Cento e trinta dois

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Bernardo | Matador

A culpa do caralho todo foi minha, ela nem deveria ter me dado, ela passou mal por conta do k.o que eu falei de paz lá no sítio, e agora ela não quer acordar porra caralho que isso mermão.

Só deu tempo de eu pegar esse bagulho de Uber mermo pro morro, de qualquer forma eu ia ter que aprender a cuidar das cria.

Poucas vezes na vida eu tinha feito um bagulho tão lindo quanto essas duas, elas me olhavam pra caralho, a Marina parecia que eu vi a Maria ali mas a Beatriz eu via eu, eu nunca fui de chorar mas o bagulho tava louco eu não sabia o que fazer.

Coloco as duas na minha cama em casa, que tava com cheiro de limpa mermo, pegando o celular pra ver que bagulho ia dar pra elas.

A Marina era paz igual a Maria mas a Beatriz era agoniada igual eu, e já tava choramingando novamente, o que tava me deixando nervosão sem entender o que o bagulho de YouTube tava falando.

Pego o radinho, na linha com a Talita.

Radinho On.
— Talita, se liga, trás aquele bagulho de leite de bebê sacou? E duas parada de por leite.
Talita: Tem fralda aí?
— Esse bagulho precisa também, roupa tá ligada tu busca onde vou mandar pra tu, fala que trabalha pra mim e vai rápido.
Talita: Tá bom.
Radinho of.

Parecia que eu sentia a Maria perto de mim quando eu segurava elas, mó paz ver elas ali igualzinhas.

Passo a mão no cabelo, olhando a chatona la, papo que parecia que ia chorar.

Só foi eu falar que a chatona começou a chorar e chorar com vontade chegava a doer o ouvido, a outra acordou e começou a fazer bico pra chorar, ou seja tô fodido.

Tinha bagulho nenhum pra por na boca das cria, coloquei meu dedo mermo vendo a outra não chorar mais a dois chorava pra caralho.

Ela sugava meu dedo pra caralho tava com fome, foi quando ouvi a voz da Talita lá embaixo, coisa de segundos entrando no quarto com as duas mamadeiras.

Talita: Toma — ela me entregou — me dá essa ai.

— Tua mão tá lavada filhona? — falo serinho, tirando meu dedo da boca da cria, pondo a mamadeira minúscula pra porra.

Talita: Eu já tive filho, Bernardo tá me tirando? — ela falou vindo pegar a Marina.

— Vou saber. — maior passa a fome a garota, mamava forte mermo.

A Talita pegou a Marina que mermão abriu o berreiro de chorar mermo, queria o colo dela não.

— Me dá aí. — olho pra ela, segurava a cria mais desengonçada que eu.

Ela me deu a Marina que foi parando de chorar mas ficava mexendo a língua pra fora.

Talita: ela tá com fome — ela falou olhando — cadê a mãe delas?.

Coloco a mamadeira na boca dela, que mais tirava da boca que tudo, puta que pariu.

— Minha mulher tá no hospital. — falo respirando fundo.

Talita: Então deixa as cria lá com ela cabeça, ela deve ter leite e isso ajuda, e outra mãe sabe — ela falou me olhando.

— Ela tá em coma caralho.

Talita: Vish entendi — ela veio pra perto pra pegar a Beatriz a menó encarou ela serinha.

— Vai garota, segura o bico pô. — arrumo na boca dela de novo.

Talita: Eu durmo aqui pra ajudar tu — a Marina mamava de boa no meu colo já a Beatriz encarava a Talita, cê nem tem tamanho.

— Jaé, sala tá livre pra tu. — termino de dar a mamadeira fazendo igual o vídeo lá pra arrotar, depois pondo ela na cama.

Talita: Qualquer b.o me chama que eu subo — ela falou passando a mão no pescoço.

Concordo com a cabeça, pegando o celular de volta pesquisando como trocar fralda lá.

Olhei pra barra de notificação vendo a mensagem da Ariel.

"Se precisar de mim é só chamar tô cuidando do Hariel, dá mamadeira pra elas a cada 3 horas tá, e dorme sem camisa pra elas sentirem seu calor. "

Respondo um joia tirando a camisa da forma que ela mandou lá, pondo elas juntas perto de mim.

Uma cria curtia o grude da irmã e a outra não, maior neurose colocar uma de cada lado meu.

A Marina dormiu rapidinho com meu calor, agora a outra o olho clarão ficava me olhando.

— Me olha muito não que fico logo bolado parceira. — murmuro baixo.

E pela primeira vez ela deu um ar de riso, bonito pra caralho mané.

— Vai dormir, feiosa. — passo o dedo no cabelo dela.

Ela ficou me encarando um tempão, sorrindo pra mim linda namoral linda mermo.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora