Cento e cinquenta oito

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Gael | O homem

Ser herdeiro tinha vantagens porém na minha opinião muito mais responsabilidade, meu pai se aposentou e acabou que eu sendo o herdeiro, já que meu tio avô Lucca já iria se aposentar também.

A família não tava ciente mas eu e a Analu casamos em São Paulo, civil do jeitinho que ela queria bem discreto, mas a dona Maitê ia surtar com força por não ter tido festa.

Mas de qualquer forma foi do nosso jeito, e quanto menos chamar a atenção mais nós queremos.

Suspiro, parando na porta do barraco, pronto pra buscar a Ariel a qualquer barulho diferente.

Mandei mensagem para o Bernardo, Otto, Caos avisando sobre o ocorrido e onde estávamos.

Como de costume a família em peso, mais de qualquer forma ruim por conta da atual situação.

Leal: Vou liberar a entrada lá embaixo chefe. — olho ele ajeitar a arma nas costas, mantendo o olhar sério.

— Libera — rodei a aliança no dedo olhando a porta.

Leal: O NV tá de olho na garota. — balança a cabeça, se virando pra descer.

— Jaé — foi quando os carros pararam descendo todos armados até os dentes.

Bernardo: fim de mundo. — resmunga, passando a mão no cabelo.

— Já chegou reclamando — cruzei os braços.

Bernardo: Só assim pra tu aparece mermo. — ele fez careta. — Só tragedia.

— A vida tá foda pô — mostrei a aliança.

Bernardo: Casou mesmo? — ele riu, passando a mão no cabelo.

— Casado com a dona — falei rindo baixo.

Otto: Cadê a mini Caos? — ele apareceu.

— Lá dentro, ela pediu um tempo. — passo a mão na nuca. — Sabe como ela é.

Olhei meu padrinho parado de braço cruzado no carro, e a porta abriu e a Ariel estava com a cara inchada de chorar e os olhos lacrimejando.

Ariel: Ele morreu — ela falou se mostrando forte.

Caos: tu vai pra casa. — ele apontou pra ela, entrando diretamente lá dentro.

Ariel: Meu filho pai, cadê ele? — ela falou tremendo, escondendo as mãos.

Caos: Tá em casa. — ele murmurou lá dentro, saindo com o corpo do Gustavo nas mãos.

— Vou pegar o carro. — falo saindo do meu transe, vendo meus homens fazendo nossa volta.

Ariel: Ele não volta mais Ber — as lágrimas do rosto dela desceu.

Bernardo: Vem cá. — ele engoliu seco, puxando ela pro peito dele.

O choro da Ariel se fez presente abraçando o Bernardo.

Ariel: Bernardo pelo amor de Deus — ela falou desesperada, pela primeira vez.

— Vou ajudar você padrinho. — engulo a saliva, vendo ele por o Gustavo no carro. — Melhor levar ao médico?

Caos: Vamo levar mermo assim — ele deu a ordem.

O choro da Ariel era desesperador ninguém nunca tinha visto ela assim.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora