Cento e vinte dois

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Ariel | Sereia 🌊

Gravidez é uma das coisas que eu mais neguei mas dessa vez estou apaixonada pela barriga, pela vida e por aceitar de vez, como eu deveria ter feito com meu branquelinho de cara.

O Gustavo não preciso nem
dizer que tem sido da mermo jeito da gravidez do Hariel, até um pouco mais grudento e chato.

Sou apaixonada por ele e por tudo que ele faz por nós três, mas ainda tenho dificuldade de assumir isso, mas o Gustavo me completa da forma mais apocalíptica.

Gustavo: Come perigosa. — ele colocou o pacote do Mc no meu colo. — Pedi suco, o Hariel ainda mama e da dor nele.

Abri o pacote do lanche vendo meu cheddar e minha batata com bacon lá.

— Nem um pouquinho? — falei manhosa para ele levando uma batata na boca.

Gustavo: Nem uma gota. — ele piscou o olho.

Neguei com a cabeça lambendo meus dedos do gosto do cheddar.

— Chato pra caralho você em — eu nem curtia lanche, mas essa gravidez estava aumentando meu desejo em lanche.

Gustavo: Você gosta. — ele voltou a dirigir, olhando atento com uma latinha de energético

Peguei o lanche levando na boca, era o melhor lanche desse mundo inteiro.

— Quer um pedaço ? — perguntei mordendo.

Gustavo: Só a batata. — ele abriu a boca.

Levei uma batata na boca dele.

— Então a gente vai casar — falei rápido.

Gustavo: Quando?

Sorri tímida vendo a empolgação dele.

— Oxe Gustavo quando a gente quiser — falei olhando a gente parar na entrada da fazenda.

Gustavo: quer trocar a ferradura? — ele me olhou, entrando na estrada de terra.

— Você nem me pediu em casamento malandro — mandei beijo pra ele.

Gustavo: Cavala, cavalona em todo sentido. — ele riu safado, parando em frente a fazenda.

O sol já estava nascendo e o calor então.

— Você adora que essa cavala cavalga em você né — falei terminando o lanche vendo os outros carros tudo parado.

Gustavo: Gosto de você sentando no meu pau. — ele falou baixo, descendo do carro pegando o Hariel.

O Gustavo me fazia me sentir a mulher mais gostosa desse mundo, embora eu fosse mas era bom pra caralho sentir isso.

Tirei minha blusa ficando de top por que essa fazenda é quente pra porra, desci do carro já vendo a Aurora com a namoradinha dela lá.

Gustavo: Sua família enche um parque inteiro, tá porra. — ele ajeitou o Hariel no colo. — Só teu pai fez uma fila de dez quarteirões do sus só de filho.

Gargalhei dando o dedo pra ele, abri a porta de trás do carro pegando a bolsinha do Hariel vendo a Aurora vir rápido para perto de mim.

Aurora: Riel… essa é a Bruna. — ela colocou a menina na minha frente, sorrindo nervosa.

A menina era linda morena, cabelo cacheado um sorriso meigo, sorri para a menina.

— Prazer Bruna — estendi a mão — Ariel a irmã mais gostosa desses todos — dei risada vendo a menina toda sem graça.

Bruna: Prazer — ela sorriu toda tímida — Você é linda mesmo.

Aurora: Esse é meu cunhado e meu sobrinho. — ela apontou pro Gustavo que sempre ficava com cara fechada pra desconhecidos.

Olhei para cara fechada dele e porra cara gostoso, ele balançou a cabeça para ela.

Bruna: Prazer Gustavo — ela sorriu vendo o Hariel meio sonolento no colo do pai dele — Quer que eu leve sua bolsa? — ela me estendeu a mão.

— Eu aceito por que vida de mãe é um negócio louco — olhei pra Aurora que ficava babando nela.

Gustavo: Satisfação. — ele semicerrou os olhos, colocando a chupeta na boca do Hariel.

Ela pegou minha bolsa enquanto a Aurora pediu para pegar o Hariel, semicerrei os olhos.

— Você querendo pegar criança? — fiz careta de surpresa.

Aurora: Eu gosto de crianças. — ela olhou pro Gustavo que abriu a maior cara de deboche.

Gustavo: Confio meu herdeiro na sua mão não.

Dei risada vendo ela ficar toda bravinha.

— Aprendeu a gostar né, foi tu que fez isso ? — falei pra Bruna que ficou sem graça

Bruna: Eu? — ela riu tímida. — Acho que não. — As bochechas estavam vermelhaça.

— Essa peste nem gostava de criança — falei rindo — agora até quer pegar — pisquei pra ela.

Aurora: Cala a boca Ariel — ela falou com vergonha.

Gustavo: Vou entrar amor, cansado pra caralho e o moleque vai dormir também. — ele bocejou, dando o Hariel dois minutos pra ela e pegando de volta.

— Já vou entrar também, e vocês estão fazendo o que aqui fora? — semicerrei os olhos — Se pegando né Aurora — falei travando o carro.

Aurora: esperando você, arrumei seu quarto até. —  ela deu os ombros.

— Que gatinha, cara, vou até dar o carro pra você pegar em — falei indo atrás do Gustavo, sabia que ela queria pegar o carro.

Não tinha ninguém acordado na sala, cozinha, então fui direto pro quarto.

Gustavo só dormia se o Hariel tivesse junto dele, por isso não deu pra Aurora, chega a ser engraçado ele cheirando o moleque pra dormir e quando não é ele é meu peito.

Realmente a cama estava arrumada, o nosso quarto estava arrumado na real, fechei a porta vendo o Gustavo tirar a camisa deitando com o Hariel na cama, tirei a calça de moletom indo me deitar com eles, por que a gravidinha aqui só tem sono.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora