: Ai meu Deus, como você tá lindo — ela veio andando um pouco lento mas muito melhor do que saiu daqui.

Moleque era engraçado, fechava a cara legal pra todo mundo, maior graça.

O Gael desceu do carro forte pra caralho, moleque tava maior que eu e era mó graveto.

Analua: vem com a tia? — ela chegou mais perto.

Ele tava todo serinho, babando entreguei logo o moleque que babe nela agora.

Ele era safado pra caralho ficou todo parado olhando pra ela babando, só que literalmente.

Gael: E ai pô — ele falou com um sotaque paulista, fez um toque comigo.

— Tranquilo? — faço toque com ele, tirando a camisa babada.

Gael: Cansado pra porra — ele estralou o pescoço, passando a mão no braço dele fechado de tatuagem.

— Quarto de vocês está lá. — aponto com a cabeça, sentindo a maconha no bolso.

Gael: Vou dormir porque minha coroa vai falar um monte, casamos — ele falou calmão.

— Ainda bem que tu tá ligado. — faço com a mão que ele se fudeu, rindo de lado.

Era maneiro a forma que a família era unida, nunca precisei de ninguém e tô ligado mais seria foda ter pais, uma família mermo minha.

Ele passou a mão na cabeça concordando.

Gael: Quer um pra você? — ele falou pra Analu passando a mão na cabeça do Hariel.

Analu: Ainda não amor. — ela riu, beijando a bochecha do Hariel. — Precisamos ajeitar nossas vidas, a rotina.

Gael: A gente nem dorme — ele deu risada — Moleque tá a cara da Ariel.

— usa droga demais tu, moleque é eu. — sento no banquinho, segurando pra caralho a vontade de fumar.

Gael: Nem baseado tô fumando, povo chatão lá de São Paulo do condomínio sai fora — ele encostou no carro — Ariel em moleque.

— Agora tá tranquilo, tô morando em casa mais não fumo por causa do moleque e da Ariel mermo. — passo a mão na camisa, jogando no ombro.

Gael: A mais fumadora de maconha não tá curtindo mais ? — ele ergueu a sobrancelha.

— tá nada. — faço uma linha fina com os lábios, sentindo o sol quente.

Analua: vou levar ele comigo pode ? — ela me olhou com ele deitado no ombro dela.

Balanço a cabeça que podia levar ele, olhando pra ele todo safado moleque puxou o pai.

Homem chegava perto dele mó bico da porra, agora mulher ele ia que ia.

Ergo o olhar vendo o Lucca encostado na cerca olhando o lago no meio do campo.

O Gael entrou lá e ficou eu no mesmo lugar, passo a mão no bolso, acendendo a maconha deixando na boca.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora