Cento e quarenta cinco

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Alice 🧩

Minha aliança era tão linda e eu estava encantada, eu me sentia uma princesa de verdade, o Mathias estava meio triste porque tinha perdido no campeonato de Judô, então queria agradar ele, mas eu odeio andar sozinha.

Mais eu ia pela primeira vez, mais não porque eu quis, esses dias também meu sobrinho estava em casa e eu sou tia.

Mexi no meu dinheiro que ganhei do Gustavo, coloquei na minha mochila, desci vendo o Gu com o Hariel no sofá.

— Oi gu tudo bem? — olhei pra ele — vou no shopping comprar um presente pro Mathias ele está triste. — falei pra ele.

Gustavo: Mais tarde levo tu. — ele me olhou com o Hariel mordendo o mordedor que eu tinha dado.

— Eu vou sozinha, eu sou uma mocinha, tenho dinheiro aquele que você me deu — sorri contente.

Gustavo: Hariel quer ir com tu na praça, olha tua tia. — ele virou ele pra mim. — Teu pai não deixa tu ir sozinha, é longe pra caralho.

— Você me leva mais tarde então? a Aurora não quer ir, o Lucca tá com a namorada — sentei do lado dele.

Gustavo: Levo. — ele sorriu pra mim, com a muleta do lado do sofá.

— Vou levar ele pra comer algodão doce pode? — peguei ele no colo.

Gustavo: Qualquer bagulho tu chama. — ele apontou pro celular.

— Você não pode chorar tá bom? — sorri pro Hariel que ficou dando tchau pro Gustavo.

Gustavo: Tu liga em. — ele falou levantando com a muleta, indo pra cozinha.

Balancei a cabeça saindo com o Hariel no colo, eu ficava um pouco nervosa saindo sozinha, mas o Harielzito ficava falando todo contente.

Hariel: Bo bo bo. — ele passou a mão babada no meu rosto.

— Você quer algodão doce? — falei baixinho descendo chegando na pracinha.

Hariel: Do do do. — ele balançou as mãozinhas chamando.

— Boa tarde, moço — sorri — tudo bem ? você pode me dar esse azul — apontei.

Xxx: Dois reais. — ele falou pegando o algodão doce que eu pedi.

Mexi na minha bolsinha, pegando uma nota de 10.

— Me um rosa também — pra ele.

Ele pegou os dois, me entregando e logo deu o troco.

Segurei os dois algodão doce em uma mão segurando ele no meu colo, andei mais um pouco me sentando nos bancos perto dos brinquedos que não tinha quase ninguém.

— Toma esse é seu e esse meu — levei o meu na boca dando uma bolinha de algodão doce pra ele.

Foi questão de minutos pra ele ficar todo sujo.

— Você está todo sujo Harielzito — falei limpando a boca dele mas estava tudo grudento.

Estava me dando agonia, coloquei ele sentadinho no banquinho baixo.

— Você quer água? — falei olhando pra ele.

Hariel: Da da da da. — ele bateu palmas.

Peguei na mãozinha dele indo pra perto de um moço que tinha um carrinho.

— Moço você tem água? — um homem alto sério parou do meu lado.

Xxx: Pega aí. — ele falou grosso, sem tirar os olhos de mim.

— Não moço eu pago — peguei o Hariel no colo.

Senti algo encostar na minha coluna, me fazendo ficar nervosa.

Xxx: eu disse pega e sem gritar. — ele falou baixo.

— Moço não faz nada por por por por favor — apertei o hariel em mim.

Ele puxou minha mão, fazendo o Hariel cair e começar a chorar, me puxando pra dentro de um carro.

Xxx: Fica de boca fechada. — o choro do Hariel era alto.

Levei a mão no ouvido por conta do choro do Hariel.

— MOÇO MEU SOBRINHO POR FAVOR — falei segurando o choro.

Sinto ele tampar minha boca, batendo a porta do carro com força, entrando em seguida.

Xxx: peguei ela chefe, estamos a caminho. — ele ligou o som alto, saindo com o carro do morro.

Herança do Crime - Livro 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora