Cento e trinta sete

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Gustavo | Coronel

A parte mais caótica da nossa vida começou, Hariel tá aprendendo a andar não quer mais ficar sentado só andando pra cima e pra baixo, mais cai do que fica de pé, já cortou a boca, já ralou o joelho, tá do caralho, o pior que eu e a Ariel a gente da risada dos tombos dele.

Mais é uma fase gostosa pra caralho, fora estar pondo portão em tudo quanto é lugar pro moleque não se matar sozinho.

Já coloquei portão na escada porque o moleque é terrível mermo, puxou a mãe atazanado da porra.

Ariel: Hariel sossega parceiro, seu pai tá dormindo — ela falou no corredor.

Dormindo? Tô nada meti o louco pra ter paz sem o moleque um pouco.

Hariel: pa pa pa pa pa pa pa pa — ele destrambelhou a falar.

Ariel: Chega filho, chega pelo amor de Deus, vem mamar vem — ela falou com ele.

Levanto da cama, aparecendo no corredor com ele todo feliz já.

Hariel: pa pa pa pa pa pa — ele pediu pra descer do colo da Ariel.

— Dormir mermo tu não quer? Porra. — pego ele dela, olhando que ainda tinha 3h pra eu descer pro quartel.

Ele não sabia falar não, mas fazia não com a cabeça, se pá nem entendia o que era não.

Ariel: vida desculpa ele ficou de boa comigo no banheiro enquanto eu tomava banho, mas essa benção conseguiu abrir a porta, eu vacilei deixei só encostado também — ela falou enrolada no roupão.

— Fico com ele, vai se trocar que tá frio pra caralho. — beijo a testa dela, com o moleque enfiando o dedo babado no meu rosto todo.

Hariel: pa pa pa pa i i i i i i i i i — ele falou tentando colocar o dedo na minha boca.

— Atentado da porra, para moleque. — seguro a risada, com as tentativa dele lá.

Ariel: Gustavo olha o tamanho dessa barriga cara, como eu escondo essa gravidez? — namoral a barriga dela não parecia que era um não namoral mermo.

— Não tem como. — olho pra ela, com o Hariel com a boca na minha bochecha.

Ariel: Eu não vou ficar sem ir pro morro, vou ter que botar o peito e assumir a gravidez — ela falou puta.

— Falando nesse negócio, tu vai tá lá pra pegar o armamento amanhã? — coloco nosso filho no chão.

Hariel: Bo bo bo bo.

Ariel: Óbvio tá no meu nome, não vou deixar ninguém receber, aquele colombiano filho da puta sempre gosta de me peitar — ela me olhou — Eu sei que você tem negócio com ele, mas comigo ele acha que pode folgar.

— Vai estar gostosa pra caralho no morro. — dou risada, indo atrás do Hariel que estava já na ponta da escada. — Deixar o moleque no teu coroa.

Ariel: Você vai tá lá né filho da puta, só pela cara — dei risada ouvindo ela — Senhor Caos vai amar esse mini caos aí, moleque atentado meu, isso que dá fazer filho em baile, nasce assim — ela falou rindo e ele bateu palma.

— Não posso dar brecha pra dar errado amor. — fecho o portão pra ele não inventar de descer, com ele pondo a boca em tudo quando é lugar. — Vitamina S de sujeira né filho, porra.

Ariel: Harielzito sossega maluco, tá ligado no 220 — ela falou passando creme na barriga — Passa aqui Gustavo.

Passo o creme pra ela, alisando devagar sentindo um chute de leve mermo.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora