Cento e vinte seis

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                                    Bernardo 🚬

A casa estava lotada e mermo eu não gostando, tava feliz pra caralho, meus pais estavam aqui e eu ficava feliz pra porra com eles perto de mim.

Olho todo mundo almoçando já menos a Ariel e o Gustavo, que sumiram.

Senti uma barriga encostar atrás de mim com os braços envolvidos na minha cintura.

Madu: Meu amor não vai comer? — o rosto dela encostou nas minhas costas.

— Tô esperando pra comer com tu. — viro pra ela, passando a mão na barriga enorme.

Ela sorriu toda linda com o cabelo curto molhado.

Madu: Fui tomar um banho porque as meninas estavam mexendo bastante — ela alisou meu rosto com a barriga de fora.

— Nem chamou. — beijo a barriga dela, sentindo mexer fraquinho.

Madu: Você estava com o tio Dante amor, elas estão pesadas e já estão começando a se encaixar — ela sorrio com carinha de medo.

— Três Madu daqui uma semana, porra maluco. — dou risada, selando nossos lábios.

Madu: Eu tô com medo — ela alisou meu rosto selando nossos lábios — Está tudo bem? — fiquei alisando a barriga dela.

— Tranquilo amor, sério mermo. — passo a mão no cabelo dela, sentindo o cheiro doce. — Bora comer, quero comer com tu.

Ela entrelaçou nossos dedos indo para a cozinha que tava lotada, mas o cheiro da comida do meu avô era esculacho.

Madu: O que você quer meu amor? — ela pegou o prato, me olhando.

— O que você for comer, menos o bagulho roxo ali. — ele fez careta.

Madu: Põe suco para suas meninas — sorri ouvindo ela falar colocando comida pra gente sem o bagulho roxo.

Coloco o suco, vendo minha mãe vir na minha reta, me sento na mesa com o copo de suco e o outro de refrigerante mermo.

Liz: Meu bebê — ela passou a mão na minha cabeça.

Madu: Tá bom? — ela apareceu com o prato na mão, sorrindo pra minha mãe.

— Tá bom amor. — sorrio pra ela, olhando pra minha mãe. — Coroa, demorou maior tempo pra meter o pé pra cá.

Liz: Seu pai enrolando, como você tá linda — ela olhou para a Madu.

— Maior grandona a barriga né não? — falo feliz. — Uma semana pô.

Madu: Estou com medo, tia — ela sorriu nervosa — Já encaixaram e o tampão tá saindo tia — ela encostou em mim.

Liz: Vai ser tranquilo, fica em paz. — ela beijou minha cabeça. — e essa aliança dourada aí em.

Madu: Conta pra ela amor — ela deu risada com vergonha.

— O que? — olho pra ela sem entender, olho a madu erguer as sobrancelhas. — pedi em casamento. — falo tomando o  refrigerante.

Liz: E VOCÊ FALA ASSIM BERNARDO? — ela falou alto, fazendo a Madu rir.

— Tu quer que manda o papo de qual forma coroa? — cruzo os braços olhando ela.

Liz: Avisar que ficou noivo que vai casar, que meu menino é um homem — ela falou toda empolgada — Já sabe como vai querer seu vestido Madu?

A Madu dava risada pela empolgação dela.

Madu: Um que me caiba acho válido — ela levou o garfo na boca — Depois das meninas nascerem por que qualquer hora é hora agora tia — ela fez bico.

— Se louco tô nem preparado pra ter três mulher, chega da calor. — passo a mão na nuca.

Liz: Chega de ser o neném da sua mulher, se é que você me entende — minha mãe piscou pra mim — As donas estão chegando.

— Papo tilt, vou parar bagulho nenhum não. — fecho a cara.

Madu: Ele fica bravo, tia — ela me deu comida na boca.

Liz: Toma vergonha na cara Bernardo — ela bateu nas minhas costas, saindo da mesa.

Mastigo a comida que ela trouxe a minha boca, passando a mão na barriga dela devagar.

Madu: Melhora essa cara amor — ela falou pegando meu copo.

— Qual cara? — olho pra ela. — bebe teu suco, laranja.

Madu: Cara fechada amor, só por causa do peito — ela fez biquinho.

— Tô ligado que tem que parar o bagulho pelas cria.

Madu: Mais vai ficar assim comigo ? — ela me encarou.

— Como? — olho pra ela.

Madu: De bico — ela me deu comida na boca de novo.

— Vou nada pô. — aliso a cintura dela.

Madu: Fala que ama sua gatinha — ela falou toda dengosa.

— Amo tu, branquela. — selo nossos lábios, passando a mão no seu cabelo.

Madu: Amo você meu dengoso que só dorme mamando — ela fez sinal para eu ir pra perto dela.

Me aproximo dela, da merma forma que ela tinha pedido.

Madu: Você é o homem da nossa vida, mesmo surtadinho — ela selou nossos lábios.

— Sou calmão. — dou risada de lado, olhando nos olhos dela.

Madu: Eu gosto quando você olha nos meus olhos — ela falou alisando meu rosto.

Ela me deixava com vergonha pra caralho, tinha esse poder mermo em mim.

Ela pegou minha mão colocando na barriga dela, as gêmeas estavam mexendo pra caralho.

Madu: A gente é feliz com esse papai serinho — ela sussurrou.

— Amo vocês, tu tá ligada. — deslizo a mão na barriga dela.

Madu: Para meninas tá doendo — ela falou olhando para a barriga que fazia uns calombos grandões.

— Devagar pô. — faço carinho, sorrindo bobão mermo.

Madu: Elas ouviram sua voz que ficam assim — ela deu risada passando a mão.

— Tá ligada que as cria curte o pai, esquece pô, nascer vou ser delas. — dou risada negando.

Madu: Delas nada e eu? — ela cruzou os braços.

— tu vai ter que tá em terceiro. — seguro a risada.

Madu: Pode parar com isso, eu sou sua menininha Bernardo — ela ficou de bico.

— Vai ter duas cria, nois meteu duas de uma vez em vez de uma de cada. — olho pra ela.

Madu: Culpa de quem mesmo? — ela me encarou.

— minha que não se louco.

Madu: Camisinha você não gostava Bernardo — ela falou querendo rir.

— Nois esquecia de meter ela tu tá ligada. — cruzo os braços.

Madu: A gente não queria usar se sabe amor — ela fez bico.

— Esquecia também. — dou risada, levantando ela pra sentar no meu colo.

Ela levantou sentando no meu colo com o barrigão exposto.

Madu: Você adorava ir me buscar pra me pegar — ela envolveu seu braço no meu pescoço. 

— Curtia mermo. — dou risada, cheirando o pescoço dela.

Madu: Todo sem paciência né? chegava brutinho mas ficava bonzinho depois do chá — ela deu risada.

— Otária. — dou risada.

Levanto com ela, deixando as louças na pia e vou pra sala onde estava a família toda conversando, ela ficava feliz com a casa cheia, fazendo eu ficar também.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora