Trinta e dois

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Alice

Acordei na minha cama com o relógio despertando, esse barulho doía minha cabeça esse barulho eu não gosto.

Levantei ajeitei minha cama, ajeitei meus ursos igualzinho como todo dia, peguei meu uniforme, fiz minha higiene matinal, tomei banho, sai vestida vendo a Aurora no celular, me sentei na cama pra pentear meu cabelo como todos os dias.

Caos: Tá pronta piveta? — ele apareceu, entrando no quarto.

Sorri vendo ele parado olhando eu.

— Bom dia, pai — abracei ele sentindo seu beijo na minha cabeça — Que foi? — olhei pra ele.

Caos: ixe qual foi? — ele riu de lado, passando a mão no meu cabelo.

— Tá com cara de confuso, ela tá brava? — sussurrei pra ele sobre a Aurora.

Caos: Tua meia tá par de um par de outra. — ele olhou pra Aurora. — Tá brava piveta? — ele falou pra aurora.

— Ai meu Deus, vou trocar pai espera não sai daqui, espera — falei nervosa, parte das minhas roupas era igual da Aurora por isso confundia as vezes.

Peguei uma meia preta vesti e coloquei meu tênis preto também, sentindo um alívio imenso de está igual.

Aurora: Queria falar com você pai — ela falou nervosa — Mais a mãe tá de bico.

Caos: Qual foi? — ele sentou na cama, passando a mão no cabelo.

Me sentei na cama do lado do meu pai.

Aurora: Eu tô com medo pai — ela falou gaguejando — Eu gosto de menina.

Ele olhou pra ela tipo “ Tá e o que que tem?

Aurora: Fala alguma coisa pai — ela já falou triste.

Caos: Era um bagulho que eu já tava ciente e pa, tranquilo pô.

— Eu já tinha te falado — dei ombros.

Aurora: E a mãe pai? — ela olhou pra ele.

Caos: Ela tá lá embaixo com o Lucca. — ele beijou minha cabeça.

Aurora: Não pai, ela acha que eu sou assim também? — ela olhou pro meu pai.

Caos: Assim como Aurora?

— Homossexual pai, ela tá começando a se entender — falei olhando pra ela.

Caos: É pô nos tudo já sabe desde quando tu era menor e beijou a piveta da vizinha.

Ela deu risada com a cabeça baixa.

Aurora: Vai me amar igual pai? — ela sorrio de lado.

Caos: É um bagulho teu porra, vou te amar menos porque? — ele levantou, beijando a testa dela. — Bora que tu tem um bagulho hoje. — ele apontou pra mim.

Ela sorrio pra mim pegando a mochila.

— O que pai? — olhei pra ele confusa.

Caos: Terapia filha. — ele passou a mão no cabelo.

A Aurora sorrio pra mim.

Aurora: Eu vou com você — ela pegou na minha mão.

— Mais por que? É por que eu choro? Eu parei já pai — respirei fundo — Não precisa pai, eu tô bem, olha eu tô bem — falei rápido.

Sinto meus olhos encherem de lágrimas.

Caos: a Aurora também vai pô, eu vou só por precaução mermo. — ele me olhou.

Aurora: Eu vou com você, não chora — ela me abraçou.

— Pai mais por que? — funguei.

Caos: Precaução Alice. — ele fez carinho no meu cabelo, beijando minha cabeça. — Busco vocês na penúltima aula jaé?

— Tá bom pai — funguei abraçando a Aurora, que tava carinhosa comigo.

Ele sorriu pra nós duas, saindo do quarto dando pra ouvir ele falar com o Lucca e com a minha mãe lá embaixo.

Meu pai levou a gente pro colégio as aulas passaram rápido, infelizmente eu não era da sala da Aurora nem do Lucca, mas ficávamos sempre juntos no intervalo.

Fui no banheiro primeiro para lavar minhas mãos e em seguida ir lanchar

Taissa: Olha se não é a problematica esquisita. — ela gargalhou atrás de mim.

A Taissa não gostava de mim, eu nunca soube por que mas ela me perturbava muito.

— Me deixa quieta Taissa por favor — lavei minhas mãos rápido, começando a me sentir sufocada dela andando atrás de mim.

Taissa: Aí professor eu não gosto do barulho do sinal e nem de despertador, posso por o fone por favor? — ela me imitou, rindo. — Fiz uma coisa pra você, vem cá.

Ela me empurrou pra dentro do banheiro, trancando a porta.

Taissa: Musiquinha pra você ficar bem tranquila Alice, somos amigas. — ouço o barulho do sinal, intercalando com o do despertador e a porta não abria de jeito nenhum.

— PARA TAISSA ABRE AQUI POR FAVOR — gritei colocando as mãos no meu ouvido, me sentei no canto da privada, sentindo as lágrimas descer no meu rosto — Abre a-qui por fa-vor — falei chorando.

Taissa: Aproveita Alice. — ela aumentou o som. — Tchauzinho. — ela deu duas batidas na porta.

Apertei minhas mãos no ouvido colocando a cabeça entre meus joelhos.

Minhas mãos tava tremendo mais eu apertava meus ouvidos.

— PAI AURORA LUCCA — falei chorando.

Ninguém me ouvia meu coração doía minha cabeça doía muito.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora