Cento e sessenta dois

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Gustavo | Coronel

5 meses no hospital e enfim já estava em casa, a Ariel estava tão diferente, eu não conseguia andar e nem falar muito bem, mas as coisas estavam rolando, estava afastado do quartel por conta do "acidente", e ela afastada do morro também.

Ficar dependente não é fácil, e eu estava sendo. Além dos nossos filhos, mas até que de certa forma aceitei bem a atual situação e estou sempre em busca de um evolução. Mesmo que seja pequena.

A Ariel estava muito diferente, não era fisicamente e sim o jeito dela, e até cozinhar ela cozinhava agora, o que era engraçado mas ela sabia.

Ariel: Ariela vamos dormir? — ela falou andando com a Ariela no colo.

— Põe ela aqui. — falo com dificuldade, apontando pro meu colo.

Ariel: Está dengosa hoje por causa da vacina, mas já já ela dorme vida — ela falou balançando a Ariela que resmungava.

— Por favor. — suspiro.

Não poder segurar meus filhos é algo que me incomoda ainda mais.

Ariel: Papai quer ficar com você no colo, não pode fazer o papai fazer esforço tá? — ela veio pro sofá e sentou do meu lado colocando a Ariela no meu colo, que era minha xerox.

— Tu é bonitona. — a fala saia meio arrastada mas dava pra ouvir.

Ariel: Fala que você é a cara do papai filha — a Ariel levou a mão no meu rosto e ficou fazendo carinho.

— Tu mudou. — sorrio ao sentir a mãozinha da Ariela segurar meu dedo.

Ariel: Isso é ruim? — ela me olhou.

Nego, balançando a cabeça.

— Só é diferente. — sorrio de lado.

Ariel: Estava com saudades de você amor — ela falou com vergonha.

— Vem ca. — sorrio pra ela. — Perigosa tá dengosa. — gasto, piscando pra ela.

Ariel: Já tem uma doninha no seu colo, mas eu tô aqui do seu lado, você tá com dor? quer comer alguma coisa? — ela me olhou.

— Está tranquilo amor.

Ariel: Quer tomar banho? — ela me olhou.

— Aquieta mulher. — dou risada. — aproveitar um pouco com vocês.

Ariel: Tá faltando um dessa turminha — ela falou prendendo o cabelo, coisa que ela não fazia jamais.

— Está no seu velho. — faço careta. — meu moleque.

Ariel: Hoje a noite vai ser longa, dona Ariela com vacina e ele na casa do meu pai, que faz tudo que ele quer inclusive dormir — ela falou me olhando.

— Tu vai ficar tranquila não vai? — olho pros olhão da Ariela, sorrindo. — Uma bagunça, mais sou grato pra caralho por ter vocês.

Ariel: E a gente por ter você né filha? Eu não sei mais me ver sem você Gustavo — ela falou com vergonha.

— Vergonha de que? — dou risada. — Eu te amo, sereia. Daqui a eternidade.

Ariel: Ué eu tenho vergonha — ela falou com vergonha.

— De que? — ergo a sobrancelha.

Ariel: Eu estou aprendendo a falar dos meus sentimentos sabe? — suspiro.

— Tá se saindo bem. — sorrio de lado. — Mas vai aos poucos pra não se perder de você amor.

Ariel: Eu acho que eu não sei me ver sem você — ela falou tapando o rosto.

— Repete pra mim... — falo mais baixo, vendo a Ariela fechar os olhos.

Ariel: Eu te amo Gustavo, e sem você minha vida é bem vazia, você é o barulho disso tudo sabe? você é o equilíbrio desequilibrado da minha vida, você é a Pietra da vida dessa caos aqui — ela falou tímida.

— Eu sou perdidamente apaixonado por você, bagunçeira. — dou risada. — eu te amo, pra caralho mais do que tudo na vida.

Ariel: Eu quero te perguntar uma coisa — ela levantou rapidinho, mexendo na gaveta da cristaleira dela.

— o que amor?

Ariel: Meu Deus — ela deu risada — Quer casar comigo? — ela mostrou duas alianças.

Desço o olhar pra aliança e pra ela, soltando um sorriso.

— Tu sabe que sim. — seguro a risada. — to me sentindo tua mulher. — falo gastando, segurando a mão livre dela.

Ariel: Uai e eu teu homem, diferente isso — ela gargalhou — Eu não sei se terei outra chance então não quero desperdiçar essa pra viver tudo que eu posso com você — ela falou sorrindo.

— Mesmo do nosso jeito errado do começo, sempre foi do caralho compartilhar a a vida com você. — sorrio de lado. — Essa vida é pouco pra caralho, pro que o destino guarda pra nós. Eu te amo, sereia, Ariel, perigosa. E casaria contigo umas quinhentas vezes e fosse possível.

Os olhos dela estavam cheios de lágrima um sentimento bonzão tomou conta de mim.

Ariel: Eu te amo e desculpa as vezes que eu não demonstrei isso — ela veio me abraçar delicadamente pela Ariela no colo.

Sorrio, abraçando ela da forma que dava. Sem dúvidas ela é a mulher da minha vida.

Ariel: Eu vou vestir vestido branco — ela falou dengosa.

— Mudou de ideia? — sorrio, acariciando seu cabelo.

Ariel: Estarei te esperando no altar de branco, mas saiba que minha vibe é de preto tá? — ela falou me cheirando.

Gargalho, negando.

— Tu é única! — murmuro.

Ariel: Você é único Gu, coronel ou meu amor — ela me abraçou.

Ela é minha vida inteira na verdade eles e eu não tenho dúvidas disso.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora